domingo, 28 de março de 2010

Pela manhã

Sei que o caminho é longo demais
Mas podemos parar algumas vezes
Para ver a chuva cair
E o brilho do sol refletido na água

Lembraremos de casa
De como tudo dá saudade
E a cada novo dia
Olharemos mais adiante
Procurando saber o que há depois
Mas podemos parar ás vezes
Esperar cair o dia
E ver nascer às estrelas no céu
Retornaremos pela manhã
Enquanto o sol ainda não é tão quente
Seguindo até que dê meia volta na terra

Vamos nós orientar pelos astros
Seguindo o tempo da vida
Acompanhando nossos instintos
Vamos ser só seres comuns
Como qualquer pássaro
Que vai embora no inverno
E sentindo saudade de casa
Volta na primavera

Talvez demoremos voltar
Mas vamos parar no caminho
Observando cada pequena coisa
Tornando se definitivamente
Parte de tudo
De um todo que ainda não conhecemos

Nossas perguntas não serão respondidas
E quando chegarmos
Haverá uma grande descoberta
Algo que já sabíamos
Sem nunca ter conseguido enxergar

Caminhando pela manhã
Procurando um abrigo de noite
Sem que a loucura nós convença a ficar
Para destruir com raízes de concreto
O que nós faz viver
Então seguiremos no tempo dos astros
E talvez sejamos humanos

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