sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Ontem, Hoje!
QUARTA-FEIRA, 17 DE DEZEMBRO DE 2008
Frosty sunday Morning (Modificado)
Uma manhã fria de domingo
as memórias me vem á cabeça
me perdendo nas lembranças
de tudo em que um dia acreditamos
dos nossos pensamentos distantes
que pareciam tão reais..
mas nada parece ter mudado,
eu olho pela janela e vejo a mesma chuva cair,
é como se o tempo quisesse você aqui,
ligo a tv e como sempre eles não tem muito o que dizer,
tento decorar as besteiras que eles dizem
que mais tarde quero comentar com você
já faz tanto tempo e eu ainda não me acostumei
a dividir minha vida comigo mesmo,
ainda penso no que você diria
ou o que acharia de cada coisa,
no final as manhas frias que esperei por um ano inteiro
não são assim tão legais,
o tempo te pertence
e não se completa na sua ausência,
no meu natal um único feliz natal fará toda falta
um tombo no barro esse ano fará falta,
mas o verão disfarçado de inverno continua,
e com certeza, eu não sei como, mas com certeza,
um dia, e vai ser logo,
vou olhar a janela e verei um novo horizonte.
SEGUNDA-FEIRA, 8 DE SETEMBRO DE 2008
-I wanna hold your hand ... -
-I wanna hold your hand ... -
Vou segurar sua mão
e vc vai aprender andar á cavalo,
e vc vai aprender tudo o que sei ,
e segurando a sua mão ..
vc vai se sentir á mais segura , á mais protegida
vai se sentir tão protegida , tão segura!!!
que qualquer marca , qualquer objetivo , qualquer desejo
serão meros obstáculos , e que para supera los...
so pratica é preciso!
segurando sua mão ..
o medo vai embora e só ficará o bom senso
vera que ídolos são apenas pessoas obstinadas
pessoas como a gente ,
vc sera mais forte do que ja é ...
saberá que vc é a melhor ...
verá que todos em volta são apenas mais massa no bolo,
porem ser melhor é saber ajudar , compreender e mudar algo!
esperar gratidão é sempre algo em vão !!
Mas não se canse.. há sempre alguem que te vê ,
e quando isso tudo acontecer ...
segurar na sua mão já não vai ser tão necessário...
mas eu , eu vou querer segurar !!
e se vc deixar terá sempre alguem com quem contar .
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Hoje!
Eu vejo o passado em meus textos
Eu vejo o amor em meus textos
Eu vejo a paixão e a ingenuidade
Eu acho engraçado
Eu ainda amo
De forma diferente
Guardo minhas lembranças
Tão bem guardadas
As fotos não falam
E a memória reconstrói o passado segundo o presente
Dois anos
Dois longos anos
O tempo me mostra recuperação
Outro horizonte esperado
Gosto de mais do mesmo
Me desespera ao mesmo tempo que conforta
Meu calor vai se apagando
Mas que fique registrado
Que um dia eu tive uma paixão
Como nos livros
Como nas musicas
Digna de quem vive
Vou deixando a vida
E cavando a rotina!
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
O mundo dando voltas
eu caindo de cara
o mundo dando voltas
poemas registrando
cada mudança
há dois dias escrevi
um poema sobre perdão
há dois dias nada me importava
o mundo dando voltas
fiz pouco de alguém
como que por ironia
a um dia ofendi quem muito me importa
representa muito
pago meu pecado em moeda dobrada
há dois dias nós estávamos bem
mas ontem
precisei de um perdão
errei feio
errei bastante
já não estávamos bem
ainda na madrugada
até agora a meia noite
até amanhã
até eu ser perdoado
eu suo frio
o mundo dando voltas
porque me faz muita diferença
faz toda a diferença
é fundamental
insubistituível
o destino me prega uma peça
me ensina
mais uma vez
saio da crista
a onda me pega em cheio
estou com medo
muito mesmo
de dessa vez me afogar !
domingo, 12 de dezembro de 2010
Suplicas formais
Continua com isso
Sem sentido
Porque no fundo
Sabe que não dou a mínima
Peço perdão
Você não dá
Eu suplico
Suplicas formais
Uma ou duas vezes
Firme, irredutível continua
Sem sentido
Importa-se muito
Porque no fundo
Não dou a mínima
Eu suplico
Para que fique registrado
Pedi perdão
Pedi desculpas
No fundo
Não dou a mínima
Você diz que não quer me ver
Pra mim tanto faz
Esse ódio parece uma última cartada
De um jogo que você queria ganhar
Enquanto eu só queria brincar
Mas já perdeu a graça
O perdão seria o aval
Para meu aceno de nunca mais
Você se tornaria mais uma
Mas sem o aval
Algo incompleto fica no ar
Não seja tola
Não dou a mínima
Eu faço a minha parte
A sua pouco me importa
Eu pedi perdão
Não sinto peso
Sigo leve no caminho que escolhi
Você ficara apenas como parte irregular
Inacabada
De um passado que não faz parte de nada
Um fantasma
Tedioso, sem graça, comum
Insuportável!
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Que aconteça de uma vez!
não me dê uma resposta
não fiz perguntas
se estou arrebentado por dentro
em destroços que ninguém pode montar
são estilhaços presentes
de uma natureza que não muda
olhe tudo em volta
não negue o óbvio
seus sonhos de plástico
nada pra mim pode ser comprado
porque é real
sei de quem são as soluções
o problema é um só
olhe tudo em volta
nada que exista
acorde por um segundo
estive sozinho
dei cada passo
não me diga o que devo fazer
não vou escutar
olhe tudo em volta
seja lucida um dia
não insista
caminhos paralelos
sabe mais que eu
não se encontram
não me estenda meia mão
não tenho nada
um apoio falso
pode me dar ilusão
já estou com a cara suja
de ir ao chão
olhe tudo em volta
siga tranquila
não se preocupe
a culpa não é sua
não é de ninguém
vou sozinho
vou bem calmo
vou feliz
encontro meus pequenos dilemas
resolvo grandes problemas
esteja longe
não mastigue minha dor
que ela aconteça de uma vez!
