sexta-feira, 30 de abril de 2010

Aos pássaros

Preciso pedir aos pássaros

Uma canção nova pra cantar

Não há nada que faça parar

Ela não é qualquer uma

É só o que eu sei

É só o que quero escutar

Quando vai chegar

Não se parece com ninguém

Não tenho nada para dar

Simplesmente sabe

Que eu a quero

Que ela nunca morrerá

Não é qualquer uma

Não se traduz em palavras

Os pássaros estão ensinando

Para que eu possa cantar uma canção

Que seja o canto de entrada das manhas

Ou o sinal das revoadas

É só o que há

É só o que eu sei

O que posso dar

O braço a torcer

Procuro uma musica

Que me possa fazer sintonizar

Procuro uma vida

Que me possa fazer queimar

Em um sopro de calor

Que não se apaga

Procuro amigos

Que não possam me escutar

Sabendo que só preciso esquecer

E continuar

Não sabemos de verdades

Procuramos instantes

Que não se traduzem em formulas

Uma musica

Sintonizada na freqüência

De uma viagem

Na infinita reta enfurecida

Eu sou o trovão

Procuro entorpecentes

Que não sejam drogas

Pois é preciso acordar

Sem que nada tenha ficado

Efeitos que passam

Verdades que voltam

Afundo nas partes distantes

De uma mente que visitou lugares

É preciso estar vivo

Sem saber o sentido

É preciso sonhar e ter esperança

Pois o herói

Sempre vai continuar

Seu braço é o mais forte

Porque ele nunca o dá a torcer

Desaprendo a contar

Desaprendo a contar

Não sou bom com números

Mas sei das lembranças que ficam

Que não morrem nos dias

São recortes em minha mente

Como se anos passados fossem minutos

E minutos recentes fossem décadas

Como se tudo estivesse sempre ali

Só á espera

De algo que já tínhamos visto

E não sabíamos o que era

Não sei de absolutamente nada

Mas a falta que você me faz

Me diz muito sobre o inexplicável

E pouco sobre o que se pode explicar

Eu não sei ainda

O que é certo ou errado

O que deveria ser feito

Te vejo e fico feliz

E o mundo é isso

Só isso...

E todo o resto...

