domingo, 1 de fevereiro de 2009

Um novo sol

Bate um vento frio aqui dentro
um vento gelado de profunda agonia
um êxtase de tristeza e desespero
quando se olha pra fora e não se vê lugar algum
quando a esperança se sustenta no vazio
não ver lugar algum
não ter saida e aguentar firme
essa é a hora difícil
hora de medir os pesos
hora em que por pouco não se entrega os pontos
não entregar os pontos
a maior das resistências
nunca se sabe a profundeza do abismo
o medo e a esperança me deixam aqui encima
somos movidos por esperança e medo
medo de dizer o que realmente queremos
medo de largar o que não queremos
medo de ter o que queremos
medo de passar fome
medo do que vão dizer
esperança..
esperança de continuar e dar a volta por cima
esperança de não precisar ter mais medo
esperança de liberdade
e acaba que entregamos a vida
entregando tudo ao dinheiro
entregando tudo aos diplomas
entregando a vida a quem não queríamos dar uma moeda
engolindo secamente dia após dia
aguentando firmemente e dando o melhor
isso é profissionalismo
e na maioria dos dias
vivendo a ilusão necessária de felicidade
achando tudo normal
e escondendo bem fundo o instinto de contestação
a alma escorrendo pouco a pouco
e em um dia ou outro
como hoje
o coração explode e resolve falar
mostrando que ainda existe alguem la dentro
e se alguem ler esse texto
eu peço que reconsidere
e pense no eu lírico
e nas inverdades e verdades maquiadas aqui escritas
porque amanha será um novo sol
e com esse tipo de ilusão
continuo meu caminho dia após dia

Um comentário:

Gabriela Domiciano disse...

ée a gente mts vezes acaba criando ilusões para poder seguir!!!
triste isso!!
é bem difícil ás vezes....

Outro começo de noite

Outro começo de noite