quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Todos os lugares são seus

Você não esta sozinha
Pode se levantar
Não tem lugar pra ir
Mas todos os lugares são seus
Apenas continue forte
Não há nada a dizer
É só o que há
Tão distante
Não pode me escutar
As portas não estão fechadas
Você pode se levantar
Continue tentando
Apenas fique forte
Eu sei
Você não tem lugar pra ir
Eu sei
Não há consolo há dizer
Não tenha duvida
É, eu tenho certeza.
Todos os lugares são seus
Não precisa ficar ai
Não posso te dar nada
Eu não tenho nada
Sozinha
As portas se abrem com sorrisos
Tão distante
Não pode me escutar
Tentei não me atrasar
Cheguei e já estava caída
O que quer que tenha acontecido
Talvez eu não entenda
Tentei não me atrasar
Podemos mudar essa verdade
Podemos ser nossa própria verdade
Você começa de novo
A cada dia que levantar
Todos os lugares são seus
Tudo esta em suas mãos
Você não esta sozinha
Não precisa de mais nada
Eu vi em seus olhos
Você precisa de você
Diga sim
Aceite sua coragem
Ela quer continuar
Continue forte
E faça sua verdade
Talvez não seja tarde

Pra uma amiga cuja qual não colocarei a identidade ;)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Grande festa

Chegou aos poucos
Entrou de penetra
Enorme festa
Foi logo tomando espaço
Ocupou todo o lugar
Dançou a noite inteira
Como se não houvesse mais nada
Seus sapatos doíam nos pés
Ficou descalça e dançou
Como nunca se tinha visto
Aquele lugar era só seu
Tomou para si todo o espaço
Entrou de penetra
Mandou na festa
E sem saber quem era
Ou o que queria
Estávamos todos ao seu lado
Dançávamos como se não houvesse amanhã
O lugar estava enfeitiçado
Quem não sabia os passos aprendeu naquela noite
Quando o sol saiu quis ir embora
Corri até a porta
Disse que não podia
Me perguntou porque
Estava alucinado
Sem poder responder
Só sabia que não podia
O feitiço estava ali
Ela não podia sair agora
Sem entender deu um sorriso
Chamei pra dentro
E desde então dançamos
Nossa noite não termina
O sol só sairá quando fecharmos os olhos

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Minhalma

Nem uma sombra
o que me acompanha ?
já me perdi das sombras
nem mesmo um reflexo
tudo se foi há tempos
sem companhia
o que me conforta são minhas mentiras
vivendo sem alma nas esquinas
eu não olho pra trás
não tenho raiva
não tenho mais nada
sem rancor sem nada
quem comeu minha alma ?
o que importa agora
meus olhos estão vazios
não há nada o que enxergar
meus sonhos são lembranças
tudo se foi
nem uma sombra
nem a companhia de mim mesmo
pelas ruas sem vida
abandonado em mim mesmo
partiu sem querer voltar
quem comeu minha alma ?
quando ela se foi
se foi de uma vez ou se foi aos poucos ?
deus os ombros ou virou a face ?
se olhou me olhou e eu não pude observar
a cabeça estava baixa
não havia nada alem do chão
hoje estou muito além
muito além do chão

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Música

Isso tudo é música clássica
é o som da liberdade
que ressoa por todos os cantos
levantando os cabelos
enaltecendo o espirito
isso é música clássia
é o som da liberdade
passando por todos os lugares
ela te fez calar
ela é livre como um pássaro
atravessando a mente
se encontrando onde pulsa
pulsando tranqüilamente
nos trouxe a paz
liberdade como nunca existiu
por fora do muro
por todos os lugares
tudo que você diga
tudo que você faça
é certo agora
música tocando toda noite
somos livres
qualquer coisa é possível
esse é o som
não o deixe abafar
isso é música clássica
do outro lado do muro
até onde puder chegar
onde puderem escutar
vão se libertar
isso é música..
e é clássica porque tem classe
tendo guitarras ou violinos
tambores ou baterias
isso é música!

