segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Estilhaços

Quando tudo leva a pensar
Que está quebrado
Vidros estilhaçados
Entram cortando no pé
Quando a dor já não se suporta
Quando o medo já virou desespero
Quando já não é possível chorar
E o rosto queima com o sal das lagrimas
Eu disse que não queria ver
Disse que não queria estar lá
Pra não te ver se arrebentar
Mas eu não posso
Eu não consigo
E o pior é que eu sei
Vou correr pra ajudar
Mais uma vez

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Não nos conhecemos

O que você espera
É demais
É muito
O que você acredita
É surreal
Não existe
O que você vive
É incomum
É incompreensível
Esse não é o mundo
Esse não sou eu
Não nos conhecemos
Seu país é um
O meu é outro
E ainda assim
Somos brasileiros
Não de um mesmo brasil

Todo o exagero

Todo exagero
Sangue aquecido
Alma latina
Que dança e não se cansa
Que ri e segue sempre

Todo exagero
Alma brasileira
Que samba e é feliz

Todo o amor
Todo o clamor
Relações quentes
Respostas verdadeiras
Respostas simples
Povo brasileiro

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Na areia

Estrelas enganam
Historias não se repetem
Gestos desconexos
Nada que mostre um caminho
Errado em uma rota certa
Indo na contramão
Procurando não sei bem o que
Certezas não se confirmam
Em uma busca sem fim
Perdido e ainda assim na praia
Nadando na areia
Quem me vê e eu não vejo
Demora a me encontrar
Não estou invisível
Não sou difícil de achar

sábado, 18 de setembro de 2010

Nas asas

Tudo o que você queria
Eu podia brilhar por você
E todas as coisas que chegavam
Era minha vez
Muito a se fazer
Esperando sonhos
Nas asas de uma ave
As mentiras ou verdades
Pra você e pra mim
Com tantas esperanças
Melhorando um ambiente sem cura
Eu podia brilhar por você
Tão difícil
Esperávamos sempre
Continuávamos sem saber o que
Sem saber porque

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O peso e a coragem

As tensões demonstram
As tensões demarcam
A ousadia referenda
A ousadia assusta
A paciência espera
A paciência faz mediação
E os homens valem respostas
De cada momento
De cada situação
Quem melhor se adéqua
Quem melhor responde
Quem suporta a pressão
E os homens valem a pressão
De uma difícil decisão
Responsabilidade em cotação
E assim...
Os homens valem o peso e a coragem de cada decisão

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Combustível

Posso sentir o sangue correr quente
Como a muito não ocorria
Sinto a força de levantar um titã

Posso sentir meu corpo
A capacidade de um animal
Minha visão aguça
sou um homem primitivo
Nada importa e não relativizo

Sou toda força
Sou todo o poder
Essa maldade que não tem rancor
Esse espírito de briga
Sinto o coração bater na garganta
Sinto a fúria do sangue nos meus olhos
Se os homens se diferenciam
É porque uns vêem na dor energia
Enquanto outros vêem o fracasso
A adrenalina me faz tremer as mãos
Eu sou toda potencia
Eu sou todo o combustível

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A medida das coisas

A medida das coisas
Só o necessário
Nem mais nem menos
Só o necessário
A conta certa
Não sabem lidar com a totalidade
Não sabem lidar com o pouco
Só o meio termo
Só o permitido
A medida das coisas
A conta certa
O que não incomoda
O que não fala tanto
Só o que é preciso
A medida certa
A partir daí silencio
Sucesso loucura e banalidade
Sempre tão próximos
Diferenciam se nas medidas

Goiano

Ah, eu nunca vou entender
Essa raiva que irrita
Fazendo ter repudio do mundo
Das coisas mais sutis
Vendo hipocrisia em sorrisos medianos
Enquanto as coisas e pessoas
Reduzem-se a banalidades
Ao valor monetário e vazio que procuram
Que tanto as ofende
Em suas existências medíocres
Eu olho
E enxergo a maldade
A omissão
E por fim...
Minha própria maldade em ser omisso
Minha própria maldade em ser banal
Um goiano qualquer
Banal
Só me falta acreditar em jornal
E rimar ...
Banal e jornal
Medíocre ! medíocre !
Eu vejo o absurdo
Eu continuo
Medíocre
Goiano preconceituoso
Provinciano
Medroso

