quinta-feira, 21 de junho de 2012

Deixando a luz verde...

Nessa noite de postagens frenéticas,
Nesse dia sagrado,
Nesse patamar de luzes,
Vendo nascer o sol ao longe no leste,
Se por no oeste,
Do alto da minha torre,
As luzes da noite,
Como um oceano,
Eu sou tudo,
Eu sou o mundo,
Como uma estrela,
Como um barco que cruza o oceano,
Como uma imensa baleia!!


O Grande..

"E, enquanto lá me achava a meditar sobre o velho, desconhecido mundo, lembrei-me da surpresa de Gatsby, ao divisar pela primeira vez, a luz verde existente na extremidade do ancoradouro de Daisy. Ele viera de longe, até aquele relvado azul, e seu sonho deve ter-lhe parecido tão próximo, que dificilmente poderia deixar de alcançá-lo. Não sabia que seu sonho já havia ficado para trás, perdido em algum lugar, na vasta obscuridade que se estendia para além da cidade, onde as escuras campinas da república se estendiam sob a noite.
Gatsby acreditou na luz verde, no orgiástico futuro que, ano após ano, se afastava de nós.Esse futuro nos iludira, mas não importava: amanhã correremos depressa, estenderemos mais os braços...E, uma bela manhã...
E assim prosseguimos, botes contra a corrente, impelidos incessantemente para o passado"

O Grande Gatsby!

Meus amigos

Plenitude.. Plenitude
Plenitude!!
O grande Gatsby!
Kerouac, Jack London
Exupery, Ariano Suassuna
Cazuza, o Oasis, Red Hot
No te va gustar
O recente Nietzsche!! Kafka!!
Voltaire.. Marineide
Nico, Upi, Jake
Meu pai
Todos os românticos 
Flaubert, Stendhal
Balzac, Goeth e alguém que por ventura eu não tenha lembrado...
Meus amigos!!
Meus poucos amigos..
E todas que me suportaram
Vocês não vão ler
Alguns não existem
Outros deixaram de existir
Alguns talvez vaguem pelo tempo
Outros se perderam no passado
Outros mal lêem uma placa
Quanto mais um poema
Mas é a vocês...
Meus anjos da libertação
Ora analfabetos
Ora poetas
Vocês são uns miseráveis !!
Cantam na vida a miséria do mundo e se libertam
Vocês são os mártires
Os filhos de Deus que brilham
Vocês me educaram, tiveram coragem
Não sou um burguês de merda
Desafio o mundo
Desafio a vida
E hoje meus amigos...
Não enlouqueci...
Gatsby chegou
Cantou a nova era
Vamos todos daqui sair
Um patamar de mais sucesso
Mais alto e mais pleno
Vamos todos daqui sair
Deixaremos de ser
A promessa de algo incerto
Seremos então a constância do infinito!

Com muita felicidade

Dou adeus com muita facilidade
Não pensei ainda
Como será de agora em diante
Um passado que vai se desmontando
Como uma criança que pisa em um intrincado quebra cabeça
Vou pisando
Espalhando às peças
Ligo às que me convem
E abandono esse barco
Esse blog
Que de hoje em diante ficará...
Ficará para o tempo
Para uma lembrança feliz

Na hora certa retornarei
Corrigindo  dislexias
Pra deixar tudo arrumado
Não sei pra que..
Talvez porque eu goste de mim
Demasiadamente
Minha história me faz feliz
Mas não agora
Agora alcancei uma liberdade nova
Matei fantasmas
Tudo é novo
Tudo é tranquilo
Estou aberto ao mundo
O futuro me vem
Como inesperado
Já não pinto em quadros novos a mesma história
E tudo é azul


Desde Gatsby

Desde o Gatsby
Tenho protelado minha volta
Retorno com sinal de adeus
Venho pensando
Em como acabar tudo
Quantos atos
De que forma
Cinco poemas
Pra uma fase que termina
Ahh...
A verdade é que não queria voltar
Superei..
E sinto uma felicidade constante
De plenitude
De amor
Por nem sei o que
A verdade é que essa carcaça do passado
Fica agora para trás
Escrevo direto
Sem corrigir
Na caixa
Fim sem solenidades

sábado, 26 de maio de 2012

O mar o céu e o vento


O mar o céu e o vento

Infinito
Eu ainda me lembro
De quando não conhecia o mar
Meu pai me deu uma concha de caracol
Eu ouvia atento aquele barulho
Efeito sonoro do vento
Uma palavra
Infinito
É tudo que quero  pra vida
Ser sem fim
Como em uma obra de arte
Como o oceano
Um amor pleno
Ser sem fim
Criar algo um dia
Meta-humano
De uma beleza indizível
Inclassificável
Algo intocável pela torpeza
Como morrer no mar
Em uma tempestade
E não ter o corpo encontrado
Não ter matéria
Não se apegar ao comum
Transcender as barreiras
Não ter corpo
Ser essência
Como em uma musica
Uma melodia perfeita
Uma dança
Um jogo  que é mais arte do que esporte
Perfeição
Como descer rápido por entre os carros
Ter precisão
Como surfar e passar dentro do tubo
Como se na verdade estivesse voando
O mar o céu e o vento
É isso que me faz feliz
Todo o resto é importante pra vida
Mas pra cultivar um espírito que não seja miserável
Só mesmo a beleza
E o infinito
Sinônimos que se constituem em si.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

O grande Gatsby!