Ninguem disse que era fácil

Ninguem disse que era fácil
eu volto ao começo de novo
mais uma vez
volto a remar

voltando ao começo
me sustentando pra não cair
agora com os sonhos mais distantes
nós estamos também mais distantes
de novo ao começo
remando sozinho
achei que estaríamos juntos
mas a tempestade fez voltar
em algum lugar
errei e continuei
deveria ter parado
mas continuei
no caminho errado
em meio a tempestade
até me derrubar
caído é difícil levantar
vendo se afastar

Tão longe você esta agora
se tomasse por um segundo meus pensamentos
o tempo ficaria ameno

Um vento forte me mandou de volta
não sei por quanto dias..

Cada parte desse trecho..
me parecerá diferente,
e toda noite terei meu sonho distante
que ao final de alguns meses
poderei agarrar
só espero dessa vez não errar
chegarei de braços abertos pra te abraçar
te chamo vitória!

No Fim

O que fazer agora
o que fazer nessa hora
eu esperava
mas não esperava
eu sabia
mas não sabia
houvesse o que houvesse
eu ainda esperava
e por mais que fosse lógico
por mais que tivesse previsto
não foi fácil
mas é essa esperança
que foi necessária pra chegar
que faz continuar agora
pode não ser tranqüilo
eu sei que não será
mas derrubar tudo
e brigar
ser voraz
pra no fim acreditar no recomeço
recomeçar diferente
e ter sempre um novo fim

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Por trás dos seus cabelos

Alêm dos seus cabelos
algo se esconde
alem dos seus cabelos
você fecha os olhos
é o tempo da sua vida
que vai passando com o rosto coberto
você se esconde atrás de si mesma
é o tempo da sua vida
abaixando a cabeça
sempre em volta
nunca no centro
o que há atrás da sua face coberta ?
você tem medo e se tornou o próprio
atrás dos seus cabelos
seus olhos baixos
eu sei que não é isso
as vezes até um pouco de sorriso
levante o rosto
é o tempo da sua vida
levante o seu sorriso
algumas pessoas especias mudam
algumas pessoas especiais tem esse poder
quem sabe você não possa ?
quem sabe você não seja o que esperamos ?
talvez se dissesse
talvez se escrevesse
qualquer coisa que possamos entender
coisas pequenas são tão importantes
nos esperamos
e sempre vamos esperar
eu sei que vale a pena
eu sei que vale a pena !

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Essa Tarde

Me sentindo melhor
eu fiquei calado esta tarde
eu só escutei
não sabia o que dizer
eu fiquei quieto esta tarde
eu só olhei
fui longe e descolei os pés do chão
respirei fundo
não disse nada
como são lindas suas palavras
eu só escutava
frase por frase
e o mundo saiu correndo porta a fora
o universo erramos nos dois
vivi pra sempre hoje
a se pudesse voltar
eu estaria sempre ali
ouvindo suas frases
quieto e calado
vendo cada pequeno detalhe
não queria sair dali
erramos só nos dois
erramos tudo e mais nada

"Desabafo de um Terrorista "

Ocuparam minha pátria
Expulsaram meu povo
Anularam minha identidade
E me chamaram de terrorista

Confiscaram minha propriedade
Arrancaram meu pomar
Demoliram minha casa
E me chamaram de terrorista

Legislaram leis fascistas
Praticaram odiado apartheid
Destruíram, dividiram, humilharam
E me chamaram de terrorista

Assassinaram minhas alegrias,
Seqüestraram minhas esperanças,
Algemaram meus sonhos,
Quando recusei todas as barbáries

Eles... mataram um terrorista!

Obs : "Desabafo de um Terrorista " é o título que coloquei aqui, pois no original não o encontrei x)

Mahmoud Darwish
do Blog http://republicadefiume.blogspot.com/

Livre!

Sou livre
não importam as circunstancias
é tudo o que posso ser
tudo o que posso ser...
Sou livre
Como você
e talvez...
talvez seja assim fácil
é só acreditar
ser livre não importa o que aconteça
ouvir uma canção
pra dentro da minha mente
encontro e vejo algo novo
eu sei
sou o que quiser ser
sou livre!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

o Livro de capa vermelha

O peso da alma
afogado em sangue
afobado sem ar
devorado por agonia
ultraje de dor
porque foi querer ele o impossível?
porque de tanta obstinação ?
batidas de obsessão
freneticamente batendo
corria quente o sangue pelo músculo
trabalhava involuntário
ele não era o senhor de si
nada podê fazer
substancialmente separados
ele não era corpo e nem alma
ele era desejo e paixão
um fim de pura comoção
virou parte da terra
parte daquele chão
do qual falou tantas vezes
do qual tinha profunda paixão
gostava de cada pequena coisa
e quase chorou quando a neve derreteu
á água tomou conta de todo o vale
e o vale imerso afundou sua ilusão
ele era parte da terra
ele sempre pertenceu a aquele lugar
ele pediu sua cova onde pudesse descansar
e após seu desespero lógico
após seu fim programado
pode então ele voltar
regressou a terra
de onde ficou a velar
os sonhos de quem o fez se afundar

