quarta-feira, 3 de março de 2010

Ao sul do rio bravo

Não me jogue para baixo
Que hoje sinto me feliz
Ouvi histórias de sangue
De quem lutou por mim

Não me faça desacreditar
Que hoje tenho fé
Fiquei sabendo de homens
Que vieram
E não se deixaram esmorecer

Não me diminua
Que hoje sou gigante
Senti a fúria
Dos domadores de cavalos
Cruzando as plânices
Para que algo restasse
E um novo mundo se constituisse


Não me chame de fraco
Que meu sangue é latino
Do sul da patagônia ou andino


Não me desacredite
Que hoje sei a historia
Escondida embaixo das pedras
Encontrei herois
Nas linhas de um livro
Falaram á mim Zapata e outros mais
E em cada palavra
Promessas de retorno

Não me desafie
Que a rebeldia é minha virtude
Eu que nasci
Ao sul do rio bravo
Ajoelhei-me aos pés
Da virgem de Guadalupe
E desde então não há nada que me faça tremer
Eu quero ser o terror do norte
E a esperança do sul

Nenhum comentário:

Outro começo de noite

Outro começo de noite