quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Louco louco louco!

Podes escrever um poema
Um artigo
Algo que pense
Que seja diferente
Não é mesmo assim
Nem tem sentido
Do que pode gostar
Ver em uma vitrine
É só um segundo
Não são seus cabelos
Não são suas idéias
Não sabe o que viste
Tira a forma do que tem visto
Concentrando em um estante
É toda mudança
Inteligência que não é
Coragem que fere
Ambição
De nem sei o que
Escondido
Um animal que se tornou peixe
Fugiu da superfície
Quem vê tudo de longe
E não quer ser visto
Desmentido do que importa
Criando sentidos
O que se espera da vida
Prestação unilateral
Sem se pretender fama
Destruindo holofotes
Em caminho inverso
É o que te faz louco
Quer que te encontrem
Sem querer que te procurem
Quer que te amem
Pelo que tens de pior
Não há lógica alguma
Tentas conquistar pelos defeitos
Assim não confias em ninguém
Reconhece apenas aqueles
Que sabem tuas qualidades
É louco
O mais louco de todos os loucos
Destrói a si mesmo
E se orgulha que não conheçam suas virtudes

Nenhum comentário:

Outro começo de noite

Outro começo de noite