vaidade

Mais que uma canção

Queria que ficasse mais

Que uma canção bonita

E a saudade

De um tempo que não volta

Mais do que a lembrança

De dias que acabaram

Queria acabar meus dias

No tempo que se foi

Queria não ter

Virado a esquina errada

Nem ter trazido comigo

Anotações de outra época

De ventos que já não batem mais

Voltei em casa

Tudo tinha mudado

Não fui reconhecido

Mas guardo a memória dos sons

Das tardes que chegavam devagar

De corrermos descalços nas ruas

Com ou sem asfalto

Um outro tempo

Consumido por fantasmas infelizes

Dispersos em desejos banais

Que venderam suas almas

Em troca de perder a eternidade

E se condenar ao material

São canções

Que não deveria ter trazido

Atormentando lembranças

Reconstruindo sonhos

De uma época

Em que eu consumia os minutos

E tudo o que me cercava

Como parte de algo

Que respirava sozinho

Os segundos me consomem agora

Sou o pedaço de um plástico

Que a terra expulsa

Não se recordam

E nem eu sei

Qual foi a esquina errada

Mas ainda guardo

Uma última canção

Para não dizerem

Que tudo se perdeu

Que já nada me pertence

Pois sou ainda

Como o pó dessas estradas

Anjo decaido

Digo obrigado pelo sol

E o vento na cortina

Ao cruzeiro do sul

E tudo que é intocável

Quando sinto me perdido

E é só uma fantasia

Estando escondido

Em emoções de cera

Que se derretem em lagrimas

Sou a armadura da vela

Agradeço o que há de simples

Não havendo alternativa

Sou o anjo decaído

Que sentiu o amor

E não se foi

Ficou entre ilusões e segredos

Tornou se humano

Em um espírito que não se contem

Contemplo o que há de celeste

Tento aprender a viver

O que há de vil

Afim de que os dias

Sejam mais que meras ilustrações

Em desenhos de cera

De uma vela que não se queimou

Não enlouqueça

Sou covarde

Trago uma luz

Que fere convicções

Desmontando castelos

Duros como concreto

Trago sonhos

Na contra corrente do mundo

Você não consegue voltar

E isso me preocupa

A verdade não pode ser vivida

Nem tão pouco nossos desejos

Não trouxe minhas ilusões

Nem meu sono profundo

É o que me faz viver

Você precisa aprender

Te vejo em uma tristeza

Após os livros que passei

Eram outros homens

Que enlouqueceram no final

É o que fica companheiro

É o que fica...

Nada há que possamos fazer

Nossas vidas entrelaçam nos espinhos

É a historia dos homens

Nascemos todos condenados

Não pense que a luz é resposta

É preciso saber meu amigo

Mas não enlouqueça

Por Deus não enlouqueça

Somos poucos

Precisamos um do outro

Queria saber

Algum dia

Eu queria saber

Quem inventou

E me fez acreditar

Em sonhos de mentira

Contidos em pessoas de verdade

Quem me fez pensar

Que tudo poderia ter sido diferente

Ou que as coisas não acabam

Que as pessoas mudam

Que a dor é passageira

Que os dias não se repetem

É só o que precisava saber

Para que enxergasse

Por um segundo que seja

Alem das miragens

Desenhadas em paredes de concreto

Você me fala

Você me fala

Do jeito certo de fazer as coisas

Você me conta

A historia de vencedores

De grandes homens

Em grandes carros

Das atrizes nos filmes de Hollywood

Mas é muito de quase nada

E não consegui entender ainda

Talvez você possa explicar melhor

Você disse

Que dinheiro poderia trazer liberdade

Mas não me sinto preso

Você falou

Que precisava de conforto

Mas vivo bem

Falou dos bons restaurantes

Mas nunca passei fome

E gosto da comida daqui

Gosto das coisas como estão

Esses dias eu vi um cara

Contando na tv a historia

De ant depressivos e paranóia

Um sujeito bem arrumado

Diretor importante de qualquer coisa

Não saia de casa

E eu... Eu tinha acabado de chegar

Andando de bicicleta

Suava enquanto o sol descia

Pensava como sou feliz

Liguei para uns amigos

Fui beber

Falar da vida

Nada muito grande

Nem tão pouco importante

Ninguém me pediu autografo

Nem tive medo de seqüestro

Definitivamente não te entendo

Você poderia explicar melhor

Essa sua historia sobre vencedores...

Sobre o que é

Ganhar ou perder na vida

No meu jogo eu faço as regras

Artigo inexorável primeiro dizendo

Sou o soberano

Senhor dos meus instintos

Caminho único de meu destino

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Nos poucos campos

Tenho percorrido estradas que conheço bem

No dia-a-dia de um percurso

Enquanto não queria saber nada

Temer o desconhecido

Tudo é claro

Sem procurar o lugar certo

Qualquer coisa que surpreenda

Vejo o horizonte

O sol se põe

Nos poucos campos da cidade

Mais do mesmo

Vão construir um novo prédio

Bloqueando o retrato

O que se enxergava de longe

Sumirá na paisagem fechada

Seremos abelhas

Em uma colméia de concreto

Prisioneiros na razão de homens

Com os pés presos

No mel que não consumimos

Eu só queria aprender a voar

Saltar pela janela

Bater as asas

E ver tudo lá de cima

Como um inseto alado

De tanto acreditar

Criei ilusões

De um mundo surreal

Percorri sonhos

Em busca de não despertar

Fui inocente o tempo todo

Pensando ser culpado

Fui tolo

Pensando ser atento

Deixei passar

As chances únicas

Que não procurava

Que nunca quis

Não sei onde vivia

Mas eu acreditava

E de tanto acreditar

Outra verdade surgiu

Mas incendiaram minha casa

E não pude voltar

Talvez agora

Sem lugar de dormir

Sentindo os olhos abertos

Possa despertar de um torpor

Aportando em terras

Que nunca conheci

Dividindo a historia

Vai chegar à hora
Escreverão algo fantástico
No alto do parapeito de um prédio
Pessoas sairão ás ruas
Abrirão as janelas das casas
Em plena quarta feira
O mundo vai parar

