quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dividindo a historia

Vai chegar à hora
Escreverão algo fantástico
No alto do parapeito de um prédio
Pessoas sairão ás ruas
Abrirão as janelas das casas
Em plena quarta feira
O mundo vai parar

Perceberão que algo mudou
Colocando abaixo
Tudo que estiver pela frente
Com uma violência que emana do amor
Ninguém se baterá
Coisas não são pessoas
E quem tentar ir contra
Residirá no fosso do novo mundo
Com todo o cuidado e respeito
Dado pela fraternidade

Os submergidos tomarão barcos
Os que se afogavam vão nadar
Uma nova ordem surgirá
Na plenitude de realizações irrealizáveis

Homens se sentirão humanos
A ordem da família sucumbirá
Como base que sustentava a diferença
E todos serão um só
Independente de qualquer desavença
Saberão significar igualdade
Será a superestrutura de um sentimento simples
Mãos se unirão
Demolindo monumentos
Destruindo estátuas
Esquecendo heróis
Pois serão todos vencedores
Dividindo a historia
Entre contra senso e razão
Enxergarão o que de básico existe
Encontrarão o que de importante foi esquecido

Dentro de uma caixa
O privilégio e o poder
O medo e a escravidão
Serão colocados
Para que seja acorrentada
Afundada em alto mar
Para que o caos jamais retorne
A superfície de quem pensa

Um comentário:

Jorge del Camino disse...

Oi. siempre é boa a esperanza, a utopia, tuas palavras chegan profundo al ser leidas. Disculpa el portunhol, posso leer portugues, mais ainda costa escrivir o fdalar. Abraços

Outro começo de noite

Outro começo de noite