domingo, 1 de agosto de 2010

Eu chorei

Eu chorei
Pela covardia
Ganância e medo
Eu chorei
Tentei esconder minhas lagrimas
Mas vi que era essa vaidade o sinal da decadência
Por esperar sempre mais e mais
E não enxergar o óbvio, eu chorei!
Porque sei o que é justo e injusto
Porque nunca tive duvidas
Porque trai meu espírito
Eu chorei
Escutei as palavras...
Eu era o homem do celeiro
Eu era o irmão preocupado com a herança
E pecava mais que os outros
Mais que qualquer um ali
Pois a quem não conhece a justiça
Credita-se a falta de esteio como justificativa
Mas eu conheço
Eu sinto
E sabia que algo me incomodava
Há tempos me mostravam os sinais
Tinha medo da escolha
Entre sucesso e redenção
Entre paz e desigualdade
Quem era eu que queria me acorrentar
Quem era eu que queria me escravizar
Quis por tudo pertencer ao mundo dos homens
Quem era eu que enxergava tão pouco
Chorei como filho ingrato
Chorei como quem se arrepende
Chorei como quem se envergonha!

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