Esse foi inspirado na obra Werther de Johann Wolfgang Von Goethe

Ignorância

a ignorância é a melhor coisa que existe
ela tem medos bobos ela não se conhece bem
ela nunca quer muito
se contenta com o que pode ver e pegar
é o que de mais real existe
a ignorância e nada mais
no seu sentido literal
de apenas não ter conhecimento
do mal ou do bem
ela é o que ela acha que é
ela não tem certeza e nem perde seu tempo com isso
não tem cor e nem deseja se colorir
apenas passa pelos lugares
sem ser lembrada
não cria idéias nem pensamentos
a ignorância só e vazia
de tão vazia ela se completa
não procura novos horizontes e se contenta com o que é comum
é senso comum e não sofre perseguições
é a melhor coisa que existe
amórfica ela é o sentido
não procura sentidos
só continua
acreditando no que ela pode tocar
ela não enlouquece os homens
ela os faz cativos
ela não os deixa preocupar
ahh como é bom
ignorância pra se salvar
e continuar

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Amor maior

É maior do que tudo que esta envolta
É grande o suficiente pra derrubar qualquer gigante
Dilacerando tudo sem o menor temor
Entalha o sangue nas veias e prende a respiração
Agoniza num ar sem solução

É o maior de todos os amores
A maior de todas as dores
Vento pesado de solidão
Melancolia constante em implacável perseguição
Uma parte de tudo afundada bem fundo
Pedaço crucial em qualquer relação

Coexistindo a há tempos
Ínfima ligação
Não se sabe o momento em que se arrebentou o cordão
Há tempos lanças são jogadas
Cravadas na alma com cortes sem cicatrização
Lagrimas são sangue
Caem difíceis da resistência viril
Molham um pano e mancham de vermelho
Jogadas pra fora
Expelindo o desterro de um buraco sem fim

É o maior de todos os amores
Que cresceu cada dia
Fixou suas raízes na pedra
Segura se para não cair

Grande o bastante pra por medo
Pra deixar sozinho
E não querer mais acreditar
Não dá a ninguém a chance de ser diferente
Aprendeu a ser sozinho
Aprendeu a caminhar

Ele tem poucas certezas
E só com uma ele consegue sonhar
Um dia terá um filho
Em quem ele vai depositar
Tudo o que ele acreditou lhe faltar
Então ele vai confiar
Ensinar o maior amor do mundo
Amor dos pais
Amor de paz
De base
De confiança
É o sonho tolo desse sentimento que a muito..
Deixou de acreditar
Procura companhia de dia
Mas de noite volta sozinho a caminhar

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

ponteiro

Esse é o meu tempo
e assim vai ser
esse é meu ferimento
e não se cura assim
vou armando minha subida após ua queda
mas lembro o que me fez cair
esse é meu tempo
e não dá pra esquecer
agora rápido outrora parado
Essa é a cicatriz que ficou
não se fecha
leve tudo daqui
não deixe nada que me faça lembrar
eu posso querer voltar
esse é meu tempo
de se levantar
caminhar pra frente
essa ferida se cura nas volta do ponteiro
se voltar o sino
vai ser pra pegar de volta
pra sentir mais uma vez
uma única que seja
os relógios parados
ali naquele dia
que acreditamos ser tudo infinito e eterno
mas agora
eu só preciso do que com o tempo acaba
como tudo que me cerca

A língua universal

Eu te ouvi falando
Vi na sua face
Um sorriso diferente
A língua universal
Nem podia imaginar
Meus olhos saltavam fora
Eu caia por dentro
O mundo parou pra te escutar
Você já estava cantando
E nem podia imaginar
Eu te ouvi cantando
E agora não a nada mais
As ondas da sua voz me atravessaram
E agora é tudo o que há
E toda vez que fizer silencio vou escutar
Agora é tudo o que há
O som completou todos os espaços
E tudo começa e acaba em música agora
Você estava cantando
E nem podia imaginar