Escrevo

Escrevo pra pensar
Escrevo pra deixar..
Guardado o que se foi,
Pra relembrar
Pra saber que superei
Que escrevi e não morri

Escrevo pra ver...
Que os dias passam...
E com eles as sensações,

Escrevo porque é o único....
Lugar só meu ,

Escrevo
Porque não me sinto livre
Escrevo
Pra ir a outro lugar
Porque quando tudo vai muito bem
Não escrevo

Joy division

Eu posso escutar
Joy division
Um dia
Um dia
O amor é terrível
Novamente
O amor é terrível
Novamente
Mais que besteira
Eu posso escutar
Joy division
Um dia
Um dia
Enquanto o desespero toma conta
Vindo quieto
Tentando demonstrar qualquer coisa
Eu posso escutar
Joy division
Só um dia !

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Mais que humano

Minha mente se cansa
São muitas rotações por minuto
Tento me fixar em um ponto
Mas muitas imagens me vêm à cabeça
E tudo tenta confundir
Prova de fogo
Eu não esqueço a direção certa
Prova de fogo
Sou humano
Colocam desafios
Os mais sórdidos possíveis
Desafios da beleza
Desafios da ilusão
Desafios da incerteza
Mas eu sei
Posso ser mais que humano

domingo, 5 de setembro de 2010

What i need and what i want!

O que eu quero...

O que eu preciso e o que procuro
É tão difícil
É tão raro
É tão simples
É sereno
E é completo
É confiança e amizade
Eu só procuro amor
Quem sabe o tenha encontrado
No fundo eu sei
Mas não acredito
Ate que o tenha conseguido

O que preciso e o que procuro
Existe solitário
Pode ser cultivado de longe
Mas eu não quero
Sou só metade
Não me basto sozinho
Metade de uma alma
Metade de uma pessoa
Falta-me algo em alguém
Eu sei bem quem

O que eu preciso, o que eu procuro
São duas partes de um só
E enquanto não se encontram
Eu não preciso, eu não procuro
E eu não quero!

O incompleto

Se duas coisas
Acompanham a vida
Não simultâneas
Retas paralelas
Uma provem da outra
A outra provem da uma
Mas nunca se encontram
Iludir-se e aprender
Aprendendo porque iludiu-se
Iludindo-se porque aprendeu
Se os homens escolhem
E são diferentes
Animais que tentam controlar o instinto..
Instinto que a ilusão comanda bem...
Mas que a serviço da lógica...
Constroem todo o poder...
Poder que é aprendizagem!
Se uns homens se defendem
Se uns desconfiam
Outros nadam para o fundo
Acreditando na própria loucura
O homem que tem dó de si mesmo
E por isso se mata
O homem que tem dó de si mesmo
E por isso afunda
O homem que aprende
E tem raiva de si mesmo
E por isso aprende
O homem que tem raiva de si mesmo
E por isso é forte
O homem que conhece os homens
Mas nunca acredita nisso
O homem que tem capacidade
E ainda assim se acha incapaz
Porque o incompleto esta sempre por melhorar!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Não quero

Não quero ter que gostar de ninguém
Não quero ter que parecer feliz
Não quero receber estranhos em casa
Não quero sorrir quando estiver triste
Não quero ser político
Não quero ser publico
Eu só quero se feliz
Não quero atender muitas ligações
Não quero uma casa grande
Quero poder cuidar da minha própria vida
Quero uma vida simples
Só quero ser feliz
Quero repetir palavras
Fazer poemas pouco sonoros
Ou muito sonoros
Ou de qualquer jeito, tanto faz!
Eu mando em mim
Não quero gostar do mundo
Não quero amar qualquer uma
Não quero ter motivos para detestar alguém
Nasci pra ser livre
Desconhecido
Quero chegar aos lugares
E ser só mais um
Não quero que me olhem
Não quero que comentem da minha existência
Quero ser um anônimo
Com filhos e um cachorro
Viagens nas férias
Uma vida tão mediana e tão comum
É só o que eu quero
Roupas discretas
Amores discretos
Amizades discretas
Sentimentos discretos
Eu odeio e temo a humanidade
Não quero ser visto
Quero ser assim e só assim
Serei feliz e pronto
Sei o que não quero
E já me basta !