O grande Gatsby

É tão engraçado
Cinco anos
Scott Fitzgerald
Disperso na fumaça
Eu ia rápido para saída
Nada mais parecia haver

O certo é que algo ainda há
Não li o final
O que Gatsby  consegue
O que quer de fato...
O grande Gatsby
Cinco anos
Ele construiu um monumento para Daisy
Seu casamento infeliz
Ela algum dia sentiu amor
O grande nunca esqueceu

Ela se escondeu como mulher de casa
Uma miserável dona de casa
Uma miserável típica

O grande Gatsby...
Cinco anos
Dayse
Seu casamento
Essas palavras não me deixam

Áh...
Como eu detesto Fitzgerald
E aquela música
Um dia antes do grande
Eu disse a ela
Posso trocar de musica?
Não expliquei porque
Ela é linda
Eu deveria entender isso
E talvez gastar algum tempo
Mas sou infinito
E ela parece acabar a cada dia

Desejei ser especial
Fui um miserável
Creep, é essa a palavra!
Odeio essa música
Odeio esse livro
Odeio a suíça
Tudo já tão longe
É a lembrança de algo que não volta
Algum sentido
Por Deus, apenas isso!
Um sentido...
Mr Johnes...
Aquele dia no bar
Essas eternas coincidências malditas
Não sei quem, ou o que, zomba de mim

Fecho-me em sucesso
Em ver no dinheiro alguma solução
Inútil
Dinheiro não faz feliz
Nunca fez
Só mesmo pra sumir
Pra ver o mar...
Talvez seja o sentido
Vejo as pessoas passarem
Como quadros vivos
Componho parte de suas vidas
Mas me vou sempre
Me apego ao vento
E por isso não gosto de fotos

Um dia fui eterno
Depois a superfície de tudo
Começou a cortar
Como navalha que é
Antes não tivesse conhecido nada
Ignorância é o que há...
Seria tudo um paraíso no mundo dos bárbaros
Mas um dia eu estive lá
Toquei o céu
Purifiquei meus pecados
E desde então
Nada há que me faça dobrar

Repetem meu nome
Dão-me parabéns
Vejo nos olhos dos homens
Meio que uma vontade
De ser assim
Tão forte sendo fraco
Afinal é esse o sentido não é ?
Ser o  alfa
Nisso que chamam de sertão
Todos sem autoestima
Miseráveis ricos
Bem intencionados!
Acham a vida tão complicada
Pra mim tudo parece fácil
Sou um guia que segue no escuro
Procuro problemas idiotas
Quero ter medo
Quero isso que eles têm
Sinto às vezes já ter perdido tudo, mesmo tão no começo
Sinto que aquilo nunca vai voltar
Ai eu saio
Como um pedaço de pizza
Nunca mais
Nevermore
O maldito corvo
Amor nos tempos do cólera

Não é ela
É aquilo que  envolvia
Foi eu ter me sentido humano
Ter por alguém uma vontade de infinito
Acalmar meu coração
E ver em seus olhos o oceano

Foi ter sido único
Foi não pensar em nada mais
Foi ter tido a ambição de faze-la feliz
Éramos tão jovens
Foi algum dia dois ter se tornado um
São quatro páginas já
É vontade de não querer parar nunca mais
E escrever até amanhecer
Um único poema
Que eu sei que será belo
Porque é real
Foi eu ter sido real um dia...

Eram olhos castanhos
Simples olhos castanhos
Nada de incomum
Meu Deus, absolutamente nada!
Pensar que no inicio eu nada senti
Eu nada vi !!
Ela coloca Seu Jorge
Bem simples
Ela tem uma chave
Um código que me desarma

Ela é uma idiota
Uma louca
E eu aqui
Desprezando o mundo
Mas é só um dia
Esse livro logo acaba
E Mr Johnes ?
A vida é uma comedia
Ligada no 11
Engraçado é pensar
Que alguma coisa há
Eu continuo não acreditando nas bruxas
Mas que elas existem, existem!
E voltando ao Grande Gatsby
Pouco me importa seu final
Não sou gatsby
E  Daisy está longe de qualquer lago
Longe da Bahia
Que não é de todos os santos
Mas é sagrada em sua luz que brilha 

Coincidências ?
Talvez seja só a vida
Mostrando que algo existe de maior
Não deixando que a esperança se vá
Em qualquer uma na esquina
Qualquer aventura
Dizendo pra tentar mais uma vez
Talvez aquela que se mostra intocável
Olhos negros de segredos
Ela sabe e é a mais linda
Me faz sentir bem
Por isso tenho medo
Perco o jeito
Andar altivo de quem não tropeça
Eu bêbado sem coordenação
Parece ela me entender tão bem
Ou pareço eu olha-lá e ir tão fundo
Que é uma fuga eu tenho certeza que não
Fugir a gente foge com quem se coloca longe de pensar
A superficialidade é sempre uma válvula de escape
Mas é cortante e sempre decepciona
Mas em contrapartida
Tudo que é fundo dá imenso medo de afogar..

Mas ...
Talvez não seja nada disso
Talvez nunca seja
Dany Califórnia eu sei que não é
Quero me afastar
Mas o habito faz o monge
E é bom não estar só!
Quantas Danys virão ?
Sempre tão alegres..
Gosto de fazer mulheres felizes
Talvez seja isso, todo o fim, daqui em diante
Um longo e inacabado fim
Fazer mulheres felizes!
As mais diferentes
Realizar seus desejos
Dar-lhes alguma proteção
Escolher uma
Dar a ela um filho que não foi feito de amor
Na esperança de que este surja do parto
Ou de uma convivência feliz
De uma reciprocidade forjada.
Mas sinceramente....
Não acredito nisso
Forjar é sempre complicado
Não sou bom em deixar as coisas crescerem
Gosto de pega-lás prontas ou semi-acabadas

Talvez sejam mesmo esses olhos negros
Embora eu os tenha procurado
Fui atrás
Eles nunca vieram
Isso indica que comecei errado
Quando é pra ser eles procuram a gente
A gente diz que não
Não entende
E depois é pra sempre...

Talvez seja ela em seu carro
Tão sem graça
Não me encanta muito, mas bons filmes as vezes começam mal
Talvez seja a  frívola risonha fingindo-se de superficial
Ou a pequena cicatriz
Sempre tão divertida grampeando  ligações!
Talvez seja daqui a muitos anos
Na praia, no vento, alguem que me entenda
Que tenha o espirito nascido no litoral
E que pelo sertão tenha no máximo fascinção.
A demora as vezes incomoda
Em dias em que não se tem ninguém
E sua família parece te ver como um estranho
Domingo é domingo
A missa te deixa mais feliz
Até que descubram suas pequenas heresias 
Ninguém entende seu jeito esquisito
Sunday morning call
Bruma londrina dos livros que você lê 
Nesse tempo tão seco, tão duro!

A espera é agonizante
Vontade de descer por outro vale
Mais verde
Que não seja o vale de Werther
Pra olhar Gatsby e pensar
Que besteira... coisas da adolescência!
Um pouco tardia por sinal.
Beleza roubada e não Os sonhadores
São referências
São sempre referências...
E os pinguins? Que morram todas essas aves infelizes !
Amanhã é sexta feira!
E as baleias?
Ela me fez amar  baleias
Lucy in the sky...
As baleias não têm culpa
Deixá-las-ei em paz
Lindas exultantes e felizes
Talvez um dia eu mergulhe nas costas de uma
E não apareça nunca mais...

