domingo, 31 de maio de 2009
Atenção
Podia contar
Podia somar
E chegar a um resultado
Descobrir quantas horas e minutos
Dias e semanas
Meses e anos
Perdem-se em coisas
Que não mereceriam
Nem por um segundo
Um pouco de atenção
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Escuro
domingo, 24 de maio de 2009
Uma volta
Quando penso
O quanto posso ou não
É tão maior
Uma volta
O mundo muda
Amanha o sol nasce diferente
Então escute
São notas
Uma mentira
De quem nunca te enganou
São notas
Que fazem acreditar
Nada alem
Tem uma ordem eu sei
Mas só escute
Nada mais
É só isso
Posso te dar só o que tenho
Enxergue o som
É tudo o que tenho
Meus pés colados
Tento e tento
Presto atenção
Corro atrás
Não fiquei parado
Qual problema então
Qual problema das palavras
Suas formas e seus acentos
Não funcionam
Meu texto pobre e coloquial
Talvez seja assim e pronto
Coloquial demais
Pouco lustrado
Não sei outra forma
Não sei esconder
Quando falo e escrevo
Minha alma esta ali
Podia ser diferente
Poderia ser outra coisa
Mas meus pés colados
Vem do chão
Por mais que use sapatos
Meus pés colados
Vem do chão
sábado, 23 de maio de 2009
Já não volto
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Vinte minutos
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Stop Crying your heart out
começar de novo
é só o que eu queria
poder te ver na rua hoje
como se nunca tivesemos nos visto
como se fosse o primeiro olhar
eu te daria um oi
te chamaria pra comer
e não te deixaria ir embora jamais
te veria na rua
e nem imaginaria
o que nunca teria acontecido
talvez você pense
que eu até poderia
te deixar passar despercebida
mas eu sei
é eu sei
que isso não aconteceria
como no primeiro dia
em que não te deixei passar
e nem imaginava tudo que estava por vir
e talvez
pudesse ser diferente
como num filme
em que tudo termina bem
como um efeito borboleta as avessas
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Garbage
escutar Garbage
ler alucinar e ver
apegado a nada
trilha transpoiting
é só mais uma vez
é só agora
Sem nada mais
So pra escutar
ler e correr
estar fora daqui
um jogo
diferente hilariante
eu jogo com as coisas
sem poder nem sempre
nem sempre ganhar
nada mais
eu penso e sou paranóico
penso parar o tempo
existir aparte
o que posso fazer
paralelo por alguns segundos
segurando com os dentes
dependurado em uma sacada
pra ver qual é o extremo
até onde posso ir
sair de tudo
voltar acordado
num balde de gelo
surtando
recomeçando ligado
é toda adrenalina
que faz acordar
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Banal x)
Sabe é aquela hora
Dá aquele frio batido
De que todo mundo fala
Quase trava o peito
Demorei a entender
É o símbolo do amor
O coração porque ele gela
Esse poema batido
Escrevo pra constar
Eu estava errado
Os sentimentos
Não estão na cabeça
Estão num músculo
Funcionando
Involuntariamente
E sabe
Não se pode
Não se pode mesmo controlar
E essa minha constatação banal
Que muitos ja fizeram antes
Essa constatação banal
Presente em qualquer musica simples
Eu precisei esscrever
Eu precisei falar sobre
Pra constar
Pra dizer que um dia eu também já senti
Porque sou humano
E como humano sou mais um
Um ser banal que se apaixona
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Foi assim
Falo o que eu quero
Nasci com pé fora de casa
Meu medo é não temer nada
E você
Não da pra entender
Suas consultas e os seus medos
Seus desejos e o seu apego
Aflições e segredos
Aprendi a correr sozinho
Meti a cara
Só pra ver como era
Fiz tudo rápido
Do jeito que quis
E você
Com cuidado em tudo
Longe do escuro
Alergia, injeções
Educação é tudo
Eu com meu escudo de mundo
Protegendo-me de tudo
Minhas roupas ganhadas
Meias rasgadas
Amigos diferentes
Super comuns
Fora dos padrões legais
Tentamos ser normais
Mais não conseguimos seguir os comerciais
Gosto da luz do dia
Acordei pra ver o sol nascer
Suas janelas estavam fechadas
Estava gripada
Respirei fundo
Mastiguei alguma coisa
Você tomou remédios
Ligou a televisão no seu programa
Com seu pijama
Aqui o canal é aberto
A programação é fechada
Você me conta do seriado
Parece que não temos a mesma tv
Saio pra ver
Minha rua
O que tão fazendo
O que ta acontecendo
Você não conhece seus vizinhos
Sua alergia empola tudo
Repele o mundo
Seu refluxo alguém inventou
Da onde venho refluxo não existe
Ninguém nunca criou
Me visto a caráter
Short e chinela
Vou ao barbeiro
Peço o de sempre
Tem festa de noite
Todo mundo vai
O pai de alguém leva
Pra voltar
Voltamos a pé
Do jeito que der
Minha calça jeans nova
Uma camisa massa
O perfume de um tio
O tênis de sempre
só que lavado
Nós somos os melhores
E essa noite o bicho vai pegar
Com a gente ninguém pode
Te observo de longe
Seu cabelo de salão
Suas roupas de marca
Sua marra
Chega depois
Poe inveja nas outras
Pouco me importa
Você quer que eu seja igual
Não sou
Meu sobrenome é desconhecido
Como qualquer outro
Mas meus olhos brilham
É eu sei
Brilham como você nunca viu
Eu to aqui
Só esperando algo acontecer
Se você vem e se aproxima
Espero que saiba
Não quero te ver sofrer
Não venha chorar
A gente dança hoje
Vai pro canto
É uma noite só
Amanha meu mundo nasce de novo
Sua rinite ataca
E eu saio pra quebrar alguma vidraça