Chove granizo 
Na janela de vidro 
Que por pouco agüenta 
O céu parece querer invadir a casa
Aqui dentro 
Nada muda 
O barro toma conta das estradas 
Na televisão passa um filme repetido 
A noite chega 
Horizonte nublado 
As estrelas não aparecem 
Ninguém chega pela porteira 
Longe demais  
Enxergo seu rosto 
Te Imagino em roupas de frio 
Olhando o vento 
Que deve soprar revoltoso
Levantando as ondas 
Que se batem nervosas 
E sujam a areia 
Com algas da cor dos seus olhos
Aqui o rio passa cheio e turvo 
Levando o que encontra nas margens desprotegidas
Uma caminhonete velha atolou 
Colocamos as capas para empurrar 
De noite tomamos pinga 
Perto do fogão na cozinha
Não conhecem tequila 
O cachorro é meu melhor amigo 
Seu nome retrata os costumes
É o Amarelo 
Mas ele é preto como uma noite vazia
Herdou seu nome 
De outro cão que aqui vivia 
É  a tradição que segue ate os animais 
Escrevo meus poemas chulos
Escondido em um quarto que divido 
Falam da festa de maio 
Me prometem  apresentar alguém 
Uma certa guria que vem da capital 
Filha de não sei quem 
Enquanto isso vejo a chuva na janela 
Que parece não querer parar 
Amanha será um grande dia 
Mais frio que de costume 
Fico imaginando o que acharia daqui
Com seu moletom rosa 
Suas meias coloridas
Queria  sair a noite na cidade 
Ver as luzes e sentar na beira do lago 
Nunca pensei que fosse sentir saudades 
Essa é minha carta
Como sempre diz muito sobre nada 
Amanha o dia começa tão cedo
E é bom ver o sol acordar
Dizem que a cada dia que começa
Uma historia antiga termina 
E outra nasce nova
Trazendo a alegria 
Dos que vem do desconhecido 
Com a esperança em contos de modernidade
Vivemos sempre esperando
É a saudade que toma conta de tudo 
Nunca contei minha historia 
Perguntaram-me se você existe 
Se deixei alguem  
Eu sempre respondo 
_ Não deixei ninguém
Não gosto de mentiras
All the tired horses
Há 6 anos
 
 
 
 
 
 
 
 
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