Áhh... como tudo isso é ridículo
Baleias, anjas e pinguins.
Nove páginas
Extremamente ridículas!
Mas.. extremamente belas
De uma beleza que não se pode definir

Me faz feliz
Mas vou esquecer
E com beatles termino
Esse poema que se vai no tempo
Como o último eu espero!
Ela deixa a cada dia de ser esse sol
O problema não são as lembranças
Mas  nunca mais eu ter me  aquecido
Tudo é gelo
Um dia ela disse algo sobre isso...

"Look for the girl with the sun in her eyes
And she's gone"
She's gone e isso é tudo!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Backup


Meus sons foram embora
Foram também meus poemas
Tudo perdido
Uma aberração
Tudo ali
Era tanto

Nada de valor
Nada de interesse
Mas era eu
Minhas palavras
Tudo que tenho de mim
Que escondia do mundo
Se foram
Todos os últimos meses

Em uma nova janela
Novo acesso
Sem backup
Mais fácil pra todos
Apagar  tudo
Começar de novo

No me gusta  começar novamente
Gosto das minhas coisas
Por idiotas que sejam
Eram minhas 

O pouco que tinha de mim
Meu final de dia
Chegar em casa
Pensar um pouco
Conversar comigo mesmo
Talvez aquele doente esteja certo
Sou egocêntrico
Mesquinho
Idiota
Amo minhas coisas
Meus erros de português 
Minhas músicas 
 

domingo, 6 de maio de 2012

Forever !


Forever !

Um dia você acorda confuso
Olha para os lados
A muito que não tem espelho
Tem medo dos seus olhos

Um dia você lava o rosto
Passa a mão no cabelo
E se pergunta o que de real ainda existe
Você acordou todos os dias
Foi o mesmo
Tentou domar seu espírito

Pisaram em seu passado
Disseram que tudo era errado
Deram-te uma fórmula do sucesso
Você se podou
Resumiu-se a cinzas
Teve vergonha de seu português
Procurou nas mulheres
Um rosto que pudesse suprir essa falta
Um caminho reto
Para seu coração sinuoso

Mas nada nem ninguém
Consegue matar um espírito de coragem
Ele sempre volta
Não morre, apenas adormece.

Você acorda
Sente os olhos incendiarem a alma
É preciso dizer pra que se veio
Tudo que tem coragem tem beleza
Você definhava em uma rotina
Se contendo em dias comuns
Na ambivalência entre certo e errado
Nada há que não seja real como um sonho
Tentou tocar, mas não sentiu.

Pede perdão aos demais
Eles não acreditam
Não têm coragem
Nunca vão entender
E você...
Você quer o mar
Que é o lugar pra onde te levam
Todos os seus poemas!

sábado, 3 de março de 2012

Atravessar o mundo

Queria atravessar o mundo

Atravessar a pele

Atravessar meus olhos

Mirar-me no espelho

Ir muito além

Voar na velocidade dos pássaros

Sentir um calafrio arrepiar a espinha

Soltar lagrimas de felicidade

Ficar extasiado com a beleza

Acompanhar uma dança

Um movimento perfeito

Em sons que caminham leves

Andam sobre as águas

Percorrem o espaço

Flutuam com a alma

Desvairado na completude

Como um sentimento de amor

Como um surfista que sai do tubo ileso

Que sente a água

Que atravessa a onda

E sai deslizando

Correndo o oceano

Quero o mar o amor

O que é infinito

Quero cercar-me dos seus olhos

Tenho o poder de parar o tempo

Você me diz que sou exagerado

Eu te digo que sou infinito.

7:00

Desperta

Sete da manhã

Aquele som

Dizem que estou certo

Abro os olhos

Como ontem

Como amanha

Não há muito que mudar

Sempre distante

Ponho a cabeça em outro mundo

Não sou eu quem lê e decora

Lógica de não sei o que

Medo do futuro

Sete da manha

Algumas horas a mais

Dormir um pouco

Não fazer nada

Não sofrer por isso

Esse sou eu

Que eu queria ser

Que eu quero ser

Sete da manha

E eu cumpro o procedimento

Sete da manha

E o sol explode lá fora

Sete sete sete

Eu em casa

Meus óculos

Sete

E eu queria o mar

Sete meu número da sorte

Sete pra me libertar daqui

Digam o que quiser

Não estou certo

E eu sei disso

Mas é só por um tempo

Até chegar não sei onde

Pra ser não sei quem

E poder dormir algumas horas a mais

E poder caminhar com o cachorro na praia

Sem pensar em que horas é preciso voltar

É uma longa estrada

É preciso trilhar

Megalomania

Apostei todas as minhas fichas

Fiquei quieto e esperei

De longe eu parecia um escravo

Era como um cão

Pulei de lado a lado

Abri um sorriso

Sentei e saltei

Aprendi truques

Confiei moedas de chocolate

Fui caridoso com ninharias

Mas sempre estive aqui

Como um lobo adormecido

Eu observei

Gratidão

Confiança

Guardei minhas moedas de ouro

Tudo que era valioso permaneceu comigo

Bem guardado

Bem lá no fundo

Percebi os esbanjadores

Sempre tão espertos

Abusaram da minha bondade

Ingenuidade

Pisaram em cima

Acreditaram que eu voltaria sempre

Com o rabo entre as pernas

Como o cão fiel

Mas eu vim

Vi e agora vou vencendo

Cada um me mostrou sua face

Segundo cada teste

Segundo cada dia

Eu peneirei o ouro em um rio calmo

Meu tesouro

Calmo

Tranqüilo

Guardei minhas armas

Fechei meu ciclo

Todos eles, toda a terra e a areia

Todos que quiseram sugar moedas de chocolate

Todos que se mataram por pequenas ambições

Aparecerão agora

Virão ao meu encontro

Mas eu tenho informações

E a vida se resume

Em quem se pode confiar!

