Tenho percorrido estradas que conheço bem
No dia-a-dia de um percurso
Enquanto não queria saber nada
Temer o desconhecido
Tudo é claro
Sem procurar o lugar certo
Qualquer coisa que surpreenda
Vejo o horizonte
O sol se põe
Nos poucos campos da cidade
Mais do mesmo
Vão construir um novo prédio
Bloqueando o retrato
O que se enxergava de longe
Sumirá na paisagem fechada
Seremos abelhas
Em uma colméia de concreto
Prisioneiros na razão de homens
Com os pés presos
No mel que não consumimos
Eu só queria aprender a voar
Saltar pela janela
Bater as asas
E ver tudo lá de cima
Como um inseto alado
2 comentários:
Quem não gostaria de ver tudo lá de cima? Bom, muito bom.
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