domingo, 28 de fevereiro de 2010
Facistas!
Vocês não me conhecem !
Vocês acreditam que tenho o mesmo sangue !
Facistas.. !
Tenho medo de vocês,
Não sabem o que é familia
Não sabem o que é amor!
Facistas!
Não conseguirão comprar meus sonhos
Eu ponho minha mochila nas costas
Sigo meu rumo
Sou filho de um bastardo
E herdei sua revolta!
Facistas...
Não me verão nos almoços de domingo
Porque eu sou o que acredito
E sei quando não sou bem vindo
Meu valor é alto...
É caro demais para a pobreza
Dos que creêm em Mussoline,
Facistas...
Vocês acreditam em sua raça
No país que os mandou embora
Eu gosto daqui
Do povo daqui...
Não me abracem
Que em outros momentos
Quando não venci
Ninguém me estendeu os braços
Toda e qualquer vitoria
Que emane de mim
Estará muito longe
Milhas e milhas
De qualquer interesse
Que não defenda
Minha única família
Composta daqueles
Que acreditam e sempre acreditaram
E cobram uma atitude nobre de mim!
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Alicerce
Deixando de lado
A batalha quase vencida
Os outros não seguraram
Não agüentaram as feridas
Quando pensou
Que poderiam caminhar sozinhos
Pegou outra estrada
E eles...
Perderam o rumo
Não pediram conselhos
Nem imaginaram a partida
Ele montou tudo
De forma assim
Tão sobre medida
Mas com tudo acabando
Em meio á seca
Ele voltou a seu comando
Pouco a pouco
Animou-se a rê construir
De grão em grão
De batalha em batalha
Uma nova força emanava
Os que definhavam em silencio
Viram renascer a vida
Retornando aos campos
Remontando construções
Era ele o coração que batia
O cérebro que pensava
Toda atitude dele surgia
Mas sabendo que um dia
A grande hora chegaria
Chamou uns poucos
Contou seus segredos
Ensinou o que sabia
Aqueles que tiveram força
Treinaram dias e noites
Venceram seus medos
Inspiraram confiança
Para a grande partida
Da qual ele não mais voltaria
Chegando julho
Foi feita uma festa
Era essa á hora
Saiu discreto
No meio de toda alegria
Sem que fosse visto
Tomou uma estrela no céu
Na manha seguinte
Todo mundo dizia
Que foi embora
E não voltaria
Sua profecia se cumpria
O céu brilhava mais
Com certa euforia
Sonho de um mundo
Que não existe
Sou a versão de uma verdade
Que não foi contada
Tenho esperança em promessas
Que não foram feitas
Escuto vozes
Dos que se calam
Enxergo expressões
Em faces invisíveis
São todos
Os fantasmas vivos
E eu o que sou...
Sou louco afinal!
Estações de um mesmo tempo
Mais do que poderia imaginar
Sem entender escolhas
Que não consegui enxergar
Talvez brilhe em algum lugar
Quando o sol deixar de se esconder
São estações de um mesmo tempo
Você sabe mais
Talvez seja hora de acordar
Abrindo os olhos
Sem medo de cegar
Ventos de areia
Esperando dias que não existem
Resguardados em sonhos do passado
O que você sabe
Muito além de um desejo
É só o que espero
De um monumento inacabado
Em homenagem a tudo
Construído em suas loucuras
Alimentadas de euforia
Na espessura de um marasmo
É tempo
De não fazer nada
E olhar o que chega
Em tardes infinitas
Acordadas para a noite
Entendo sem explicações
Só o que pode ser visto
O que veremos então
Serão as respostas
De um dia que não veio
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Quando a chuva cai.
Enquanto corto a cidade de noite
E minhas roupas ficam encharcadas
Quando meu fôlego quente
Embaça a viseira
Tudo o que vejo
É muito pouco...
Quando os relâmpagos
Mostram-se distantes
E vem se aproximando
Como se eu estivesse cortando o céu
Tudo o que vejo
São luzes...