Essa memória

Escuto uma musica hoje

A chuva cai fina

Na calçada alguém passa

E o sol reflete na água

Um dia na vida

Sei que o tempo passa

Mas por um segundo

É infinito

Cada estrela que surge

Cada carro que passa

É a musica

Lembro me de você

Dizendo mais uma vez

Que se importar com tudo no mundo

É coisa de quem não vive

E só se importa

A chuva que não para

É infinita

E a noite é bonita

Um dia quente

Uma estrela que chega

Acalma nossos corações

Tão sedentos de um pouco de vento

Sopra tranqüilo

E leva leve no ar

Um pouco dessa memória

Noite

Hoje a noite é bonita

Entardeceu na minha janela

Em um dia assim

O sol cobre de laranja o tempo

E a cidade fica dourada

Na minha janela

Vejo tudo passar

A noite cair

As luzes se acendem

E daqui de cima tudo é tão bonito

Desço, atravesso a rua

Sento pra ver os carros passarem

Nada muito além disso

Uma noite que cai

O céu limpo

Tudo tão bonito

Enche a alma um dia assim

E isso é a vida

Lalalala

Imagine eu e você

Como poderia ser tudo tão feliz

Todo o tempo

Eu e você

Você e eu

A única pessoa pra mim é você

Não preciso de mais ninguém

Por toda a minha vida

Imagine todo o mundo

E os problemas

E as coisas

Imagine todos os medos

Tão sem importância

Porque somos tudo

Um para o outro

É uma canção

Bem brega

Que a gente canta junto

Sem se importar

Porque somos eu e você

Tão felizes juntos

O Kafka

Medo do Kafka

Vontade de ler

Vai deixando pra depois

Aumentando a tensão

Medo do Kafka

Tão real

Vai te fazer mal

Tão real

Surreal

Medo do Kafka te dizer tudo aquilo que você já sabe

Adrenalina com o Kafka

É pular de ponta no buraco negro da mente

Ver fantasmas

Se sentir como uma criança

É ter força

Enfrentar o Kafka

Enfrentar a si

É ter coragem de um bravo

É sair mais forte

E tapar o buraco negro

É uma missão

Maior que qualquer coisa real

Qualquer navalha na carne

Ele estupra sua mente

Minuto a minuto

E você só sai

Se for maior

Maior que o Kafka

Como uma barata gigante

Que se levanta e devora a tudo

E a todos!

Pinguim

Se escrevesse cada palavra

Como se fosse a ultima

Se saísse de casa cada dia

Enfrentando o mundo

Como se acabasse amanha

Como se olhasse pra cada mulher

Como se fosse à única

Mas não é bem assim

Outros dias sempre vêm

Mas sabe...

Poucas coisas são infinitas

E como todo sentido

Carrega seu contrário

O infinito é único

É o último dia

É o último amor

Que se arrasta

Por toda eternidade

É só o que eu sei meu bem

Meu pingüim

Vai ficar pra sempre

Pra sempre e mais um dia

Por que foi a última e a primeira

Por que foi lendário

sexta-feira, 2 de março de 2012

Plenitude

Eu sou o bravo
O forte
E te espero
Eu sou o louco
Enfrento o mundo
E te espero
Eu sou o anjo
A inocência
E te espero
Eu sou a ilusão
A incoerência
E te espero
Eu sou o palhaço
A alegria
E te espero
Eu sou o mundo
Não sou completo
E te espero
Eu sou uma parte
Inconstante
E te espero
Eu não paro
Eu corro léguas
E te espero
Já não quero mais ser tudo
Já não sei porque corro
Quero ser um só
Eu e você
Plenitude 
E te espero!

Mesmos erros

Escrevo os mesmos poemas

Com os mesmos erros

São palavras diferentes

O mesmo sentido

É...

As coisas não mudaram tanto

É sempre um dia assim

O sol não sai direito

E a noite não chega misteriosa

Um dia

Um grão de areia no tempo

Quando o tempo não se mostra

Olhando pra dentro

Algo fica insustentável

É o mesmo poema

É a mesma pergunta

É a mesma certeza

Tento dormir

Quero esquecer

Vejo as ondas baterem

Mesmo tão longe

Sei que é meu inicio e meu fim

Distante

Quando você sonha comigo

Eu existo ai

Tão distante

Te dou um abraço

Eu existo pra sempre

Naquele instante

Eu estou ai

Sinto o mar

Sinto o vento

Te dou a mão

E sentimos a areia

Pulamos as ondas que vem

E voltam pra imensidão do mar

Porque somos o infinito

E você me encontra em seus sonhos

E isso me deixa feliz

Porque tenho sido por vezes

Incapaz de sonhar

Tão preso a terra

Não sou nada

Mas você é o mar

Que traz pra perto as coisas longínquas

Que liga os continentes

Auto ajuda hahaha

Se você se sente sozinho

Mais um dia

Todo arrebentado

É assim mesmo

Morremos um pouco a cada momento

Mas não se preocupe

Será sempre assim

A diferença é saber

É não esperar

É pular fora

Ou ficar dentro

Depende de você entender

É um jogo

Não me diga que seus amigos te traíram

Novidades milenares continuam fazendo boas histórias

Só que hoje

Você vale menos que vinte moedas de prata

Eu não me preocupo e não quero ouvir seu choro

Tão chato e repetitivo

Se quer saber ninguém se importa

Na verdade até se incomodam

Tristeza e desânimo representam má sorte

Eles acham isso contagioso

Fecham suas janelas para a mais desoladora miséria

Se te escutam é porque é preciso parecer bom

Não se iluda

Se queres um conselho

Abra um sorriso

Transforme a tristeza em raiva

A raiva em força

E a força em amor...

Amor a si próprio!

Cumprimente todos

Dê a mão a quem não merece

Pareça generoso

Demonstre compaixão

Sofra sozinho

Transforme migalhas em banquetes

Leve seus problemas consigo

Sua sorte irradiará por todos os cantos

Eles irão brigar por sobras e restos da sua atenção

Eles são miseráveis

Eles se vendem por muito pouco

Mas lembre-se

Você não é cruel

Você não é covarde

Você não é ingrato

Não é como eles

Isso faz toda a diferença

Te guiará na escuridão

Ser bom não implica ser bobo

É a sua força

Sua maior força

Porque os bons se atraem

Os maus e os medíocres

Estão sempre sozinhos

Na primeira tormenta não encontram nada à que se agarrar

Você deve conhecer esses homens

Deve ser como o mau que só espera o mau de todos

Mas uma diferença haverá

É a capacidade de saber ler no tempo

Nos pequenos atos

Nas ínfimas disputas

O caráter dos que te cercam

Capacidade de peneirar o rio e encontrar o ouro

Não se assuste meu amigo

Há sempre muita pedra

E pouco ouro

Quando encontrar

Respeite sua preciosidade!