Fé no futuro, ingenuidade infantil!
Uma história
Maior que nos dois
Que nossos sonhos
Qualquer pensamento individual
Eu te amo
Você me ama
Porque amamos
Algo maior
Eu te amo
Você me ama
Acreditamos no amor
Fé no futuro
Ingenuidade infantil
Para sempre
Nas respostas simples
De continuarmos juntos
Estendendo as mãos para o mundo
Algum tipo de verdade mágica
Que queremos mostrar
Somos felizes
Queremos a humanidade sorrindo
Fé no futuro
É a resposta
Não precisamos de muito
No espaço e no tempo
Nossa paz constante
Eu te amo
Você me ama
Somos ingênuos
Acreditamos no homem
No bem
Somos ingênuos
Nossa lógica é mágica
Amor constante em torpor de felicidade
Para sempre
Eu e você
Alcançamos a eternidade
Somos mil em cada segundo
Nosso dia nasce mais alegre
Porque alegramos alguém
Eu te amo
Você me ama
Eu e você
Homem das respostas
se sentir sozinho
sem apoio, sem saída
é isso mesmo
uma longa respirada
e constatações reais
não existe relativo
força consiste em lembrar
a dificuldade que foi começar
vontade de mudar
revolta
instinto primeiro do ser humano
sentimentos tão palpáveis
tão reais
quem não tem apoio
quem de fato esta sozinho
se firmando no vento que tudo arrasta
sem firmamento
não se compartilham derrotas
e dificuldades serão olvidadas
nada podem ver
nada podem lembrar
configura-se em esforço
estenderem-te a mão
um momento ruim
qualquer caída
tombo ou depressão
não te é permitido
a você que só tem a si
de ti esperam uma vitória
quando tiver perdido todo sangue e suor
na batalha diária
da força centrifuga
que tenta te convencer do desespero
acredita na coragem
acredita ainda no amor
porque acredita primeiro na resistência
em continuar humano
continuar sensível
enxergando ainda esperança
maior sustento esse
de ter fé em si
fé em Deus
pedindo ajuda ao destino
porque o amanha incerto
é o perigoso opio do solitário
tendo a certeza de que o dia nasce
e que o peito frágil já se tornou aço
caminha com a maior das fés
com peito aberto enfrenta gigantes
desafia o mundo
para quem és ainda mera estatística
homem das respostas
homem das respostas
Voaram baixo
Não encontraram o céu
Ficaram na primavera
Passaram o outono
Agüentaram o inverno
Pensaram em partir no verão
Tiveram medo
Não alçaram vôo
A primavera chegou
domingo, 21 de novembro de 2010
Fim
O sertão não tem fim
Não tem cor
Após cada quilometro
Sempre mais uma milha
No mar distante
Difícil encontrar uma ilha
Nas tormentas
Tudo jogado a praia
Sempre volta
Na areia o limite do corpo
O que sozinho o homem não ultrapassa
Sertão de florestas
Horizonte inacabado
Eu quero olhar o infinito
O único fim
Onde as aguas
Encontram-se com as estrelas
O poeta e o "vencedor"
Todos os lugares
Na audácia de prever o futuro
Por conhecer o passado
Tão inocentes os que acreditam saber
Tão prepotentes os que acreditam ter vencido
Nada esta perdido
Nas careiras do vento
Num poeta desconhecido
Falando sobre tudo
Não conhecendo nada
Chega sua obra em caixas
Textos anônimos
Esquecidos
Sem a autoridade do autor
Importando o que foi feito
Desconstrutor humilde de falsas verdades
Ainda vive
Sabe que ninguém sabe
Por isso sabe muito
Não conhece nada
Viveu o mundo
Dias na memoria
Artesanalmente criados
Na violência e inconstância das aguas
Moldando rochedos
Não é ninguém
Por isso é todo mundo
É qualquer um
É o povo
A representação do sentimento humano
O que há de mais sublime
Poeta desconhecido
Quem acreditou vencer
E viveu apenas uma vida
Todos os lugares transformados num mesmo
Vencia cada momento
Sua vitoria própria de não mudar
Ganhou e fechou-se em si mesmo
Homem conhecido que morreu
Poeta desconhecido que perdeu
Despojou-se em cada canto de um preconceito
Levou uma beleza
Vivendo em cada sorriso
Existem ainda senhoras
Que ao anoitecer rezam por ele
E como uma lenda
Contam sua historia
Para as jovens filhas sonhadoras
Em tom de segredo feminino
Das antigas mulheres que na repressão
Olvidaram o amor e aceitaram o poder
O mito viaja as antigas ruas
Sem saber por onde anda
O poeta desconhecido
Homem conhecido
Vencedor que todos localizam
Tumba de faraó
Temida ainda em pesadelos
Nome de ruas
Exemplo de austeridade
Pobre ser que ninguém amou
Mas a todos comprou
Gigantes de cristal
Vícios de mentira
De se fazer acreditar
Não há gigante algum
A estrutura é fraca
Irreal
Mentiras dispostas
Em pequenas verdades
Palácio imaginário
Reis dos inocentes
Disseram que poderiam
Porque disseram
Acreditaram
Somente zombies
Realidade saltada aos olhos
Reinos de poeira
Comandantes das palavras
Não são melhores que ninguém
Bacharéis da mentira
Doutores dos tipos ideais
Reinos de poeira
Depressão assoladora
Em dias de verdade incontestável
De qualquer drama humano comum
Da incompetência frente ao mundo
Deus sopra forte destruindo os castelos
Era só imaginação
Estruturas criadas
Em mentes inocentes
Reis que nada governam
Procurando o verão
Bob Dilan
Seus cavalos selvagens
Que corriam e se deitavam
Embaixo do sol
Os cavalos selvagens
Pastavam
Voltavam do rio
Deitavam no sol
Todos os cavalos
Corriam e mordiam-se
Saltavam
Grandes arvores
Em vales
Uma fogueira
A gaita
Bob Dilan
O que tocava
Amores distantes
Um viajante
Dono do mundo
Cantava
Sonhos tranqüilos
Noites quentes
Descendo o sul
Procurando o verão
Near
E não sei o que fazer
Queria ir
Mas não sei o que fazer
Ajude -me a voltar para casa
Tudo destruído por algo tão pequeno
Dizendo que está sozinha
Há trés semanas
Dê alguma coisa que eu possa pegar
Te encontro na esquina
A multidão que passa
É só mais uma
Beleza desconstruída
Tijolos desmancham na chuva
Vontade do que um dia poderia ser
Leve – me para casa
Encontre-me na esquina
Estou tão cansado
Tentaram drenar meu sorriso
De longe apertei sua mão
Um resto de força
Mas agora leve-me embora
Tente me iludir
Diga que pertenço á algum lugar
Diga-me que faço falta
Aperte minha mão
Estou aqui por você
Tão perto
sábado, 20 de novembro de 2010
?
