quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Tarde do dia 31!

Não é noite, nem tão pouco chove
não faz frio,
as folhas das arvores não caem
e o sol bate forte.
As pessoas são pura euforia
é dia de festa, é puro movimento
é uma realidade tão surreal
Porque todos parecem não acreditar
criam mentiras para poder continuar.
Escrevemos sobre coisas que não podemos tocar
olhando para as estrelas e falando da imensidão do céu e do mar
são os lugares comuns do amor
onde queremos estar!
É o céu, é o mar, o horizonte e a eternidade
tudo que parece não ter fim.
Mas, hora ou outra,
observando
as buzinas que soam altas nas avenidas
os pássaros que não cantam como em contos de fadas
que são pombos cheios de doenças
os pedintes que pedem dinheiro e mostram as feridas
e todos que estão felizes correndo para casa
pegando os ônibus lotados e atravessando a cidade.
Meu Deus obrigado por dar ao povo tanta fé e felicidade
e para esse ano novo lhe peço mais fé e mais felicidade
para agüentarmos firmes cada adversidade.
Mas, em especial, eu te peço também que tenhamos mais piedade
e que sejamos mais justiça do que impunidade.
Deixando de lado toda essa droga que é enfiada nos lares
dia após dia na televisão
dando aos homens toda essa ilusão e mansidão
arrancando-lhes o direito divino de rebelião.
Esquecendo a verdadeira missão de um Deus
que morreu como mártir
e realizou a maior revolução.
Morreu por amor à quem foi ingratidão.
Não esqueçamos, então, de escrever sobre a beleza e as coisas do coração
mas lembremos também
que o homem é acima de tudo veiculo de comunicação
é acima de tudo sujeito de transformação!



terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Mil e um !

Forever and a day..
um jeito em inglês de dizer
que algo é pra sempre
como as mil e uma noites da arabia
é algo que não acaba
é pra sempre e mais um dia
é não ter fim
é como o oceano e o céu
sentar e ficar olhando
não poder pegar
não poder consumir
só contemplar
e querer se jogar na imensidão
e realizar o maior desejo do homem
ser pra sempre
ser eterno
não acreditamos na morte
somos imortais
eu tenho certeza que somos,
desde sempre procuramos
deixamos nossas histórias
criamos nossas lendas
e se o universo não acaba
se ele é cheio de estrelas
eu tenho certeza que há um lugar para cada um
a alma não pode ser tão pequena a ponto de se dissipar
pra sempre e mais um dia
a imensidão que cada ser contempla
a imensidão que nunca ninguém vai desbravar
de se descobrir por inteiro
de saber todos os seus medos
todos os pesadelos
todos os segredos
somos mil em um só
mil e mais um!

domingo, 28 de dezembro de 2008

Américas



Arrumo as coisas de noite,
não é preciso muito
pego o necessário para sobreviver algum tempo
o resto arrumo depois
o importante agora é dar o fora
o mundo me espera através da janela
e eu sempre quis saber o que há ao longo da Br
saio de manhã pra aproveitar bem o dia
ninguém percebe a saída
eu detesto despedidas..
mesmo que explicasse nunca entenderiam todos os motivos
é uma estrada longa esperando para ser traçada
são malucos em cada cidade, cada estação
esperando para contarem suas histórias
cada um, com uma loucura, com uma origem uma cultura e um medo
quero saber alem dos que estão ao meu lado
quero saber o que estão fazendo no litoral ou na beira dos rios
qual é a onda que paira sobre as diferentes cabeças do continente
está tudo na mão, o mundo só é pequeno pra quem tem a cabeça pequena
o que tenho é só vontade e coragem para aprender
absorver um poco de cada lugar
deixando para trás todas as certezas e definições
tento abrir a mente e o coração para sobreviver em cada situação
o que faz do ser humano grande é a capacidade de adaptação
espero um sonho grande do tamanho da América
quero ganhar tudo enquanto não há nada a perder
então pego a estrada e começo uma longa caminhada

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Fire

Vem queimando tudo
fogo por todos os lados
vem rápido em aceleração constante
Vem pra derrubar, pra jogar no chão
não é qualquer coisa é chama incandescente
é fogo ardente,
á 300 por hora eu sei que você não está pra brincadeira,
e sabe bem a temperatura que corre nas minhas veias..
ehh você sabe .. !
é lava quente que não perdoa nada, e passa por cima de tudo.
se segura quem pode, quem consegue!
eu já não consigo mais,
já larguei tudo e virei desespero, virei loucura
não há mais nada nem ninguém, que possa atrapalhar a nossa dança
o mundo esta aos nossos pés,
a 300 por hora nada pode nos parar
então é só ouvir a música e seguir o ritmo
cruzando do leste ao oeste
deixando o sol nascente e vendo o poente
trazendo o fogo pra quem quiser ver!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Love story..

Talvez eu não tenha dado o melhor de mim,
Talvez eu nem estivesse ali
caminhava por qualquer outro lugar
menos ali,
No começo era só um incômodo
Uma sensação nervosa que me irritava um pouco
mas logo estava imerso na imensa vontade de dar o fora
como na história do pardal
que foi cuidado com muita dedicação,
mas os cuidados foram em vão.
O Pardalzinho se foi,
a gaiola não conseguiu prender o espírito do pássaro
como o pardal, eu também me libertei arrebentado.
deixei parte de mim
me soltei e voei
talvez até com certa ingratidão
não me conhecia bem
e descobri que..
minhas asas batem mais rápido do qualquer avião
posando em pistas clandestinas no meio de qualquer plantação
são caminhos que não conheço
que me fizeram campeão
em um jogo diferente em cada situação
talvez seja tudo muito perverso
talvez seja tudo devassidão
uma paixão em cada estação,
sentirei falta dos cuidados que me foram dados
lembrarei com carinho do seu sorriso
e contarei sua história por onde passar,
será a mais bela história de amor
talvez a única de um amor perfeito
mas de um amor tão perfeito
que não dei conta de segurar
grande pra um egoísta qualquer suportar
egoísta sim, porque nunca aprendi a amar
quando aprender não haverão mais gaiolas
e então nos vamos voar...



