quinta-feira, 27 de maio de 2010

É o que fica

Perdendo meu tempo

É o que fica

De uma vertigem incompleta

Esperei e acreditei

Que tudo se bastaria

Mas sempre é preciso mais

Mais é mais

De corpos e mentes cansadas

Que já não se agüentavam

Mas o tempo acabou

E a ampulheta não vira novamente

A areia se dispersou

Perdi meu passado

Não foram bons dias

As noites não chegavam

O sol cegava os olhos

Havia uma promessa

Mas nada se cumpriu

Talvez pudesse ser alguém

Mas a porta não se abria

Ela nunca abrirá

É o que sumiu no espaço

De um trabalho sem razão

E o que se construiu nos anos

Como os espasmos de uma ilusão

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo com todo... à excepção de que, se estamos numa relação porque queremos o tempo só será perdido se nele, não achámos lição alguma... mas, isso sou só eu a pensar... e eu nada sei e o pouco que vou sabendo não em chega para mim, quanto mais para os outros!

Outro começo de noite

Outro começo de noite