sábado, 3 de abril de 2010

Favor

Não venha com melodramas
Que eles não me atingem mais
Não tente alcançar um coração
Ferido com suas próprias mãos
Estou longe
A linha tênue foi se quebrando
Aos poucos é verdade
A custa de muita afilção e muito tempo
Mas não existe espírito que não se canse
E agora o que vejo é uma nova rota
Olho para trás com o pesar de um oceano
Mas as coisas são assim
E talvez alguém consiga explicar o porque
Ou dizer que poderia ter sido diferente
Mas não demos conta
Á hora é chegada

Não venha com melodramas egoístas
Não quero retirar historias da uma arca
Que fecho todos os dias
Não chore me pedindo pra ficar
Sua omissão pagou minha passagem
A culpa não é de ninguém
Mas lembre se sempre
E pelo menos uma vez
Escute minhas palavras fazendo um favor
Quando chamarem-me rebelde
Quando chamarem-me desapegado
Lembre do que foi real e só isso basta
Lembre-se da minha luta da coragem em resistir
De quando subi no muro enquanto ele ameaçava atirar
É a impaciecia eu sei
E todos erram
Mas coisas não desaparecem
Não deixam de existir
Lembre-se também
Do dia com a mochila pela rua
Acabei voltando aos chutes
É ridículo eu sei
É torpe
É medíocre
Mas na minha falta de senso
Não fui dos melhores
Fico por aqui e não falo de mais nada
Não me venha com choros
Não me faça querer ficar
Queira o melhor pra mim
Tente ver alem das ilusões
Uma vez que seja
Não sou dos que ficam
Minha vida é a estrada!

Nenhum comentário:

Outro começo de noite

Outro começo de noite