quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Formigas

Não há nada que possa parar
Que possa fazer perder a noite
Se não entendemos os motivos
Há uma teia
Envolvendo todas as coisas
Para salvar o que não resiste
E destruir o que não se curva
Da resistência nascem as forças
E se criam as coisas
E não há nada que quebre a corrente
Cada pequena parte
Se juntando com toda a força
É a resistência
O que não se quebra
O que faz nascer à noite
Cantando baixo, seus hinos pelas sombras
Os motivos são aqueles outros
Os mesmos...
Das idéias dos gigantes
Esmagarem as almas de formigas
A resistência nasce com a noite
Com o a cor escura do conhecimento
Com o amor pelo que não se enxerga
Quem tem medo adormece
E acorda formiga
Diminuto em seus desejos
Tentando quebrar a corrente
De gigantes que perambulam no desconhecido
Aterrorizando pensamentos
Rindo nas noites
Resistindo a toda luz que cega
Coordenando um caminho
São nômades que traçam suas rotas
Desbravando seus temores
Enquanto formigas criam colônias e estradas

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