Meus pés já estão molhados
E por todos os lados
A água desce pelo asfalto
Procurando caminhos
E eu continuo,
Vou colando o ponteiro
Na esperança
De me esquentar em um banho
Em algum lugar
No meio do nada
Meu cavalo de aço não agüenta
Pede para parar
Eu vejo a chuva cair
Os carros passarem desesperados
Como se estivessem se molhando
Já não há nada á perder
Vivo na perspectiva dos que só ganham
E pra quem ganha tudo é sorte
A água não coroe o aço
E antes de voltar para a estrada
Dou carona a um mendigo
Um desses que andam
Do nada para lugar algum
E encostam-se nas noites de chuva
Qualquer lugar seria melhor
E então vamos embora
Cortando o asfalto e a chuva
Cortando a noite e o frio
Porque meus dias são errantes
Porque nasci nas asas do vento
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
sorriso
Sorrindo pelos cantos
Rindo de tudo
Não se deixando sozinho
Um sorriso que é desesperado
Falando de tudo
Sem chegar a lugar algum
Falando com todos
Sem confiar em ninguém
Amizades forçadas
De um sorriso que é desespero
Colorindo o mundo
Ansiando adrenalina
Qualquer coisa que desperte
E mande pra bem longe
De qualquer realidade
Que não ouse mudar
Atitudes desesperadas
De quem se ocupa
Em preencher todo o tempo
Segundo a segundo
Para que não se abram
Janelas de memória
Ligadas a qualquer coisa
Que faça perder a atenção
Sorrisos desesperados
Injeções de adrenalina
Mas pra quem pensa
Que isso é loucura
Ou ilusão
Um caminho na contramão
Saibam...
A verdade não guia homens
Nem anima multidões
O desespero passa
Na felicidade do músculo torcido
O mundo continua sóbrio
Deixando para trás
Os que ficaram na estrada
Vivendo mais o passado que a realidade
Que não superaram com um sorriso
Se preocupando em chorar
Lágrimas de sal
Que matam de sede
Quem quer continuar
Não parar
Quando sinto
Querer parar
É porque é hora
De pisar fundo
Vendo passarem deitadas
Arvores no retrovisor
Quando sinto
Travarem os músculos
É porque é hora
De esquentar o sangue
E correr até estar longe
Quando sinto
Qualquer coisa
Que não posso controlar
E porque o vento passou
E não consegui acompanhar
A cabeça de um rei
Em vermelho
E azul
Traço riscos
Que definem meu horizonte
Um pouco de raça
Um pouco de calmaria
Um pouco de amor
E de infinito
Porque de azul enxergo o mar
De vermelho enxergo a luta
Compondo dois extremos
De um só sentido
São as cores que escolhi
Traçando com sangue e água
A coragem cega
Amarrada em sonhos
Deixando para trás
Tudo que é comum
E é normal
Porque o meio
Pouco interessa
Eu só quero...
Vencer um desafio de ponta
E trazer para os meus
A cabeça de um rei
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Homem não chora
Mais uma vez
Eu sei
Que homem não chora
Mais uma vez
Eu sei
Que não há tempo
Porque homem não chora
Há sempre alguém
Esperando
Se espelhando
Há sempre alguém
Acreditando
Que você não vai parar
Mais um
ou outro dia
Fica difícil
Pedindo algum tempo
Só o necessário
Pra engolir seco
Em qualquer canto
Qualquer lágrima
Que ouse tentar cair
Respirando fundo
Olhos vazios
Que não encontram
Lugar algum
É só meia hora
É só meia hora
Ate nascer
Um sorriso forçado
De quem precisa
Ser inatingível
Mostrando uma força
Que só existe
Na imaginação daqueles
Que acreditam
E precisam se segurar
Mas homem não chora
É o que eu e você sabemos
Sempre dando um jeito
Pra que tudo termine bem
Mas peço só meia hora
É o meu tempo
Um momento
E então sigo
Mais uma vez meu caminho
E tudo terminará bem
Com um sorriso forçado
De certa confiança
Vinda de lembranças
E exemplos
Porque homem não chora
É o que eu e você sabemos