Mil e uma vezes se preciso
Não há problema
Escrevo até um poema
Tão contraditória
Nunca entende
Posso discutir
Dia após dia
Para sempre nunca chegar a lugar algum
Recomeçando todas as manhãs
É assim
Nada posso fazer
Mas posso nega-lá
Inventar defeitos
Ora, o que sou
Se consisto no próprio erro
Negando a mim mesmo
Afim de que me aceite
Em meus estratagemas
Que loucura
Não gosto de mim
Que loucura
Passo o tempo escrevendo um poema
Sobre não gostar de alguém
Sobre gostar de alguém
Sobre nem sei o que
Não há o que entender
Mas fico a explicar
O que não sei
Perdendo meu dia
Em noites valiosas
Repetindo mil vezes
Discutindo
Esforço infrutífero
Negador da minha essência
Do utilitarismo real
Talvez veja mais do que imagino
Talvez seja só esse outro
Errado em si
Fraco guiado pelos sentimentos
Mas é grande o numero de vezes
O real me salta a porta
Vou pelo modelo ideal
Visto-o de certo romantismo
Acredito em mim mesmo
Qualquer coisa que diga
Me responde com um sorriso
Não pertencemos ao mesmo mundo
E eu continuo seguindo
Nas linhas do racional
Romantismo desconcertado
Não me é permitido
Vou com o proletariado
No fim as coisas são assim
Por mais que repita e diga mil vezes
Termina por definir
A origem de cada um
Em um berço desigual
Por isso nego o eu
Acreditando em fadas
Pondo no sentimento valor universal
O amor se transforma em uma situação real
Uma situação real não se transforma
Sonhos acabam
Caindo em minha verdade
Partiria ela
Ficaria eu
Mais sem rumo que de inicio
Porque agora sozinho
Desnorteado
Não, não acredito no eu ilusão
Em busca de um modelo ideal
Que viva a vida
Abaixo das linhas
Do ar condicionado
Dos luxos do mundo
Pois isso
Durante longo tempo
Não poderei prover
As horas são minhas inimigas
Não posso me dar a chance de cair
Mas sei que ei de encontrar
Ela á quem darei a mão
Para construirmos juntos
Vindo das estacas
Aos palácios de sangue e suor
Só quem veio
Para entender
O esforço do dia-a-dia
Salario no fim do mês
Trabalharei uma vida
Para ter o que a outra
Não valorizaria
Mas sei que ei de encontrar
Ela a quem darei as mãos
O modelo certo do eu racional
E sei que há de se desfazer
Essa grande ilusão
Pois difícil se explica o que se sente
Mas fácil se dá razão ao real
Noticia de jornal
Andando nas madrugadas
Atravessou as avenidas
Bêbados nas calçadas
Invisível
Olhos vidrados
Lojas de conveniência
Distribuidoras de bebida
Alheio
Percorrendo desilusões
Policiais distantes
Mendigos dormindo
Caminhos desconexos
Fantasma
Sem expressão
Céu vazio
Lua pequena
Noite comum
Tiro as quatro da manha
Ninguém percebe
Corpo desconhecido
Amanhecer
Marquise
Noticia no jornal
Os continentes
nascendo oposto ao mar
em uma tatuagem
com cores fortes
uma carpa japonesa
o simbolo da yakuza
um dragão dos oceanos
a baleia azul
encantadores de animais alados
que ainda assim mergulham
derrubando barcos
voando no céu azul
não se encontram com o marrom da terra
desconhecem as palmeiras
fogem das praias
em uma tatuagem
ondas arrebentando em rochedos
Sou o marinheiro
sou tudo
eu atravesso os continentes
Me arrebento
e eu me arrebento
gastando tempo
pensando sobre isso
quando é apenas óbvio
pegando de volta as palavras
esquecendo as besteiras
desculpas esfarrapadas
quis me enganar
quando penso sobre isso
voce chora
e eu me arrebento
gastando tempo
negando os dias
esperando entrar pela porta
eu não me importo
mas se eu penso que voce chora
eu me arrebento
domingo, 14 de novembro de 2010
Livre concepção
Disparado em um fluxo cortante
Navalha que perfura a pele
Rasga meus instintos
Molda o comportamento
Destituindo sonhos antigos
Caminho na construção de não sei o que
Esse não sou eu
Não são minhas aspirações
Nadando para baixo
Em um rio profundo
A fim de sepultar se
La vai minha alma
Com liberdades
Dias desprogramados
Interpretação aberta
Fica só meu corpo
E a razão
De leituras sem fundo
De aspectos técnicos
Traindo a livre concepção
Do que é viver
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
101
Estou pronto agora
Satisfeito
Quero tentar de tudo
Porque andei no meu carro
Atravessei uma madrugada
Bebemos ate cair
Vimos o dia nascer
Isso
O melhor do proibido
Com bastante libido
Antes de ouvir Rolling stones
Beatles era legal
Mas nada disso importa agora
Por mim tanto faz
Uma tatuagem e a estrada
Cortando na noite da via láctea
Aproximando o cruzeiro do sul
Descemos a 101
É a 101
Meu bem
A esquerda o oceano
Lado ao lado com o infinito
Sou um pouco de uísque
Imitando Mick Jaeguer
Nem o cinema nos supera
Não há quem nos alcance
É a nossa história
Dirija enquanto durmo
Corte o vento
Que quando acordar
Quero estar em outro lugar
Molhar os pés no mar!
