sexta-feira, 10 de abril de 2009

No name

Ele não tem nome
é só um estranho na multidão
não tem ninguém pra ligar
sem lugar pra voltar
Ninguém sabe quem é
Ele não sabe
É só um cara
Passou pediu um café
Pagou e foi embora
Ele não existe
Não é bonito e nem é feio
Não repararam
Levava algo precioso
Valor duvidoso
Andou tranqüilo
Atravessou a rua
Não tropeçou
Uma roupa discreta
Entrou no ônibus
Apertou um botão
Mandou pelos ares
Explodiu muita gente
Talvez eles tivessem alguém pra ligar
Talvez eles voltassem pra algum lugar

Um comentário:

Leonardo disse...

Ele estava acima de qualquer suspeita ;)

Belo poema, Ricardo

Outro começo de noite

Outro começo de noite