Pardalzinho


O pardalzinho nasceu
Livre. Quebraram-lhe a asa.
Sacha lhe deu uma casa,
Água, comida e carinhos.
Foram cuidados em vão:
A casa era uma prisão,
O pardalzinho morreu.
O corpo Sacha enterrou
No jardim; a alma, essa voou
Para o céu dos passarinhos

De Manuel Bandeira

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Frosty sunday Morning

Uma manha fria de domingo
e as memórias me vem á cabeça
me perdendo nas lembranças
de tudo em que um dia acreditamos
dos nossos pensamentos distantes
que pareciam tão reais..
mas nada parece ter mudado,
eu olho pela janela e vejo a mesma chuva cair,
é como se o tempo quisesse você aqui,
ligo a tv e como sempre eles não tem muito o que dizer,
tento decorar as besteiras que eles dizem e que mais tarde quero comentar com você
já faz tanto tempo e eu ainda não me acostumei
a dividir minha vida comigo mesmo,
ainda penso no que você diria
ou o que acharia de cada coisa,
e no final as manhas frias que esperei por um ano inteiro
não são assim tão legais,
o tempo te pertence
e não se completa na sua ausência,
no meu natal um único feliz natal fará muita falta
até um tombo no barro esse ano fará falta,
mas o verão com cara de inverno continua,
e com certeza, eu não sei como, mas com certeza,
um dia, e vai ser logo, vou olhar a janela e verei um novo horizonte.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Dias e dias

Minha primera vez aqui
nesse lugar
não sei bem onde
nesta situação
não sei bem qual
mas tudo parece tão comum
tão natural
a porta se abre
entra uma mulher
a mesma da fila
do sorriso forçado
nem me lembro do dia
sei que era uma fila
que era longa
que estava pensando
que não me percebeu
que lembro do seu rosto
agora aqui
dessa vez
sou eu o estrangeiro
fora do mundo
e ela tão atenta
a me observar
perguntando talvez
se eu á conheço

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Nem eu sei

Talvez você saiba muito mais do que deveria
pode até ser verdade, quando diz que me conhece bem
me dá conselhos e entende o que quero
mas não se engane minha cara
eu não estou aqui para ser compreendido
e nem cobrei e nunca cobrarei isso de ninguém
No fim o que me guia é um instinto
Não acredite quando falo de sentimentos,
Pode não ser real, não sou tão intenso por dentro
você delira acreditando na minha bondade e inocência
Não se engane meu bem,
Me afundo em mim
e talvez seja eu a única pessoa que aprendi a amar
que aprendi a confiar,
e no final faço tudo
milimetricamente observando o quero em um longo caminho
desculpe se te prometi amor
quando o que poderia te dar no máximo era companhia
desculpe se disse que te contava tudo
sendo que há coisas que nunca nem repeti em voz baixa
você acredita no que quiser
não faço questão de que saiba a verdade
um dia verá que é muito mais do que entender
um dia depois de aprender muito
verá então que não sabe nada
e nem eu sei.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Ratos e baratas

Ratos e baratas
procuram proteção
comem pelos cantos
e se escondem no porão
Ratos e baratas
subindo por um corpo sem ação
de um bom soldado que cumpre sua missão
Ratos e baratas
tomando posse da situação
o soldado nem percebe a situação
diante de um batalhão,
são milhares de oficiais em ação
os antigos motivos agora sem razão,
o soldado não entende sua condição
Ratos e baratas
mastigando seu coração
e o soldado continua matando em vão..

As marquises

Correndo por debaixo das marquises
uma noite como qualquer outra
chove pesado
todos estão em casa
Debaixo das marquises do centro
o movimento são alguns carros que passam
e uma ou outra pessoa que nesse avançar da hora se enche de mistério
em uma solidão inatingível dos que não estão na multidão
Eu corro e corro..
a chuva não para
quero chegar em algum lugar
conheço tudo por aqui
mas não sei bem onde parar
não sei bem onde quero chegar
o certo é que por instante eu só quero ir
não importa onde
sozinho em um caminho vazio

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Ultraje a si mesmo

Vejo um filme,
leio um poema
folheio um livro
a procura de algo que ainda não possuo
tentando não ficar na mesmice
cansado de um velho estilo
buscando conhecer o outro
os lugares que nunca poderia estar
procurando inovar..

uma novidade,
um segredo a ser descoberto
e a cada pequenice deixada pra trás
á cada sentimento mesquinho
á cada preconceito e dogma
um novo ar passa pelos pulmões
de quem não deseja nunca ser o mesmo
de quem deseja sempre sonhar
de quem descobre que amar esta na razão
de se renovar

só quem é limitado
se perde na insuficiência
de não respeitar
de não reconhecer
de não querer se aprimorar
de brigar por coisas pequenas
e matar,
matar por matar
brigar por brigar
tirar sonhos por tirar
estranho prazer de ignorância
ultraje a si mesmo
á cabeça que foi feita pra pensar

Outro começo de noite

Outro começo de noite