Aperte minha mão
E não sei o que fazer
Queria ir
Mas não sei o que fazer
Ajude -me a voltar para casa
Tudo destruído por algo tão pequeno
Dizendo que está sozinha
Há trés semanas
Dê alguma coisa que eu possa pegar
Te encontro na esquina
A multidão que passa
É só mais uma
Beleza desconstruída
Tijolos desmancham na chuva
Vontade do que um dia poderia ser
Leve – me para casa
Encontre-me na esquina
Estou tão cansado
Tentaram drenar meu sorriso
De longe apertei sua mão
Um resto de força
Mas agora leve-me para casa
Tente me iludir
Diga que pertenço á algum lugar
Diga-me que faço falta
Aperte minha mão
Estou aqui por você
Tão perto
Cavalos
Bob Dilan
Seus cavalos selvagens
Que corriam e deitavam-se
Embaixo do sol
Os cavalos selvagens
Pastavam
Voltavam do rio
Deitavam no sol
Todos os cavalos
Corriam e mordiam-se
Saltavam
Grandes arvores
Em vales
Uma fogueira
A gaita
Bob Dilan
O que tocava
Amores distantes
Um viajante
Dono do mundo
Cantava
Sonhos tranqüilos
Noites quentes
Descendo o sul
Procurando o verão
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Acinzentado
Não te agüentaria
Paris ficou pequena
Está tão longe
Nada que possa suprir
O que você quer tanto
Explode de dentro para fora
Sem poder dar as mãos
Lugares existem
Aumentando uma distancia
Que milhas não contam
Esperava mais um dia
Em simples atrofia
Quem desconfiaria
Pontes do mundo inteiro
O Tâmisa ou o Sena
Tanto faz
Você que conhece tudo
Não entende nada
É tão maior
A agua do mundo nas retinas
Desce salgada
Há um mar
Um barco virado
Que não quer deixar desabar
Pontes do mundo inteiro
Não te ligam a lugar nenhum
Você não sabe porque
Mas quer pular
Olhos azuis
Cor de um céu
Que tem andado
Muito acinzentado
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
E petróleo
Mas não posso perder tempo
Quando penso sobre isso
Eu sei que não é assim
Que não sou eu
Mas não há nada a fazer
É só poder
Uma questão de não ser fraco
Queria ter capacidade de acreditar
Passar um dia
Com os olhos fechados
Sem pensar nas palavras
Achar que as intenções são boas
Não posso
Ah eu queria
Só um dia
Ser fraco e singelo
Como um inseto
E não temer
Mas pisam pelo prazer
Não posso entender
Eu acho normal
Tudo tão normal
Estender a mão a um desconhecido
Sem precisar de nada em troca
Mas isso é fraqueza
Não posso ser esmagado
Pelo simples fato de ser fraco
Quanto mais pobre
Mais caridoso
Quem divide até o que não tem
E canta uma canção
Eu só queria cantar uma canção
Saber tocar violão
Ter na praia algumas estrelas
Um pouco de areia
Sou eu
Mas no fundo é só fraqueza
É preciso sujar todo o chão
Com sangue e petróleo
Esse ano
Esse ano eu voltei lá
lembrei daqueles dias
de tempos conturbados
foram boas lembranças
meus olhos ficaram distantes
andei pelo porto
na beira da lagoa
vi os pequenos barcos
nossas palavras
Da noite conversando
descobri algo perdido
que não sei bem o que
eu que não me imaginava
ali daquele jeito
como um turista qualquer
alguém que vai querendo voltar
lembrando de casa
alguém que vê um mundo
de um ponto fixo
Eramos fantasmas
eu podia ser qualquer coisa
sem perspectivas
não havia destino certo
era esse o fascínio
voltei como alguém
um sujeito com posição
sentindo-me alguma coisa
grande merda
vieram a cabeça imagens
de quando não era nada
experimentaria não ter nada
era feliz só por ser
isso era você
sem ambição
com a simples paixão
de viver
Ouse
Precisando
Esmagarei um inimigo silencioso
Uma briga que não tem vitoriosos
Quem me ataca pelos cantos
Posicionamentos covardes
Uma chance
Uma unica
Coragem assusta
Assustado um animal é perigoso
Minha atitude inveja
A inveja seca o mar
Mas eu recuo
Me protejo
Percebi além da mascara do bem
Autopromovida por um amor irreal
Egoísta
Não há o que me faça temer
Só há o que faça pesar
Duramente ter que acreditar
Triste veredito que salta aos olhos
Mas perdão não é confiança
Inocente do que confia em quem precisou perdoar
Cego o que não vê pequenos atos
Prática de pequenas maldades
Discursos depreciativos
Na roupagem de algo ingenuo
Meu crivo é cruel
Anjos são ingênuos
Heróis são ingênuos
Covardes são covardes
Covardes são abutres
Sobrevivem da carcaça
Desejam a desgraça
Mas...
Vou além
Nada pode parar
Se meus traidores caem
É porque os retiro dos ombros
Antes que o dia amanheça
Acontece assim
Sem maiores desgastes
Grande segredo de saber jogar
De mim não me tiram mais nada
Só ganho
A cada verdade que percebo
Só presto contas a Deus
Agradeço meus aliados na terra
Aliança divina
Que me faz pensar
Articular
Organizar o movimento
Encabeçar a defesa
Pois a muito que não quero atacar
Mas ouse... ouse me desafiar!
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Incompetente
eu vou
sem escrever bem
sem correr bem
sem nadar bem
incompetente
semi analfabeto
atrapalhado
sem coordenação
incompetente
vou rindo
como um desdentado
escuto mentiras
para aliviar a verdade
mas eu sempre sei
ah eu sempre sei !