Cada pequena coisa

Cada pequena coisa no meu caminho
É tão importante
Faz parte de um todo
Sigo sem saber bem ao certo o que fazer
O certo é fazer
Seguindo parte a parte
E não importa
Não importa aonde chegar
O melhor está no caminho

Cada pequena coisa
Ontem mesmo eu vi
Ontem mesmo eu senti
Ontem mesmo eu ouvi
Era surreal e vai viver pra sempre
Eu quero acreditar
Esperar a chuva acabar,
Quando ela cai forte
Ela corre e corre e tenta se proteger
Escorrega na água e cai de cara
Nem viu que eu estava aqui olhando,

Passam carros que não param
Passam aviões de longe
Eles cortam o tempo
Eles atingem seu ápice
Eu vou vendo cada pequena coisa.

Onde vamos acabar?
Onde essa estrada vai dar?
Não se preocupe em perguntar.

Aproveitar a estrada
Cada perfume
Cada metro
Cada animal grande e inseto
Somos diferentes
Eles acenam quando passo.

Cada parte se completa
E vai acontecendo
Bem do jeito que nem se podia imaginar
Onde vamos chegar
É a estrada
Ela não parece querer acabar

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Volta pra casa

Amor eu estou fazendo as minhas malas
eu ouvi dizer que esta chovendo por ai
foram seis meses difíceis aqui
mas eu estou indo embora
sabe eu até vou sentir saudades
conheci muita gente e fiz amigos
mas sabe meu amor,
quero voltar pra onde não deveria ter saído
sei que as coisas não são fáceis
mas eu sinto falta de você aqui
amanha mesmo eu pego a estrada
aquela mesma que peguei tantas vezes
nem acredito que nasci aqui
quando volto sempre estou indo pra casa
e mesmo quando chego, e ela esta vazia
sei que estava me esperando
a brisa ai é mais humida
não que eu não goste daqui
mas cada um tem seu lugar,
eu não quis te trazer pra cá
fiquei com medo de você gostar
aqui as ondas não batem
o vento não me sopra conselhos
e não adianta
chegou a hora de ir embora
quero sentir os seus cabelos
a chuva o ano inteiro
sentir a areia
cada pequena coisa que faz tanta falta
seus olhos verdes na foto não são tão verdes
seu sorriso aqui não brilha
e espero que o povo daqui não fique ressentido
não quero ser o filho ingrato
mas já dei meu ultimato
vou atrás do que me é natural
onde corpo e alma se adaptaram
onde eu encontrei a peça chave de tudo
enfim entendi o sentido de plenitude
é meu amor
essas são minhas últimas palavras
estou indo pegar a estrada.

Um novo sol

Bate um vento frio aqui dentro
um vento gelado de profunda agonia
um êxtase de tristeza e desespero
quando se olha pra fora e não se vê lugar algum
quando a esperança se sustenta no vazio
não ver lugar algum
não ter saida e aguentar firme
essa é a hora difícil
hora de medir os pesos
hora em que por pouco não se entrega os pontos
não entregar os pontos
a maior das resistências
nunca se sabe a profundeza do abismo
o medo e a esperança me deixam aqui encima
somos movidos por esperança e medo
medo de dizer o que realmente queremos
medo de largar o que não queremos
medo de ter o que queremos
medo de passar fome
medo do que vão dizer
esperança..
esperança de continuar e dar a volta por cima
esperança de não precisar ter mais medo
esperança de liberdade
e acaba que entregamos a vida
entregando tudo ao dinheiro
entregando tudo aos diplomas
entregando a vida a quem não queríamos dar uma moeda
engolindo secamente dia após dia
aguentando firmemente e dando o melhor
isso é profissionalismo
e na maioria dos dias
vivendo a ilusão necessária de felicidade
achando tudo normal
e escondendo bem fundo o instinto de contestação
a alma escorrendo pouco a pouco
e em um dia ou outro
como hoje
o coração explode e resolve falar
mostrando que ainda existe alguem la dentro
e se alguem ler esse texto
eu peço que reconsidere
e pense no eu lírico
e nas inverdades e verdades maquiadas aqui escritas
porque amanha será um novo sol
e com esse tipo de ilusão
continuo meu caminho dia após dia

Outro começo de noite

Outro começo de noite