Nada em lugar nenhum

Se você tem medo do futuro

Saiba que ele não é nada

Em lugar nenhum

Se você se mata dia a dia

Saiba que um dia

Vai ser pra sempre

E todo o tempo de vida

Será então morte intercalada

Se você só pensa no amanhã

E vê hoje como uma escada

Saiba que seu dia é hoje

E amanhã pode nem chegar

É um tombo sempre muito alto

Quando não se vê o chão

É um tombo sempre muito alto

Em um buraco sem fundo

Te desejo sorte e amor

Pra ver no caminho a felicidade

E não apenas no fim da estrada

Porque quando chega o fim

Já não há mais pra onde caminhar

Sozinho

Um dia você viaja sozinho

Um dia você vai morar sozinho

Sai de noite

Vai comer sozinho

Um dia você vê a noite

As pessoas passarem

Sozinho!

Você está só

E isso um dia

Não te incomoda mais

Você acha que pode passar por tudo

Pensa então que tudo é descartável

Você se basta

E ai então...

Está totalmente enganado

O sol

Tudo parece estar

Querendo escorrer entre meus dedos

Ah, mas as coisas não se dão dessa forma

Não comigo!

Vou dar tempo ao tempo

Vou olhar com calma

Continuar com o que tem solidez

Fortificar meus apoios e não parar

Então quando a maré baixar

Quando a tempestade passar

Contabilizarei os estragos

E tentarei aproveitar as mudanças

Mas por enquanto

Não ponho mais nada em jogo

Não sairei de barco

Esperarei em casa

Então quando o sol bater em minha janela

Estará me chamando pra sair

Ai eu vou continuar

Porque nunca se recomeça

Sempre se continua

E essa é a beleza da vida!

No rádio

Um coração

uma mente

um sonho

estaremos juntos

uma vida

uma música no rádio

e as ultimas considerações

sobre o dia que passou

voltando da estrada

sabendo que iria ficar

elas brilhavam la encima

eram três

três irmãs

três marias

um coração

uma mente

um sonho

olhando o céu

eu sabia

do outro lado

sei que via

um dia

um sonho

uma música no rádio

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Lose

E eu entendi

Entendi

O que ela queria me dizer

O que ela não sabia

Mas queria me dizer

O que eu sabia

Mas fui criança

Ahh.. eu entendi

Todo o segredo

Como um espasmo de luz

Na escuridão

Eu vi uma saída

Que eu já conhecia

Bem simples

Ah h.. não podia ser outra coisa

Sua musica

Minha vida

Sua musica

Minha concepção

Sua vida

Minha filosofia

Sua filosofia

Minha religião

Era só isso

Eu tirei a sorte grande e perdi

Era só isso

Eu não vi

Não podia ver

domingo, 29 de janeiro de 2012

Em nova estação

Uma revolução em minha mente
É passado é presente
O que eu vi o que eu olhei
Continuando naquela lembrança
Ela não pôde esperar
Foram tantos anos
Um dia passado em presente
O sol que nasce vem em nova estação
Os pingos caíram
A chuva fez seu estrago
O sol secou tudo
Pude ver a tempestade
Estava longe
A seca
Secando o tempo
Não era deserto
Havia terra
Plantava-se, mas não nascia
Areia por dentro
Deserto infinito
Sem fim
Nova estação
Novo setembro
Tempo de aprender a viver
Algo nasce na areia
Quem sabe até tenha raízes

Sem fim

Só posso ser um corredor
Um caminhante
Tentando ficar parado
Estático
Um caminhante
Tentando se fixar
Corredor
Procuro sonhos em dias comuns
Procuro a mulher que eu sei que existe
Vejo um sorriso
Uma pista
Vou até o fim
Não encontro
Tento ir além do fim
Recomeço
Outra mulher
Outro sorriso
Vou encontrar
Ficar estático
Olhando o tempo
Sem sentir o sertão
Em um sorriso...
Que guarda o infinito
Uma chuva fina
Eu vou
Vou sem fim!

Songbird ³

Vou falar a língua universal
Saindo do chão
Em uma brisa
Que chega não sei de onde
Sentindo o mundo parar por um instante
A língua universal
Um pássaro
Que voando faz acrobacias
Toca o chão
E dança no ar
Dança e dança
Eterno
Não há nada que o faça parar
Vou falar a língua universal
Passar por aquele chafariz
Descer
Cantando uma canção
Bater na porta da sua casa
E te chamar

Songbird²

Como um piloto
Em minha mente
Essa música
Ela não é qualquer uma
É um jogo que não acaba
É a mesma melodia
Os sons dos pássaros em sinfonia
É um acústico
É um parque
Em um lugar incomum
A sete chaves
Os sons
Em minha mente
Uma mulher que dança
Ela não para
Ela nunca vai parar
Ela não é qualquer uma!

Nada e o sonho do vento

Sinto o vento
E tudo o que tenho
Meus sonhos
Já escalados
Um a um
Só podia ficar
Mais um dia
Mais um ano
Até sentir a última rajada
Se desfazendo no tempo
Sopra tranqüila
Brisa
Vive tranqüilo
Mar revoltoso
Nada que eu possa controlar
Todos os sonhos
E nada...
Absolutamente nada!

Songbird

Quero ouvir de novo
O segredo que me contaram
Sentar debaixo da sombra
Esperar o quanto for preciso

Quero que se aproximem de mim
E cantem como nunca
Quero uma infinidade
Um violoncelo
Um violino
Uma doce balada de cantos
Um concerto cantado
Pássaros por todos os lados
Quero que desçam do céu
Quero um poema

A alma de Allen Ginsenberg
Soprando-me uma canção
Ao estilo Beatnik
Um canto de amor
Pra depois eu cantar pra você
E quem sabe possa então dedilha - lá no violão

Que Deus me perdoe

Queria gritar
Desespero
Não sei por quê
Minha vida é boa
Meus dias são felizes
Um pombo até me escolheu
Pra cagar em mim
É
Não é tão ruim assim
Meus dias são animados
E depois da chuva
Sempre posso caminhar
Pra lugar nenhum
Sentindo o povo nas ruas
Comendo um pastel
Em uma feira livre
Gosto de não me sentir ninguém
Ou melhor
Gosto de me sentir só mais um
Pelas ruas
Toda aquela ignorância
Fugindo de não sei o que
Sei que aquele não é meu lugar
Por mais humilde que seja
Por mais que queira ser um deles
Não sou
Não sou e não sou
Não sou do povo...
É preciso encarar a vida
A realidade
Levantar a cabeça e enfrentar o mundo
Aquela música que finjo gostar
Não agrada meus ouvidos
Não entra na alma
É um pouco de soberba eu sei...
Tento me infiltrar
Tento conversar com a menina
Com a mulher
Seus olhos derramam esperança
Mas não falamos a mesma língua
E eu... Não sou tão simples assim
Um burguês...
Burguês de merda, e que Deus me perdoe!