As coisas que não sei
Sobre não sei o que
O importante é pra saber
Que eu embora não saiba cantar
Não vou te mostrar com palavras
O que nem os sons sabem dizer
Se uma música não é muda
É porque tem o espírito de um pássaro
Te levo algo muito leve
Tiro os pés do chão
Então o que não pode ser mostrado
Se faz sentir em uma melodia
Que só pode ser tocada
Quando os dedos já não sabem
A mecânica do som
Simplesmente se guiam
Na dança da alma
Eu não sei cantar
Não sei escrever
Mas posso escutar
Eu sei
Não posso explicar o que
Mas eu sei
Só essa verdade eu queria
Te fazer sentir
O saber elevado que a lógica
Já não alcança
Disparada em um brilho
Sem distancia
Não há o que não alcance
Sua mente cansada
Atônita por uma noite em aberto
Segredos são repetidos
Que não mudam em nada
São reflexos de uma mesma hora
Ontem foi hoje como acontecerá amanha
Nada se completa
Como em um dia
Antes de antigamente
Fala-se em honra
Sem entender os preceitos
Costumes fundamentam a verdade
Esquecidos os principios
Perdidos em qualquer esquina
No caminho do desprezo
A reprodução imperfeita da justiça
Norteia a consolidação da injuria
Nada se cria, tudo se reproduz
Sua mente é um labirinto
Caminhando por túneis
Onde idéias não encontram saída
Guida por uma luz
Que ofusca a clareza
Não há distinção
Não há liberdade
Somos todos iguais
Ultrapassa as barreiras
Mais forte extase humano
Supera a colera
Ultrapassa a furia
Não morre
Arrebata o amor
Arrebenta com tudo
Cegueira sã
Ungidida pela honra
Busca a medalha
Lava o seu nome
Paga qualquer preço
Ultrapassa as barreiras
Se completa
Resta o arrependimento
O perdão
Sabendo que no fundo
Tudo aconteceria novamente
É alto o valor
Do juizo feito a margem
É valiosa a dor
Que instituiu o respeito
É complacente o medo
Que permite o poder!
Boas lembranças
Quando os olhos estiverem vagos
Quando os perímetros tiverem atenção
Quando não fizer perguntas
Quando nada tiver de fato importância
Quando não te contar meu dia
Quando as horas durarem muito
Quando eu concordar com tudo
Quando estiver profundamente infeliz
Quando minhas mãos não suarem
Por favor perceba antes de mim
Seja firme
Finja que é você quem já não aguenta
Eu vou dar um sorriso
Em uma alegria temperada
Na constância de algo completo
Tornarei-me leve
E boas lembranças vamos levar!
Preciso
Fiz o impossível
Nasci em um dia de sol
Eu sorria por besteiras
Gostava de humor barato
Meus olhos não tinham cor
Eram de um castanho claro
Que mudava com a luz
Sempre me adaptava
Meus cabelos encaracolados
Minhas ideias desconexa
Pura contradição
lembre se de ontem
Não agüentei
Tentei brilhar
Tentei brigar
Minha retina ardia
A luz deixou de fazer diferença
Eu não podia
Eu não queria
Um trovão preso em uma garrafa
Eu quis ser imbecil
Não podia
Lembre se de ontem
Seu sorriso difícil
Sua cultura complexa
Eu não sabia nada
Só queria me divertir
Você ia fundo
Eu só queria .. ir!
Seus olhos pretos
Um abismo no infinito
Opacos
Uma noite nublada
Nada podia se ver
Eu me perdia
Quis continuar
Não podia
Lembre se de ontem
Por estranho que seja
Algo perdido entre espaços
Ainda constrói meu medo
São segredos que não conheço
Não quero ir mais alem
Nunca quis
Preciso de ilusões
São coisas que eu e você sabemos
Não podia continuar
Conheces o mundo
Conheces A humanidade
Vai de encontro aos conhecimentos
Os traz pra vida
Mas eu meu amor
Eu nunca trago nada
Só quero viver
Depois de toda verdade
Toda matemática da destruição
Fecho o mundo
Fecho os livros
As teorias
Tenho ainda fé em um novo dia
Por isso parti
Por isso não voltarei
Eu apenas quero viver
Apenas quero sorrir !
domingo, 10 de outubro de 2010
Labirintos
sem distancia
não há o que não alcance
sua mente cansada
atento por uma noite em aberto
segredos são repetidos
que não mudam em nada
são reflexos de uma mesma hora
ontem foi hoje como acontecerá amanha
nada se completa
como em um dia
antes de antigamente
fala-se em honra
sem entender os preceitos
costumes fundamentam a verdade
esquecidos os princípios
perdidos em memorias vagas
a reprodução imperfeita da justiça
norteia a consolidação da injuria
nada se cria tudo se reproduz
sua mente é um labirinto
entre tuneis
onde idéias não encontram saída
guiado por uma luz
que ofusca a clareza
não há distinção
não há liberdade
somos todos iguais
Sonho arrebentado
Indo na contramão
Alguém disse que viveríamos para sempre
Mentimos com olhos fixos
Nossas vidas...
É só um pouco das nossas vidas!
Não continuamos como estamos
Alguém mentiu
Destruímos nosso passaporte
Não podemos viver para sempre
É só a nossa existência
Cheios de esperança
Com sonhos desfigurados
É tão estúpido estar perto do chão
Queremos ir mais longe
Queremos o ar
Eu sei e você sabe,
Não sabemos voar
Eu pulo do parapeito de um prédio
Você espera embaixo
Mergulhando contra o chão
Eu sei e você sabe,
Não há lógica alguma
Voltamos como verdadeiras fênix
Queimando sozinhos por dentro
Estamos aqui novamente!