General

Covarde,
Porque fui embora
Não adimitindo a fraqueza
Abandonando os que não lutam
Covarde,
Porque desprezo quem tem medo
Os deixando a mercê de sua sorte
Covarde,
Porque conheço a natureza
E esqueci a piedade
Covarde,
Porque só me encontro em mim
Porque só respeito os meus
Covarde,
Porque exijo sempre mais
E faço da minha moral
Balança da justiça
Covarde,
Porque levanto minha espada
Corto cabeças
Faço meu julgamento
E não me interessa a defesa
Não pergunto nada
Covarde,
Não sou herói
Não sou salvador
Não sou nada
Minha ideologia
Meu único crivo
Justiça relativa
Medo da derrota
Vitoria a qualquer custo
Covarde,
Tremo de medo atrás da mesa
Só conheço as ordens
E longe da farda não sou ninguém
A humanidade me deprime
Os homens valem sua coragem
Brechet estava errado
A historia é feita por reis
Por assassinos
Por religiosos
Por instituidores da ordem
Por enfrentadores da ordem
Mas jamais por ordenados
Por quem passa a vida sem dizer nada
Esses não pensam
Condenados a alienação
Sei que sou um covarde,
Mas amo o poder
E enquanto existirem
Mais covardes que eu
Esses que se calam
Vão sempre consentir na minha força
Eu que sou um bezerro
Tenho o espectro de um touro
Eu que sou um gato
Tenho o espectro de um leão
Porque eu disse que era
Eu disse que podia
Eu fiz ameaças
E acreditaram
Covarde,
Eu minto
E mentindo continuo.

Essas ruas

These streets,
Are block today!

Essas ruas
Estão fechadas hoje
Algo chega de longe
Corre como o vento
Não teme o frio
Não teme nada

Essas ruas
Fechadas desde cedo
Nada que ultrapasse
As barreiras do medo
São homens sem nada

Quem pode
Vencer as barreiras
Quem pode
Desafiar a lógica

Chega de longe
Como o vento
Não teme o dia
Vem da noite
Não teme nada

Confiança

Quem oferece uma segunda chance
Querendo ser ferido novamente
Confundindo perdão e esquecimento
Não sabe que se a duvida existe
Algo morreu há tempos
Já não há mais volta
A confiança é dessas
Que semeada só nasce uma vez
Não é uma praga
Não nasce em qualquer pântano
Embora seja simples e discreta
É rara e muito procurada
Não tem valor em coisas
E isso muito irrita o homem
Que não pode comprá-la
A confiança não teme
Não admite cisões
Não é maleável
Desconhece fronteiras
É a mais importante virtude
A mais valiosa característica
Que não se apega aos fracos
Qualidade de quem tem coragem
Confiança, confiança
Não nasce em qualquer lugar

As mesmas ruas

Essas não são
As mesmas ruas
Pela estrada eu vejo
Nós viemos de lá

Esses não são
Os mesmos dias de antes
Pelas estações eu vejo
Nos perdemos no tempo

De cima de um morro
Avistamos a cidade
Que já não é a mesma
Somos estrangeiros
Nascemos aqui

Conhecidos aproximam-se
Relembram o passado
Mas esses não são
Os amigos de antes

Não construímos juntos um futuro
E agora o que era gloria
No passado vira esquecimento
Criamos nossas lembranças
E nada é mais do mesmo
Talvez em algum lugar
Encontre o que já fui
Talvez nem seja aqui
Talvez nunca tenha estado lá

O que não se pode ver

Que medo
Se fundamenta no segredo
De não entender
O que não veio
O que não se sabe
E não esta por vir
Sendo uma historia diferente
Pensada em outros termos
De um lugar incomum
Quem vem
Quem se espera
Não se oculta nas palavras
De textos aterrorizantes
O que se esconde
Se não se mostra
Não existe
Não há o que temer
Quando nem se imagina
O que não se pode ver

Por isso seguimos

Saímos de um estado de direito
Fundamos um estado de justiça
Abolimos as leis
Elegemos a lógica
Desvalorizamos as coisas
Valorizamos os homens
Somos todos loucos
Pensamos uns nos outros
Sabemos que seremos traídos
Exercitamos a liberdade
Nós despimos do medo
Que faz pilhar
Que cria a segurança infundada
De se proteger do seu irmão
De se proteger de si mesmo
Somos todos loucos
Acreditamos no homem
Acreditamos na humanidade
Nossa fé é cega
E por isso seguimos

