terça-feira, 6 de julho de 2010

17!

Eu só tinha dezessete
Não sabia onde os anjos pisavam
Sentia me culpado
Queria seguir meu caminho
Era uma criança
Com o peito de um gigante

Confiando em Deus e nos homens
Sabia que minha estrada era tranqüila
Não tive medo
Meus olhos brilhavam mais
Minha esperança não cabia em mim
Era muito sonho pra pouca gente
Em um mundo de muita gente pra pouco sonho
Mas eu segui

Desci em um porto desconhecido
Encarei as diferenças
Pensei tudo
Organizei a vida
Era já um homem
Embora tão inocente
Eu me achava o pior de todos
Era só uma criança
Acreditava ser tão culpado
Tão despreparado

Arranjei amigos
Aqueles que a sociedade mais renega
Recolheram-me como filho
Deram-me de comer
E me mostraram uma família
Caminhei pelo mar
Vi a lua acima do oceano
Em uma imagem
Que meus olhos não esquecem
Eu era uma criança



Tão distraído
Tão inocente
Pensava poder tudo
Quem construiu isso
Quem me disse essa mentira
Meu peito de gigante
Sempre acreditou poder mais
E por acreditar foi podendo

Eis me aqui
E agora só quero voltar
Já não me impressiono mais
Sei do que gosto
Do que quero
E vou atrás!

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