Sempre e bastante

É o que preciso te dizer
Quis pedir desculpas
Não pude
Eu erro sempre
Mais uma vez
Não me veja nos olhos
Garotos não choram
Atrasado demais
Passei na frente
Perdi o caminho
Fiz as curvas
Foram perfeitas
Eu te disse
Sou o melhor
Mas você não entende
Ah...
Você não é como as outras
Não olhe nos meus olhos
Tente mais uma vez
Talvez entenda
Não vou me desculpar
É um pouco de mim e de você
É um pouco de tudo
Parte desse sangue
Que corre e corre
E queima pelas veias

Rimas que nunca serão

Quando
Não há idéias simplesmente
Em rimas que nunca serão
Matando o tempo
Palavras esparsas
Quando não há sentimentos
São dúvidas
Sem expressão
Não se traduz em um grito
Há só silencio
Tentando falar
Sem ter o que dizer
Sai da mesa
Abandonei o mundo
Vim pra casa
Pra ficar comigo
Pra desvendar algo
Que não sei o que é
Nem sei por onde começar
Há só o desejo de ver o tempo passar
No dialogo da rima
Vem-me a resposta
O tempo que é preciso
Deixar passar....

Every breath you take

Quando você respira
Todo momento aqui
Estou te olhando
E todo dia comum
A cada movimento
O sorriso no rosto
Estou te olhando
Não quero perder nada
São sons de piano
São sons... Os mais diferentes
Em todas as direções
Quando o vento sopra cantando
A cada movimento...
Eu vou estar te olhando

Meu sorriso que você não vê!

Meu sorriso
Que você não vê
Eu te disse
Sempre e sempre
Dei oi acenando adeus
Não há chão

Do outro lado
Você nunca quis entender
Não é maldade
Nunca foi
Não te enganei
Sou outro
Nunca fui metade
Sou inteiro
Você tentou e tentou
Eu sou outro
Sou inteiro
De uma vez
Eu sou tudo
Enfrento o mundo
Não olho pra trás
É minha luta
É minha vida
Sou eu
De quem você não gosta
Nunca gostou
Sou eu
De verdade
De uma vez
Que se engana ao cantar uma canção
O sonho de uma batalha
A vitória de um guerreiro desdentado
Sou eu
Indo até o fim
Porque não é uma escolha
É parte de mim!

Um pouco de medo

Tenho que dizer
Que às vezes me sinto inseguro
Sou só um cara normal
Desculpe se te fiz chorar
Não quis te machucar

Além disso, tem muito mais
Não sou assim esse cara forte
Escondi meus defeitos
Passei por cima dos medos
Mas no fundo
Sou só um cara normal

Sonhei com esse dia
Foram subidas e descidas
Aprendi a não perder o controle
Apenas uma criança problemática
Segurei o choro
Fingi que agüentava
E veja...
Aqui estamos nós
Não é lá grande coisa
Mas pra mim cada dia é uma vitória
Nunca tive talentos
Nunca fui o mais esperto
E sabe, era até bem emotivo
Mas veja, estamos aqui

Não pense que eu não sinto
Dói aqui, dói bastante
Não pense que me basto
Sinto sua falta
Sempre estive sozinho
Não se engane
Te quero do meu lado
É só o que há
Veja todas essas conquistas...
Do que elas valem?
Pra mim é só isso
Nos dois e o que fizermos nascer
Não se engane
Fico a flor da pele
É coisa do sangue
Penso em te perder
Isso me desorienta
Faz-me mal
Não posso e nem quero
Não passo por cima de tudo
Tenho minhas balizas
Sou também um pouco de medo

Sem dentes

É uma estrada sem fim
Fazendo amigos no caminho
É um dia que chega
Uma noite que vai
É um hotel barato
É sei lá o que
É sei lá quem
É uma ressaca
Um tapete voador
Um cavaleiro no meio da noite
Uma noiva pedindo carona
Um caminheiro louco
Só uma história
The Police, The who
É só uma viagem
Sem asas
É só uma estrada
Um morro com cabeça de macaco
Um posto sem gasolina
A cobra que atravessa a estrada
As luzes na noite
O lobo solitário morto
É isso...
Um lobo solitário...
Dias e dias dirigindo
Um lobo solitário
Um lobo solitário!
Uma ferra sem dentes
Levando uma fotografia
Lembrando de um filme
Acelerando firme
Esquecendo da vida que já não é sua
Pensando em um casamento
Que não é o seu
Solitário
Lobo sem dentes

Já entendi

Já entendi
Já esperei
Que tudo mudasse com o tempo
Já escutei
Já arranjei meu lugar cativo
Compartilhei esperanças

Tudo está
Tudo vai
Nada assim
Voltando em dias vazios
Agora estou em meu lugar
Não há o que perder

Se te pude entender
É por tentar ver
Como em um sonho de lunático
Um pássaro
Uma história
Além do comum

Eu entendi
Esperei
Em meu lugar
Fiz como eles
São muitos
Não voam
Guardei minhas asas

Não te posso aconselhar
Não te posso tirar daí
Não te posso consertar
Está tudo assim
É o melhor que há
Imperfeições
Os detalhes de uma obra
Tão humana
Incomum
Inacreditável

Liberdade
Seu sorriso
Suas decisões
O brilho que acende
O brilho que ascende
Chove no deserto
Chave de uma ilusão
Nunca vai parar
Um príncipe
Uma raposa
Uma rosa
Um piloto em minha mente

Vou fundo
Seus olhos
Sem saída
Eu pude ver
É meu único talento
Você descobre um sonho
Você já sabia

Em meu lugar
Comprando ilusões
Esperei por isso
Um embrião
Olho por olho
Dia após dia
Apostava e errava
Então eu vi e ouvi
Tire-me daqui!