Em um dia

Em um dia
Tentei inventar mentiras reais
Que não consegui reproduzir

Estava tão certo
Não acreditava em ninguém
Mas tentei escutá-los
Só podiam falar e não podiam sentir
Eu senti e não consegui falar

Em um dia
Cego como um morcego na luz
Talvez eu pudesse cantar
Mas fiquei calado
Eu não pude escutá-los
Guardei meu segredo

Concorda com tudo

você que acredita na lei
Que tem fé em tratados
Vê o estado acima do homem
Que coloca na ordem a resposta a barbárie
Move a engrenagem
Rodando ao contrario a lógica do mundo
O que nunca foi visto
O que nunca será
Te espancam na rua
Você é um criminoso
Você é pobre
Te jogam no inferno
Não há espaço
Não te deixam falar
Nunca foi ouvido
Nunca será
Porem acredita
E quem sabe
Concorda com tudo

Deslocando idéias..

Deslocando idéias que permaneciam escondidas
Ultrapassando as barreiras de um discurso corrigido
Ao seu lado falo o que não deveria

Tentando maldizer meu dia
Passo as horas esperando o fim
Para que chegue então outro dia
Que seja o mesmo pra mim
Mas se meus planos não dão certo
Se meu mau humor é vencido
É que te encontro no finzinho da noite
Te escuto ser sincera
Em orações tão simples
De coisas tão complexas
Fosse o que fosse
Seria fácil pra mim

Dessa empreitada difícil
De não se apegar ao impalpável
Tentando reduzir-me ao material
Não faltando quem dê apoio
Só espero seu veredicto
Em você eu vejo o queria escutar
Mesmo sem dizer
Suas palavras são tão singelas
Saem pelos olhos
Quando chegam em mim
Já convencido
Sinto-me melhor
Não sei de nada
E você sabe
Você me faz sentir bem

Vaidade

Eu ainda penso
Se seria exagero
Se me constrangeria
Escrevi um poema
Mandei
Arrependi
Mas eu sei
Hora eu sei
Eu quis enviar
Eu quis falar
Quis escrever
Mas ainda penso
Minha vaidade é maior
É o que mais dói
A vaidade é maior
Tento confundir vaidade com instinto
E dói
É só apego lá no fundo
Não se confundem
Uma jóia
Não vale lá muita coisa
Não vale nada pra ela
Me faz sentir bem
Tão bem
Sinto protegido
Um amuleto
Só um objeto
Hora eu sei
É um ultraje
Minha corrente
E porque a estimo
Quero tirar do pescoço
Prata, ouro branco ou diamante
Fosse o que fosse
Sei que merece
Mas a vaidade
De demonstrar tanto apego
De demonstrar qualquer indicio de amor
É tão nobre o ato
É isso
É parte de mim
Eu sei que talvez nunca mais as veja
Nem ela, nem a corrente
Em outro continente
Mas eu quero
Que á leve
Apesar dos pesares

Pessoas que amam o desprezo
Não me sinto humano
Não suporto a indiferença
Mas tento exercita lá
Meu Deus
Porque ?
Que vaidade é essa
Maior que um sentimento
Que vaidade é essa
Que tenta me fazer arrepender
No ultimo dia
Ultimo dia

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Instintos..

Aprendi a não temer meus instintos
Eu espero
Eles se confirmam
É meu subconsciente
Mais inteligente
Mais rápido
Percebe as informações
Faz as ligações
Me dá respostas
Minha lógica mais lenta
Espera ver para crer
Mas os instintos
Ligam-se em indícios
Ligam-se em tudo
Não dou meu veredicto
Não dou a resposta final
Enquanto não as tenho
Não me manifesto
Mas...
Aprendi a respeitar
O que chamo subconsciente
O que chamo instinto
Pois que tem guiado o homem
Essa capacidade de autodefesa
Grande possibilidade de acertar
Grande oportunidade de não errar
Costumam sobreviver os que têm tato
Os que sentem o cheiro
Os que sabem depositar sua confiança
E não entregam sua crença a qualquer um.

Outro começo de noite

Outro começo de noite