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Estilhaços
Que está quebrado
Vidros estilhaçados
Entram cortando no pé
Quando a dor já não se suporta
Quando o medo já virou desespero
Quando já não é possível chorar
E o rosto queima com o sal das lagrimas
Eu disse que não queria ver
Disse que não queria estar lá
Pra não te ver se arrebentar
Mas eu não posso
Eu não consigo
E o pior é que eu sei
Vou correr pra ajudar
Mais uma vez
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Não nos conhecemos
É demais
É muito
O que você acredita
É surreal
Não existe
O que você vive
É incomum
É incompreensível
Esse não é o mundo
Esse não sou eu
Não nos conhecemos
Seu país é um
O meu é outro
E ainda assim
Somos brasileiros
Não de um mesmo brasil
Todo o exagero
Sangue aquecido
Alma latina
Que dança e não se cansa
Que ri e segue sempre
Todo exagero
Alma brasileira
Que samba e é feliz
Todo o amor
Todo o clamor
Relações quentes
Respostas verdadeiras
Respostas simples
Povo brasileiro
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Na areia
Historias não se repetem
Gestos desconexos
Nada que mostre um caminho
Errado em uma rota certa
Indo na contramão
Procurando não sei bem o que
Certezas não se confirmam
Em uma busca sem fim
Perdido e ainda assim na praia
Nadando na areia
Quem me vê e eu não vejo
Demora a me encontrar
Não estou invisível
Não sou difícil de achar
sábado, 18 de setembro de 2010
Nas asas
Eu podia brilhar por você
E todas as coisas que chegavam
Era minha vez
Muito a se fazer
Esperando sonhos
Nas asas de uma ave
As mentiras ou verdades
Pra você e pra mim
Com tantas esperanças
Melhorando um ambiente sem cura
Eu podia brilhar por você
Tão difícil
Esperávamos sempre
Continuávamos sem saber o que
Sem saber porque
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
O peso e a coragem
As tensões demarcam
A ousadia referenda
A ousadia assusta
A paciência espera
A paciência faz mediação
E os homens valem respostas
De cada momento
De cada situação
Quem melhor se adéqua
Quem melhor responde
Quem suporta a pressão
E os homens valem a pressão
De uma difícil decisão
Responsabilidade em cotação
E assim...
Os homens valem o peso e a coragem de cada decisão
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Combustível
Como a muito não ocorria
Sinto a força de levantar um titã
Posso sentir meu corpo
A capacidade de um animal
Minha visão aguça
sou um homem primitivo
Nada importa e não relativizo
Sou toda força
Sou todo o poder
Essa maldade que não tem rancor
Esse espírito de briga
Sinto o coração bater na garganta
Sinto a fúria do sangue nos meus olhos
Se os homens se diferenciam
É porque uns vêem na dor energia
Enquanto outros vêem o fracasso
A adrenalina me faz tremer as mãos
Eu sou toda potencia
Eu sou todo o combustível
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
A medida das coisas
Só o necessário
Nem mais nem menos
Só o necessário
A conta certa
Não sabem lidar com a totalidade
Não sabem lidar com o pouco
Só o meio termo
Só o permitido
A medida das coisas
A conta certa
O que não incomoda
O que não fala tanto
Só o que é preciso
A medida certa
A partir daí silencio
Sucesso loucura e banalidade
Sempre tão próximos
Diferenciam se nas medidas
Goiano
Essa raiva que irrita
Fazendo ter repudio do mundo
Das coisas mais sutis
Vendo hipocrisia em sorrisos medianos
Enquanto as coisas e pessoas
Reduzem-se a banalidades
Ao valor monetário e vazio que procuram
Que tanto as ofende
Em suas existências medíocres
Eu olho
E enxergo a maldade
A omissão
E por fim...
Minha própria maldade em ser omisso
Minha própria maldade em ser banal
Um goiano qualquer
Banal
Só me falta acreditar em jornal
E rimar ...
Banal e jornal
Medíocre ! medíocre !
Eu vejo o absurdo
Eu continuo
Medíocre
Goiano preconceituoso
Provinciano
Medroso
Escrevo
Escrevo pra deixar..
Guardado o que se foi,
Pra relembrar
Pra saber que superei
Que escrevi e não morri
Escrevo pra ver...
Que os dias passam...
E com eles as sensações,
Escrevo porque é o único....
Lugar só meu ,
Escrevo
Porque não me sinto livre
Escrevo
Pra ir a outro lugar
Porque quando tudo vai muito bem
Não escrevo
Joy division
Joy division
Um dia
Um dia
O amor é terrível
Novamente
O amor é terrível
Novamente
Mais que besteira
Eu posso escutar
Joy division
Um dia
Um dia
Enquanto o desespero toma conta
Vindo quieto
Tentando demonstrar qualquer coisa
Eu posso escutar
Joy division
Só um dia !
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Mais que humano
São muitas rotações por minuto
Tento me fixar em um ponto
Mas muitas imagens me vêm à cabeça
E tudo tenta confundir
Prova de fogo
Eu não esqueço a direção certa
Prova de fogo
Sou humano
Colocam desafios
Os mais sórdidos possíveis
Desafios da beleza
Desafios da ilusão
Desafios da incerteza
Mas eu sei
Posso ser mais que humano
domingo, 5 de setembro de 2010
What i need and what i want!
O que eu preciso e o que procuro
É tão difícil
É tão raro
É tão simples
É sereno
E é completo
É confiança e amizade
Eu só procuro amor
Quem sabe o tenha encontrado
No fundo eu sei
Mas não acredito
Ate que o tenha conseguido
O que preciso e o que procuro
Existe solitário
Pode ser cultivado de longe
Mas eu não quero
Sou só metade
Não me basto sozinho
Metade de uma alma
Metade de uma pessoa
Falta-me algo em alguém
Eu sei bem quem
O que eu preciso, o que eu procuro
São duas partes de um só
E enquanto não se encontram
Eu não preciso, eu não procuro
E eu não quero!
O incompleto
Acompanham a vida
Não simultâneas
Retas paralelas
Uma provem da outra
A outra provem da uma
Mas nunca se encontram
Iludir-se e aprender
Aprendendo porque iludiu-se
Iludindo-se porque aprendeu
Se os homens escolhem
E são diferentes
Animais que tentam controlar o instinto..
Instinto que a ilusão comanda bem...
Mas que a serviço da lógica...
Constroem todo o poder...
