Sobre verdade
Nada sei
Mesmo que tivesse vivido cinco vidas
Que tivesse lido todos os livros
Ou conhecido o mundo inteiro
Não sei o que espero
E vejo em toda resposta fácil um possível erro
Minhas contas não são boas
Minha lógica contraditória
Guio-me por um sentido de instintos
Tentando encontrar algo no espírito
Que ainda não tenha sido moldado pela sociedade
E não sabendo bem um porque
Em decisões pouco racionais
Vou traçando caminhos
Escolhendo pessoas
Evitando encruzilhadas
E isso chamo de sorte
Que nada tem a ver com verdade
Como sendo formula certa para vida
Cada coração tem uma demanda
Sabendo suas necessidades
Elencando suas prioridades
Eu não sei bem porque
Talvez seja pouco homem e muito animal
Talvez acredite em mitos e lendas infundadas
Mas sigo reto o que acho certo
E ninguém molda uma alma selvagem
Vi nos seus olhos a confiança
E me senti seguro
Nada há que me faça convencer do contrario
Enquanto enxergar meus instintos
Encontrarei-te como um porto seguro
Sendo parte inconfundível
De um clã restrito
E não se engane
Isso é amizade em uma outra dimensão
Muito distante do sentido utópico que os homens deram
Isso é uma amizade na sua acepção mais completa
E agora com esse poema mal escrito
Assino o meu contrato
E faço minhas essas palavras
Sei que não é lá muita coisa
Mas você tem
De mim tudo o que precisar
O que eu não puder fazer eu tento
Pois não há nada que eu não consiga
Com a força da confiança
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