quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Não quero

Não quero ter que gostar de ninguém
Não quero ter que parecer feliz
Não quero receber estranhos em casa
Não quero sorrir quando estiver triste
Não quero ser político
Não quero ser publico
Eu só quero se feliz
Não quero atender muitas ligações
Não quero uma casa grande
Quero poder cuidar da minha própria vida
Quero uma vida simples
Só quero ser feliz
Quero repetir palavras
Fazer poemas pouco sonoros
Ou muito sonoros
Ou de qualquer jeito, tanto faz!
Eu mando em mim
Não quero gostar do mundo
Não quero amar qualquer uma
Não quero ter motivos para detestar alguém
Nasci pra ser livre
Desconhecido
Quero chegar aos lugares
E ser só mais um
Não quero que me olhem
Não quero que comentem da minha existência
Quero ser um anônimo
Com filhos e um cachorro
Viagens nas férias
Uma vida tão mediana e tão comum
É só o que eu quero
Roupas discretas
Amores discretos
Amizades discretas
Sentimentos discretos
Eu odeio e temo a humanidade
Não quero ser visto
Quero ser assim e só assim
Serei feliz e pronto
Sei o que não quero
E já me basta !

2 comentários:

Anônimo disse...

E... não queremos todos????

Ricardo queremos todos! O dilema diário está em se conseguimos ou não concretizar!

Parabéns pela métrica da prosa-poética.

Um abraço (encontro-me também aqui: www.oromeuqueseperdeu.blogspot.com)

NO MUNDO DA LU(A) disse...

Viver livremente apenas,
Neste mundo louco, cheio de conceitos
parece impossível.
A única forma é seguir a maré mas criar pequenas ilhas particulares( Blog é uma ilha???rsrs) onde todos os sonhos são permitidos, inclusive a tão rara sinceridade em ser.
Teu blog é massa .Parabéns.
bjs.

Outro começo de noite

Outro começo de noite