Perceberão que algo mudou
Colocando abaixo
Tudo que estiver pela frente
Com uma violência que emana do amor
Ninguém se baterá
Coisas não são pessoas
E quem tentar ir contra
Residirá no fosso do novo mundo
Com todo o cuidado e respeito
Dado pela fraternidade

Os submergidos tomarão barcos
Os que se afogavam vão nadar
Uma nova ordem surgirá
Na plenitude de realizações irrealizáveis

Homens se sentirão humanos
A ordem da família sucumbirá
Como base que sustentava a diferença
E todos serão um só
Independente de qualquer desavença
Saberão significar igualdade
Será a superestrutura de um sentimento simples
Mãos se unirão
Demolindo monumentos
Destruindo estátuas
Esquecendo heróis
Pois serão todos vencedores
Dividindo a historia
Entre contra senso e razão
Enxergarão o que de básico existe
Encontrarão o que de importante foi esquecido

Dentro de uma caixa
O privilégio e o poder
O medo e a escravidão
Serão colocados
Para que seja acorrentada
Afundada em alto mar
Para que o caos jamais retorne
A superfície de quem pensa

domingo, 18 de abril de 2010

No começo

E algumas vezes

Tudo que se espera

É só não esperar nada

Com desejos reais

E preocupações comuns

Com sonhos pouco nobres

E opiniões mal ilustradas

Pode ser que seja mais um em um milhão de mim

Que seja um brilho fosco

Fraco e escondido

Sem ter sido suficiente por mais de um dia

Não sabendo a historia de vencedores

De brigas em que vitórias despedaçam memórias

Sem saber que tudo foi perdido na batalha

O caminho segue tranqüilo

E talvez agora não tenha sido suficiente

Mas pra quem não se desespera

Vê em toda pequena coisa um recomeço

Pode esperar mais um pouco

Sem querer muito

Quem muito precisa pouco tem

São sonhos procurando

O que existe de mais simples e real

Para que a estrada não encontre o fim

Quando ainda deveria estar no começo

No piano

Esses dias eu ouvi no piano

Algo que não escutava há tempos

Foram notas de mãos com almas

Na harmonia de enfeitiçar o espaço

Não se enxergava nada

Dentro dos olhos de cada um

A profundidade de um vazio sem reflexos

Com o som entrando através das mentes

Imobilizando corpos atentos

Espertos a cada nota

Estávamos todos

Suficientemente longe

Ligados em um vinculo eterno

Não havia relógios

As luzes se direcionavam ao mágico

Que tocava e tocava

Entrando em transe

Em uma hipnose de beleza e paixão

Aparentemente sem motivo

Não vou fugir de novo

Indo por becos que conheço bem

Inventando motivos

Qualquer coisa para não ficar

Já não quero mais

Um caminho tão solitário

Todos dizem o que devo fazer

Mas só acredito no que enxergo

E dessa vez quero ficar

Meus passos trilham esperando um motivo

E talvez seja só sentar e ver o que chega

Pois toda beleza

Acontece aparentemente sem motivo

Sobre verdade

Sobre verdade

Nada sei

Mesmo que tivesse vivido cinco vidas

Que tivesse lido todos os livros

Ou conhecido o mundo inteiro

Não sei o que espero

E vejo em toda resposta fácil um possível erro

Minhas contas não são boas

Minha lógica contraditória

Guio-me por um sentido de instintos

Tentando encontrar algo no espírito

Que ainda não tenha sido moldado pela sociedade

E não sabendo bem um porque

Em decisões pouco racionais

Vou traçando caminhos

Escolhendo pessoas

Evitando encruzilhadas

E isso chamo de sorte

Que nada tem a ver com verdade

Como sendo formula certa para vida

Cada coração tem uma demanda

Sabendo suas necessidades

Elencando suas prioridades

Eu não sei bem porque