Poder que é aprendizagem!
Se uns homens se defendem
Se uns desconfiam
Outros nadam para o fundo
Acreditando na própria loucura
O homem que tem dó de si mesmo
E por isso se mata
O homem que tem dó de si mesmo
E por isso afunda
O homem que aprende
E tem raiva de si mesmo
E por isso aprende
O homem que tem raiva de si mesmo
E por isso é forte
O homem que conhece os homens
Mas nunca acredita nisso
O homem que tem capacidade
E ainda assim se acha incapaz
Porque o incompleto esta sempre por melhorar!
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Não quero
Não quero ter que parecer feliz
Não quero receber estranhos em casa
Não quero sorrir quando estiver triste
Não quero ser político
Não quero ser publico
Eu só quero se feliz
Não quero atender muitas ligações
Não quero uma casa grande
Quero poder cuidar da minha própria vida
Quero uma vida simples
Só quero ser feliz
Quero repetir palavras
Fazer poemas pouco sonoros
Ou muito sonoros
Ou de qualquer jeito, tanto faz!
Eu mando em mim
Não quero gostar do mundo
Não quero amar qualquer uma
Não quero ter motivos para detestar alguém
Nasci pra ser livre
Desconhecido
Quero chegar aos lugares
E ser só mais um
Não quero que me olhem
Não quero que comentem da minha existência
Quero ser um anônimo
Com filhos e um cachorro
Viagens nas férias
Uma vida tão mediana e tão comum
É só o que eu quero
Roupas discretas
Amores discretos
Amizades discretas
Sentimentos discretos
Eu odeio e temo a humanidade
Não quero ser visto
Quero ser assim e só assim
Serei feliz e pronto
Sei o que não quero
E já me basta !
General
Porque fui embora
Não adimitindo a fraqueza
Abandonando os que não lutam
Covarde,
Porque desprezo quem tem medo
Os deixando a mercê de sua sorte
Covarde,
Porque conheço a natureza
E esqueci a piedade
Covarde,
Porque só me encontro em mim
Porque só respeito os meus
Covarde,
Porque exijo sempre mais
E faço da minha moral
Balança da justiça
Covarde,
Porque levanto minha espada
Corto cabeças
Faço meu julgamento
E não me interessa a defesa
Não pergunto nada
Covarde,
Não sou herói
Não sou salvador
Não sou nada
Minha ideologia
Meu único crivo
Justiça relativa
Medo da derrota
Vitoria a qualquer custo
Covarde,
Tremo de medo atrás da mesa
Só conheço as ordens
E longe da farda não sou ninguém
A humanidade me deprime
Os homens valem sua coragem
Brechet estava errado
A historia é feita por reis
Por assassinos
Por religiosos
Por instituidores da ordem
Por enfrentadores da ordem
Mas jamais por ordenados
Por quem passa a vida sem dizer nada
Esses não pensam
Condenados a alienação
Sei que sou um covarde,
Mas amo o poder
E enquanto existirem
Mais covardes que eu
Esses que se calam
Vão sempre consentir na minha força
Eu que sou um bezerro
Tenho o espectro de um touro
Eu que sou um gato
Tenho o espectro de um leão
Porque eu disse que era
Eu disse que podia
Eu fiz ameaças
E acreditaram
Covarde,
Eu minto
E mentindo continuo.
Essas ruas
Are block today!
Essas ruas
Estão fechadas hoje
Algo chega de longe
Corre como o vento
Não teme o frio
Não teme nada
Essas ruas
Fechadas desde cedo
Nada que ultrapasse
As barreiras do medo
São homens sem nada
Quem pode
Vencer as barreiras
Quem pode
Desafiar a lógica
Chega de longe
Como o vento
Não teme o dia
Vem da noite
Não teme nada
Confiança
Querendo ser ferido novamente
Confundindo perdão e esquecimento
Não sabe que se a duvida existe
Algo morreu há tempos
Já não há mais volta
A confiança é dessas
Que semeada só nasce uma vez
Não é uma praga
Não nasce em qualquer pântano
Embora seja simples e discreta
É rara e muito procurada
Não tem valor em coisas
E isso muito irrita o homem
Que não pode comprá-la
A confiança não teme
Não admite cisões
Não é maleável
Desconhece fronteiras
É a mais importante virtude
A mais valiosa característica
Que não se apega aos fracos
Qualidade de quem tem coragem
Confiança, confiança
Não nasce em qualquer lugar
As mesmas ruas
As mesmas ruas
Pela estrada eu vejo
Nós viemos de lá
Esses não são
Os mesmos dias de antes
Pelas estações eu vejo
Nos perdemos no tempo
De cima de um morro
Avistamos a cidade
Que já não é a mesma
Somos estrangeiros
Nascemos aqui
Conhecidos aproximam-se
Relembram o passado
Mas esses não são
Os amigos de antes
Não construímos juntos um futuro
E agora o que era gloria
No passado vira esquecimento
Criamos nossas lembranças
E nada é mais do mesmo
Talvez em algum lugar
Encontre o que já fui
Talvez nem seja aqui
Talvez nunca tenha estado lá
O que não se pode ver
Se fundamenta no segredo
De não entender
O que não veio
O que não se sabe
E não esta por vir
Sendo uma historia diferente
Pensada em outros termos
De um lugar incomum
Quem vem
Quem se espera
Não se oculta nas palavras
De textos aterrorizantes
O que se esconde
Se não se mostra
Não existe
Não há o que temer
Quando nem se imagina
O que não se pode ver
Por isso seguimos
Fundamos um estado de justiça
Abolimos as leis
Elegemos a lógica
Desvalorizamos as coisas
Valorizamos os homens
Somos todos loucos
Pensamos uns nos outros
Sabemos que seremos traídos
Exercitamos a liberdade
Nós despimos do medo
Que faz pilhar
Que cria a segurança infundada
De se proteger do seu irmão
De se proteger de si mesmo
Somos todos loucos
Acreditamos no homem
Acreditamos na humanidade
Nossa fé é cega
E por isso seguimos
Em um dia
Tentei inventar mentiras reais
Que não consegui reproduzir
Estava tão certo
Não acreditava em ninguém
Mas tentei escutá-los
Só podiam falar e não podiam sentir
Eu senti e não consegui falar
Em um dia
Cego como um morcego na luz
Talvez eu pudesse cantar
Mas fiquei calado
Eu não pude escutá-los
Guardei meu segredo
Concorda com tudo
Que tem fé em tratados
Vê o estado acima do homem
Que coloca na ordem a resposta a barbárie
Move a engrenagem
Rodando ao contrario a lógica do mundo
O que nunca foi visto
O que nunca será
Te espancam na rua
Você é um criminoso
Você é pobre
Te jogam no inferno
Não há espaço
Não te deixam falar
Nunca foi ouvido
Nunca será
Porem acredita
E quem sabe
Concorda com tudo
Deslocando idéias..