Longe do mar

Trabalhei pesado
Corri
Fui onde não podia
Tive sonhos sobre rotina
Dormi tarde, acordei cedo
Não vivi muito
Consegui não sei o que
Um pouco dessa virtude do trabalho
Um pouco dessa história que contam
Não vi o mar
Não molhei meus pés
Não fiquei feliz ou triste
Não pensei no meu amor
Eu só trabalhei
Day by Day
Chegava a noite
E via aquela foto
Uma baleia
Oceano
Como se meu trabalho me levasse até lá
Como se eu me levasse até ela
Plano de fundo
Plano de vida
Só espero não estar em um erro
Realidade irreal
Tão perto do sucesso
Tão longe do mar!

Atravessei um rio, corri o oceano!

Escalei montanhas
Andei pelas praias
Continuei procurando
Desci um vale
Subi uma colina
Atravessei um rio
Procurando não sei o que
Mas continuei

Perguntei por todos os lados
Conheci muitas pessoas
Segui as mais diversas rotas
Experimentei o mundo
Continuei acreditando
Minha busca não terminara
Perdi as contas
Não saberia dizer quantas vezes
O sol desceu e subiu
Quantas vezes a noite caiu
Mas todo dia
Todo santo dia
A mesma estrela brilhava
E eu sabia...
Sabia que minha busca não era em vão!

As cores caem

Em uma noite
As cores caem
Como a dez anos
Como ontem
Uma batida
Depois da chuva
Um som
O sol que some na tarde
O dia que termina primeiro no oeste
A janela
Que vê chegar
Que vê partir
É a mesma!

Lionsheart

E quando disserem
Ricardo coração de leão
Façam a correção
Ricardo coração do leão

Alma

Separa-se do corpo
Vendo tudo de fora
Caminha longe
Corre léguas
Não se cansa

Minha mente
Escala montanhas
Não vê limites
Vê-se feliz
Senta no topo do mundo

Mais que meu corpo
Mais que meus dias
Não vê cercas
Viaja
Lunática
Vê baleias
Escuta o mar

Minha inocente mente
Não se apega as formulas
Não tem disciplina
Corre livre
Vive o mundo!

Califórnia

Um sonho de Califórnia
Flores no cabelo
Amor nos olhos
Um sonho
Como na música
No livro
Musicais dos anos 60
Liberdade
Vida como easy rider
A promessa de kerouac
Led Zeppelin no seu avião
O cinema
E tudo
Califórnia espere
Espere
Califórnia e tudo
Califórnia rock Reino unido
Califórnia Praga e a primavera
Paris e 68
Praia e Florianópolis
Califórnia mantra do mundo

Augusto

E o vento sopra pavoroso
É agosto
Mais um dia
Mais um ano
É agosto
Vento frio
Balança tudo
Corre o mundo
Não chove
É só um prenuncio
Esfria a espinha
É a primeira sensação
Calmaria
É agosto
Um tempo entre tempos
Sem chuva
Começa seco
Termina úmido
É agosto
Mês do imperador
Megalomaníaco
Cachorro louco
Agosto da garra
Agosto de Augustus
Agosto da guerra
Da superação
Do inicio da chuva
Da vida
Do inicio da guerra
Da morte
Da vida
Todo sentido
Carrega seu inverso
Agosto
Mês dos sentidos
Agosto
Nascimento da crueldade
Agosto
Nascimento do amor

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Algo para dizer sobre hoje

É trágico
Um idiota
Um completo e perfeito idiota
Eu que não tenho medo de nada
Ridículo
Tanta vergonha
Tão absurdo
Eu que me julgava diferente
Me vi hoje
Como um desses homens traidos
Esses meio homens
Um mane

O que vem de longe
Em um processo
Não percebemos
Pelo menos eu...
Não percebi!!

Me tornei o cara legal
O amigo
O coleguinha....
O fundo do poço
Processo inverso
Nessa merda toda de querer me urbanizar
De tornar-me moderno
Mais entendedor das coisas e das pessoas
Grande merda!!

27/07

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Fugiu

E ela se casou

Ela fugiu

Ela deixou uma casa

Uma mãe uma irmã

Ela só queria fugir

Só queria estar longe

Ela não entendia

Ela não queria

Ela sentia

E sentia e sentia

Como se sente algo

Com peso

Ela fugiu

Fugiu e fugiu

Ela se casou

Ela, linda

Ela, genial

Ela, tudo...

Se casou !

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Amor nos tempos do cólera set 2011

Eu só espero

Que minha vida não seja

“Amor nos tempos do cólera”

Eu só espero...

Não sei o que eu espero

É uma dor ruim

Mas boa de sentir

É uma dor cruel

A pior de todas

Mas que já sei como sentir

É uma dor que chega

Que fica...

Sai

E volta

Nunca acaba

Nunca, nunca, nunca,

Eu não gosto de nada

Eu não gosto de ninguém

Eu amo todo mundo

Eu quero o bem

Mas não gosto de ninguém

É vazio que não se preenche

É poema que só eu entendo

É dor nostálgica

É o único arrependimento

São lágrimas

São textos

São besteiras que eu escrevo

Que me fazem bem

Ah.. como eu amei

Ah... como eu gostei

Ah... como nada além disso importa

E ninguém entende

E ninguém nunca vai entender

Essa história que eu já não conto

Eu só espero que se preencha

Que venha arrebatador

Amor

E que aquele filme

Seja só mais um momento

E jamais a história inteira

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Medo medo medo !

