quarta-feira, 21 de abril de 2010

Nos poucos campos

Tenho percorrido estradas que conheço bem

No dia-a-dia de um percurso

Enquanto não queria saber nada

Temer o desconhecido

Tudo é claro

Sem procurar o lugar certo

Qualquer coisa que surpreenda

Vejo o horizonte

O sol se põe

Nos poucos campos da cidade

Mais do mesmo

Vão construir um novo prédio

Bloqueando o retrato

O que se enxergava de longe

Sumirá na paisagem fechada

Seremos abelhas

Em uma colméia de concreto

Prisioneiros na razão de homens

Com os pés presos

No mel que não consumimos

Eu só queria aprender a voar

Saltar pela janela

Bater as asas

E ver tudo lá de cima

Como um inseto alado

2 comentários:

Marco Henrique Strauss disse...

Quem não gostaria de ver tudo lá de cima? Bom, muito bom.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.

Outro começo de noite

Outro começo de noite