sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Incompetente

Incompetente
eu vou
sem escrever bem
sem correr bem
sem nadar bem
incompetente
semi analfabeto
atrapalhado
sem coordenação
incompetente
vou rindo
como um desdentado
escuto mentiras
para aliviar a verdade
mas eu sempre sei
ah eu sempre sei !

As coisas que não sei

Posso tocar uma musica para você
Sobre não sei o que
O importante é pra saber
Que eu embora não saiba cantar
Não vou te mostrar com palavras
O que nem os sons sabem dizer

Se uma música não é muda
É porque tem o espírito de um pássaro
Te levo algo muito leve
Tiro os pés do chão
Então o que não pode ser mostrado
Se faz sentir em uma melodia
Que só pode ser tocada
Quando os dedos já não sabem
A mecânica do som
Simplesmente se guiam
Na dança da alma

Eu não sei cantar
Não sei escrever
Mas posso escutar
Eu sei
Não posso explicar o que
Mas eu sei
Só essa verdade eu queria
Te fazer sentir
O saber elevado que a lógica
Já não alcança

Disparada em um brilho

Disparada em um brilho
Sem distancia
Não há o que não alcance
Sua mente cansada

Atônita por uma noite em aberto
Segredos são repetidos
Que não mudam em nada
São reflexos de uma mesma hora
Ontem foi hoje como acontecerá amanha

Nada se completa
Como em um dia
Antes de antigamente

Fala-se em honra
Sem entender os preceitos
Costumes fundamentam a verdade
Esquecidos os principios
Perdidos em qualquer esquina
No caminho do desprezo

A reprodução imperfeita da justiça
Norteia a consolidação da injuria
Nada se cria, tudo se reproduz
Sua mente é um labirinto
Caminhando por túneis
Onde idéias não encontram saída

Guida por uma luz
Que ofusca a clareza
Não há distinção
Não há liberdade
Somos todos iguais

Ultrapassa as barreiras

O orgulho
Mais forte extase humano
Supera a colera
Ultrapassa a furia
Não morre
Arrebata o amor
Arrebenta com tudo
Cegueira sã
Ungidida pela honra
Busca a medalha
Lava o seu nome
Paga qualquer preço
Ultrapassa as barreiras
Se completa
Resta o arrependimento
O perdão
Sabendo que no fundo
Tudo aconteceria novamente
É alto o valor
Do juizo feito a margem
É valiosa a dor
Que instituiu o respeito
É complacente o medo
Que permite o poder!

Boas lembranças

Quando a expressão perder cor
Quando os olhos estiverem vagos
Quando os perímetros tiverem atenção
Quando não fizer perguntas
Quando nada tiver de fato importância
Quando não te contar meu dia
Quando as horas durarem muito
Quando eu concordar com tudo
Quando estiver profundamente infeliz
Quando minhas mãos não suarem
Por favor perceba antes de mim
Seja firme
Finja que é você quem já não aguenta
Eu vou dar um sorriso
Em uma alegria temperada
Na constância de algo completo
Tornarei-me leve
E boas lembranças vamos levar!

Preciso

Lembre se de ontem
Fiz o impossível
Nasci em um dia de sol
Eu sorria por besteiras
Gostava de humor barato
Meus olhos não tinham cor
Eram de um castanho claro
Que mudava com a luz
Sempre me adaptava
Meus cabelos encaracolados
Minhas ideias desconexa
Pura contradição

lembre se de ontem
Não agüentei
Tentei brilhar
Tentei brigar
Minha retina ardia
A luz deixou de fazer diferença
Eu não podia
Eu não queria
Um trovão preso em uma garrafa
Eu quis ser imbecil
Não podia

Lembre se de ontem
Seu sorriso difícil
Sua cultura complexa
Eu não sabia nada
Só queria me divertir
Você ia fundo
Eu só queria .. ir!
Seus olhos pretos
Um abismo no infinito
Opacos
Uma noite nublada
Nada podia se ver
Eu me perdia
Quis continuar
Não podia

Lembre se de ontem
Por estranho que seja
Algo perdido entre espaços
Ainda constrói meu medo
São segredos que não conheço
Não quero ir mais alem
Nunca quis
Preciso de ilusões
São coisas que eu e você sabemos
Não podia continuar

Conheces o mundo
Conheces A humanidade
Vai de encontro aos conhecimentos
Os traz pra vida
Mas eu meu amor
Eu nunca trago nada
Só quero viver
Depois de toda verdade
Toda matemática da destruição
Fecho o mundo
Fecho os livros
As teorias
Tenho ainda fé em um novo dia
Por isso parti
Por isso não voltarei
Eu apenas quero viver
Apenas quero sorrir !

domingo, 10 de outubro de 2010

Labirintos

Disparado em um brilho
sem distancia
não há o que não alcance
sua mente cansada

atento por uma noite em aberto
segredos são repetidos
que não mudam em nada
são reflexos de uma mesma hora
ontem foi hoje como acontecerá amanha

nada se completa
como em um dia
antes de antigamente

fala-se em honra
sem entender os preceitos
costumes fundamentam a verdade
esquecidos os princípios
perdidos em memorias vagas

a reprodução imperfeita da justiça
norteia a consolidação da injuria
nada se cria tudo se reproduz
sua mente é um labirinto
entre tuneis
onde idéias não encontram saída
guiado por uma luz
que ofusca a clareza
não há distinção
não há liberdade
somos todos iguais

Sonho arrebentado

Escute o som de um sonho arrebentado
Indo na contramão
Alguém disse que viveríamos para sempre
Mentimos com olhos fixos
Nossas vidas...
É só um pouco das nossas vidas!

Não continuamos como estamos
Alguém mentiu
Destruímos nosso passaporte
Não podemos viver para sempre
É só a nossa existência
Cheios de esperança
Com sonhos desfigurados
É tão estúpido estar perto do chão
Queremos ir mais longe
Queremos o ar
Eu sei e você sabe,
Não sabemos voar
Eu pulo do parapeito de um prédio
Você espera embaixo
Mergulhando contra o chão
Eu sei e você sabe,
Não há lógica alguma
Voltamos como verdadeiras fênix
Queimando sozinhos por dentro
Estamos aqui novamente!

Outro começo de noite

Outro começo de noite