Talvez seja pouco homem e muito animal

Talvez acredite em mitos e lendas infundadas

Mas sigo reto o que acho certo

E ninguém molda uma alma selvagem

Vi nos seus olhos a confiança

E me senti seguro

Nada há que me faça convencer do contrario

Enquanto enxergar meus instintos

Encontrarei-te como um porto seguro

Sendo parte inconfundível

De um clã restrito

E não se engane

Isso é amizade em uma outra dimensão

Muito distante do sentido utópico que os homens deram

Isso é uma amizade na sua acepção mais completa

E agora com esse poema mal escrito

Assino o meu contrato

E faço minhas essas palavras

Sei que não é lá muita coisa

Mas você tem

De mim tudo o que precisar

O que eu não puder fazer eu tento

Pois não há nada que eu não consiga

Com a força da confiança

domingo, 11 de abril de 2010

Se o acaso existe

Sobre controle
Nada se guarda
Levados ao acaso
De um dia qualquer
Alheios a tudo
Não havendo nada novo
Nos planos infalíveis
De como traçar a vida
Algo diferente então acontece
No lugar impróprio
De um jeito não planejado
Não esperado
Então de repente
Lentes caem sobre os olhos
Focando o impossível
No fim de uma festa caída
Com olhares trocados
Enxergando tudo o que nos faltava
Voltamos para casa
Incompletos pela primeira vez desde sempre
Sentindo uma falta
Que nossos controles não completam
Mas se o acaso existe
É para mostrar o caminho
Vou ate o fim
Para te encontrar de novo
E não ir embora mais

sábado, 3 de abril de 2010

Barcos de aço

Demônios tentam a sorte
Pedem passagem
Mostram caminhos
Seduzem andarilhos
Demônios constroem casas
Nos espaços vagos da mente

São momentos de sorte em erros torpes
São sinais de cansaço
São sombras de desilusão
São chamados instantâneos
De anjos maus
Atormentados pelo tempo
Enlouquecidos por vagar no infinito

Procurando só um espaço
Só um pouco de dor e desânimo
Terrenos férteis para sementes de espinho
São ervas daninhas que crescem rápido
Que não se contentam
Que não se firmam em pouco
São fungos de um tomate
Contagiando a plantação

Só a mente sã
Fiel em suas convicções
Forte em sua fé
Guerreira em sua luta
Corajosa em sua morte
Temente às ilusões
Aos reflexos distorcidos das coisas
Consegue combater aqueles que vagam
Mantendo sua tripulação
Atravessando tempestades
Vendo no céu os feixes de luz
E tendo plena convicção
De que mais cedo ou mais tarde
Os raios vão todos cessar...

A mente sã vive na calmaria
Veleja longas distâncias
Demônios tomam barcos destroçados
Sentindo a tempestade em qualquer vento
Demônios não têm porto e só esperam o dia de afundar
Mentes sãs sabem que nunca vão a pique
Mentes sãs são eternas e otimistas
Têm portos e barcos de aço !

Louco

Ele acredita
Acredita que as segundas serão felizes
Acredita que há sempre algo maior
Que existem sonhos reais
Que no final tudo vai dar certo
Ele é otimista
Pensa que as pessoas vão melhorar
Que a cada dia menos gente passa fome
Que a justiça se tornará realmente justa
Ele tem fé
Fé no amor
Fé nas crianças
Fé nas famílias
Fé em Deus
Ele é louco e completamente louco
E não sabe por que todos o chamam assim
Ele só pensava ser igual a todo mundo
Ele vive e viaja em uma reta paralela
Ele espera alguém, um amor,
Ele lê livros de historias fictícias
Ele é louco e vive em outro mundo
É feliz e sorri em meio ao desastre
É cego e sempre enxerga a luz no fim do túnel
É surdo e sempre escuta palavras de apoio
Encoraja-se sempre
Pra vencer não sei o que.
Só pode ser louco o coitado!

