sábado, 27 de junho de 2009
Meu mundo é castanho
sábado, 20 de junho de 2009
Eu sei
Não diria desse texto algo meu
Mas diria desse texto apenas uma explicação..
terça-feira, 16 de junho de 2009
Escondi minhas palavras
Quero que minhas palavras sejam sombras
Só falarei de amenidades
De coisas externas
Não é isso que fazem os homens comuns ?
Os que tem medo de expor sua alma ?
Pois então é isso..
Não sei se expus minha alma
Ficaria feliz e consternado ao mesmo tempo se o fizesse
Mais consternado do que feliz
Por isso minhas palavras serão sombras
Pois sou um homem comum
Quero viver como um homem comum
Quero prazeres Comuns
Um filho e um cachorro
Como em um comercial de margarina
Como diria Zeca Baleiro
No medo de Deus se faz a religião
No medo dos homens se constitui a moral
Tenho medo dos homens
Não sabem distinguir
Moral e Moralismo
Por isso vou esconder
Cair na mediocridade
Pois assim se vive muito tempo
Boa escrita nenhuma vale a revelação de um segredo
E quando se escreve por mais que se tente
Segredos são revelados
Quero meus segredos comigo
Poupo ao mundo o que me é mais visceral
Pois não há merecimento na verdade
E depois ?
E depois que os amores passarem ?
E a paixão esfriar ?
Os poemas ainda estarão vivos
Os poemas serão eternos
Mas os sentimentos são voláteis
E são poucas aquelas que merecem a eternidade
Amigos comuns
Desejos comuns
Mulheres comuns
A felicidade é comum
A reflexão é incomum
E toda reflexão leva a tristeza
Se não levou
É por que ficou na superficialidade
Agora vivo a superfície
Agora vivo a aparência
Abdiquei do meu velho universo
E procuro as sombras
Aqui fica meu refugio
Para que das sombras
Eu seja apenas um observador participante
Sabendo tudo sobre os que me cercam
Mas não deixando nunca
Que saibam algo sobre mim
Como Dorian Gray escondia seu retrato
Escondo minha ilha
Escondo minhas ruas
E por mais que minha alma se torne grotesca e assustada
Ninguém poderá vê lá
Pois aqui se encontra
Não diria desse texto um poema
Não diria desse texto uma confissão
Não diria desse texto algo meu
Mas diria desse texto apenas uma explicação
Pois á quem não acredite que existam pessoas que escrevam só para si
Eu escrevo
E de sobre aviso já digo
É de livre e espontânea decisão passear por meus textos
É de livre e espontânea decisão conhecer as atrocidades que escondo