Medo, medo, medo... Eu te procuro mas não te encontro!
A medida que não te tenho me desumanizo, a medida que tento te achar me torno medíocre, porém é preciso quando se procura viver como um comum e encontrar sonhos que não são seus, afinal não se vive sozinho e a coragem de um sonho solitário quase sempre descamba em pesadelo. A medida entre a coragem e a burrice e o que mais doí é que em uma sociedade de medíocres quase toda coragem é burrice! E eu, eu não consigo viver sozinho, o sorriso dos outros alegra meu coração, é preciso sorrir, eu rio de qualquer coisa nessa vida, pra não me tornar louco me torno palhaço e levo tudo na gozação, alienação! Em um longo processo de dia após dia tomar para si o que não é seu, ser como os demais, ser como a música do Zéca Baleiro, querer apenas uma vida, um comercial de margarina, um filho e um cachorro, torcendo pra não se tornar Mrs. Dalloway, ahh... mas isso não me afeta, ou já não me afeta, quem sabe como foi o passado ? Construo o que existiu com os olhos de hoje, e essa é a grande maravilha da vida, de se reinventar a cada momento, de tornar-se comum e um pouco medroso quem sabe, com essa cara deslavada e mentirosa de que nada te afeta! mas será que afeta mesmo ? que é realmente mentira ? As vezes estamos certos e não sabemos... o tempo é quem diz e no final das contas tudo continua e a vida é isso, é o que é, um eterno processo com muitos procedimentos, com uma morte inesperada ou não... É só uma perspectiva, tem se coragem de fazer tudo porque pode tudo acabar amanha, tem se medo de ir a esquina, porque ir a esquina pode ser fatal... e isso é o que dilata as pupilas e faz bater forte o coração, mas voltando ao inicio se é que é isso mesmo, medo medo medo me diga onde se esconde que eu quero te encontrar porque um cachorro eu já tenho...em breve dois cursos superiores, minhas histórias frenéticas?? Isso não importa, não é mérito algum, mérito é ter medo... e se divertir comendo!!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Agosto

E o vento sopra pavoroso

É agosto

Mais um dia

Mais um ano

É agosto

Vento frio

Balança tudo

Não chove

É só um prenuncio

Esfria a espinha

É só a primeira sensação

Da calmaria

É agosto

Um tempo entre tempos

Sem chuva

Começa seco

Termina úmido

É agosto

Mês do imperador

Megalomaníaco

Cachorro louco

Agosto da garra

Agosto de Augustus

Agosto da guerra

Da superação

Do inicio da chuva

Da vida

Do inicio da guerra

Da morte

Da vida

Porque todo sentido

Carrega seu inverso

Agosto

Mês dos sentidos

Procurando baleias

Procurando baleias

Uma a uma

Foto a foto

Procurando baleias

Em um prazer distante

Tranqüiliza minha mente

Felicidade

Profundo

Leve e denso ao mesmo tempo

Inexplorado

Azul

Imenso

Gigante intocável oceano

E as baleias

Enormes

Gigantes

Easy riders

Dos oceanos

Ahh

Eu viajo aqui mesmo

Procurando baleias

Quando ler isso novamente

Deus deve estar querendo me colocar sozinho
Para que eu aprenda a me controlar por mim mesmo
Mas é difícil
Passaram quase dois anos
Ja tenho uma coleção de besteiras
Passo por tudo como uma escavadeira
Mas o que fica de dor
É a falta de controle
De achar que algo secundario é totalmente necessário
E depois... Depois o erro
De quem não agiu conscientemente
Talvez todos sejamos assim
Talvez nem todos sejam
Mas talvez ajam muitos assim
O fato é que isso me preocupa
Não admito a minha falta de controle
E espero ter avançado quando ler isso novamente

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

psiu!

psiu

ooi
= )
seu pai tem boi
hahaha

tudo bem
?

tudo e ai ?

aqui esta tranquilo

defina tranquilo
mar de boa
a brisa
ventando

23:37
noite quente, mar bonito, brisa boa
hj eu resolvi ir pela av. litoranea pra fugir do engarrafamento e o mar estava lindo, maré cheia.. pensei: ricardo ia gostar de ver isso aqui

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Boa noite

vou indo
aproveitar e dormir mais cedo hoje
preciso produzir
render
funcionar
trabalhar
agregar valor
capitalizar meu tempo
capital cultural
gostar do que eu não gosto
amar o que eu detesto
ver todas as opiniões diferentes
para no final...
inovar dentro dos padrões
boa noite!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Louco louco louco!

Podes escrever um poema
Um artigo
Algo que pense
Que seja diferente
Não é mesmo assim
Nem tem sentido
Do que pode gostar
Ver em uma vitrine
É só um segundo
Não são seus cabelos
Não são suas idéias
Não sabe o que viste
Tira a forma do que tem visto
Concentrando em um estante
É toda mudança
Inteligência que não é
Coragem que fere
Ambição
De nem sei o que
Escondido
Um animal que se tornou peixe
Fugiu da superfície
Quem vê tudo de longe
E não quer ser visto
Desmentido do que importa
Criando sentidos
O que se espera da vida
Prestação unilateral
Sem se pretender fama
Destruindo holofotes
Em caminho inverso
É o que te faz louco
Quer que te encontrem
Sem querer que te procurem
Quer que te amem
Pelo que tens de pior
Não há lógica alguma
Tentas conquistar pelos defeitos
Assim não confias em ninguém
Reconhece apenas aqueles
Que sabem tuas qualidades
É louco
O mais louco de todos os loucos
Destrói a si mesmo
E se orgulha que não conheçam suas virtudes

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Olhos de serpente

Existem alguns anjos

Existem alguns sentimentos

E existem olhares

De ressaca e de serpentes

Que vão e voltam

Que vão e não voltam jamais

Existem verdades e sonhos de ilusão

Mentiras inventadas para se poder viver

Plástico vira felicidade

Verdades descortinadas viram facas afiadas

Você come plástico

Você acredita

Cai de cabeça e continua firme

Convicto em um veneno que entorpece

Desconstrói a lógica e acha tudo normal

Anjos maus

Tentam fazer da sua indisciplina

Algo criminoso...

Querem o sacrifício da sua alma

Até não restar nada

Então seus crimes que dão errado

Tornam-se para você sinal dos tempos

Que grande besteira

Você não percebe

Que seu único pecado foi ter praticado tudo com dúvidas

O movimento perfeito não aceita dúvida

Nem tão pouco a disciplina do escravo

Você é livre homem....

Não acredite naqueles olhos

Sua primeira convicção sempre esteve certa

Água e óleo só se misturam nas mentes doentes


Quando cair, que não seja de uma vez

Espero que possa ainda estender a mão

Para que quem sabe aquele anjo bom

Tenha ainda paciência e complacência

Te puxando para cima

Acendendo a chama de justiça

Que nunca se apaga por completo

Em corações inocentes

Desviados pelos olhos de serpente


Referente ao dia 04 de agosto 2011

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