Favor

Não venha com melodramas
Que eles não me atingem mais
Não tente alcançar um coração
Ferido com suas próprias mãos
Estou longe
A linha tênue foi se quebrando
Aos poucos é verdade
A custa de muita afilção e muito tempo
Mas não existe espírito que não se canse
E agora o que vejo é uma nova rota
Olho para trás com o pesar de um oceano
Mas as coisas são assim
E talvez alguém consiga explicar o porque
Ou dizer que poderia ter sido diferente
Mas não demos conta
Á hora é chegada

Não venha com melodramas egoístas
Não quero retirar historias da uma arca
Que fecho todos os dias
Não chore me pedindo pra ficar
Sua omissão pagou minha passagem
A culpa não é de ninguém
Mas lembre se sempre
E pelo menos uma vez
Escute minhas palavras fazendo um favor
Quando chamarem-me rebelde
Quando chamarem-me desapegado
Lembre do que foi real e só isso basta
Lembre-se da minha luta da coragem em resistir
De quando subi no muro enquanto ele ameaçava atirar
É a impaciecia eu sei
E todos erram
Mas coisas não desaparecem
Não deixam de existir
Lembre-se também
Do dia com a mochila pela rua
Acabei voltando aos chutes
É ridículo eu sei
É torpe
É medíocre
Mas na minha falta de senso
Não fui dos melhores
Fico por aqui e não falo de mais nada
Não me venha com choros
Não me faça querer ficar
Queira o melhor pra mim
Tente ver alem das ilusões
Uma vez que seja
Não sou dos que ficam
Minha vida é a estrada!

O revolucionário

Escutei historias de um homem
Que não era assim tão humano
Que era algo mais
Escutei historias de um revolucionário
De um libertador sem igual
De uma coragem imbatível
Escutei historias de amor e redenção

Escutei uma outra historia de traição
Com sentidos deturpados
E interpretações malvadas

Fiquei sabendo de um herói crucificado
E de uma igreja que usou a memória da sua cruz
Que matou em seu nome
Que enriqueceu em seu nome
Que oprimiu mulheres em seu nome
Logo ele
Que não matou ninguém
Que ofereceu a outra face
Que entrou em Jerusalém
Montado em um jumento
Ele que perdoou uma prostituta
Ele que salvou uma adultera do apedrejamento
Que teve gratidão a sua mãe
Em uma sociedade de homens
Onde mulheres eram como nada
Ele estava muito a frente
E pregou a igualdade
Falando em seu nome
A religião prega através de homens
E relega a mulher ao segundo plano

É um outro Deus
Esse que eles defendem
Eles não falam e nem nunca falarão
Em nome desse verdadeiro rebelde
Desse herói e mártir
Que grita em meu coração
Que libertou multidões
Que lutou contra a opressão
Que pregou a humildade
Que é amor e igualdade
Meu Deus não se liga aos papas e seus relógios de ouro
Minha moralidade é cristã
Não é católica
Eu acredito ter entendido sua maior mensagem
Não foi uma mensagem de vencedores
De criminosos e heróis
Foi uma mensagem de redenção e caridade
De entender sobretudo o outro
Jesus cristo era socialista
Pregou todo um sistema
Sistema esse que só existe no amor
Sistema de inteligência e ciência
De livre arbítrio
Mas até isso transformaram em dogmas
A mensagem esta longe
Muito longe das mentes pequenas dos homens
Homens como eu
Macacos brigando por carne
Que usam dinheiro como urina
Demarcando suas posses
Submetendo suas mulheres e filhos
Jesus cristo é o espírito
De um mundo que não existe
De uma mensagem a ser seguida
E principalmente de uma liberdade sem igual
E da lógica
Pois lógico é defender o bem comum
O bem de todos
Mas os homens fazem escravos
E a igreja...
A igreja referenda a barbárie
E não me chamem ingênuo
Algumas coisas todos sabem
Mas precisam ser repetidas!

Outro começo de noite

Outro começo de noite