sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sete em uma noite

Mais uma droga de poema
Você escreve qualquer coisa
Fala consigo mesmo
Na terceira pessoa
Experimenta as formas
Na primeira pessoa
Sete em uma noite
Quatro da madrugada
Você gosta de poemas
Pelo motivo simples
De ser analfabeto
Hora não engane a si próprio
Você sempre escreveu poemas
Porque gosta de anotar pensamentos
Mas não consegue em textos
Sua mente é uma bagunça
Sua letra é suja
É feia e não atrai
Por isso começou
Com as frases soltas
Desconexas
Sabe que não te entendem
Que problemas ninguém pode resolver
Conversa sozinho
Em textos travestidos de poesia
Não corrige depois
E deixa...
É complicado retomar conversas
Você no fundo sente demais
É um fresco
Precisa fingir
E fingindo vai vivendo
Ocultando o passado
Não volta nos textos
E assim é feliz
Uma felicidade barata
Egoísta e necessária
Um grande ajuntamento
De drogas sem valor
Utilizadas enquanto são feitas
Compulsivamente
Em noites difíceis.

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