Ultrapassando as barreiras de um discurso corrigido
Ao seu lado falo o que não deveria
Tentando maldizer meu dia
Passo as horas esperando o fim
Para que chegue então outro dia
Que seja o mesmo pra mim
Mas se meus planos não dão certo
Se meu mau humor é vencido
É que te encontro no finzinho da noite
Te escuto ser sincera
Em orações tão simples
De coisas tão complexas
Fosse o que fosse
Seria fácil pra mim
Dessa empreitada difícil
De não se apegar ao impalpável
Tentando reduzir-me ao material
Não faltando quem dê apoio
Só espero seu veredicto
Em você eu vejo o queria escutar
Mesmo sem dizer
Suas palavras são tão singelas
Saem pelos olhos
Quando chegam em mim
Já convencido
Sinto-me melhor
Não sei de nada
E você sabe
Você me faz sentir bem
Vaidade
Se seria exagero
Se me constrangeria
Escrevi um poema
Mandei
Arrependi
Mas eu sei
Hora eu sei
Eu quis enviar
Eu quis falar
Quis escrever
Mas ainda penso
Minha vaidade é maior
É o que mais dói
A vaidade é maior
Tento confundir vaidade com instinto
E dói
É só apego lá no fundo
Não se confundem
Uma jóia
Não vale lá muita coisa
Não vale nada pra ela
Me faz sentir bem
Tão bem
Sinto protegido
Um amuleto
Só um objeto
Hora eu sei
É um ultraje
Minha corrente
E porque a estimo
Quero tirar do pescoço
Prata, ouro branco ou diamante
Fosse o que fosse
Sei que merece
Mas a vaidade
De demonstrar tanto apego
De demonstrar qualquer indicio de amor
É tão nobre o ato
É isso
É parte de mim
Eu sei que talvez nunca mais as veja
Nem ela, nem a corrente
Em outro continente
Mas eu quero
Que á leve
Apesar dos pesares
Pessoas que amam o desprezo
Não me sinto humano
Não suporto a indiferença
Mas tento exercita lá
Meu Deus
Porque ?
Que vaidade é essa
Maior que um sentimento
Que vaidade é essa
Que tenta me fazer arrepender
No ultimo dia
Ultimo dia
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Instintos..
Eu espero
Eles se confirmam
É meu subconsciente
Mais inteligente
Mais rápido
Percebe as informações
Faz as ligações
Me dá respostas
Minha lógica mais lenta
Espera ver para crer
Mas os instintos
Ligam-se em indícios
Ligam-se em tudo
Não dou meu veredicto
Não dou a resposta final
Enquanto não as tenho
Não me manifesto
Mas...
Aprendi a respeitar
O que chamo subconsciente
O que chamo instinto
Pois que tem guiado o homem
Essa capacidade de autodefesa
Grande possibilidade de acertar
Grande oportunidade de não errar
Costumam sobreviver os que têm tato
Os que sentem o cheiro
Os que sabem depositar sua confiança
E não entregam sua crença a qualquer um.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Esforço sobre humano
Sobre humano
Para tornar o obvio
Mentira monstruosa
E fazer do ilógico
Verdade possível
Vejo a tentativa
De enganar meus olhos
E tapar meus ouvidos
Mas os gritos são altos
E não se abafam
Entregam-me teorias e livros
Formam meu caráter
São lições de moral
Instituem a barbárie como algo normal
Evolução natural
Mas eu ainda consigo
Ver, sentir e tocar
Agarro a vida nos dentes
Aperto mãos ásperas
Tateio os calos
Quem constrói o futuro
Mal vive no presente
Vejo a moral do trabalho
Do que é digno
E é honesto
Minha mente se confunde
Moral e justiça não se encontram
Não se realizam
No que vão querer me fazer acreditar
A fome me salta os olhos
Em esquinas de castelos
A ignorância é o lixo do entorno
Desprezo e decadência
Da maior violência
Que machuca sem mover um dedo
Vivendo de sobras
Nas sombras
Vejo o que não se discute
Homens que viraram ratos
Sobreviventes da sociedade
Eu vejo o que não se discute
Não me diga não
Não critique meu assistencialismo
Sinto o óbvio que existe
E o desespero não espera
As vidas passam
Mas a lógica não muda
Como o gado
Você vai marcando o caminho
Amassa a terra
Segue sempre o trilheiro
Já não sabe
O que se fez naquele instante
Primeiro da idéia
De tomar uma estrada
Agora é o mesmo
De anos atrás
Você não muda
Não entende o porque
Seus pés te levam
Sua mente não muda
Seus pés estão rachados
Sua mente cindida
Seu corpo cansado
Mas um dia existiu
Que escolhas
Poderiam ter sido tomadas
Agora o tempo não passa
Você caminha
E continua a pisar
No mesmo lugar
Não precisamos marchar
Fundamentando o estado
Fundamentando tudo
O que é razão
O que é sentido
Na base subjetiva
A mera vontade
De um qualquer
Que não conhece nada
Que não conhece o povo
Regendo exércitos
Movimentando tropas
Invisíveis em si
Homens marcham
Seguem os devaneios
Da maquina incoerente
Do estado forte
Da massa uniforme
De juízes técnicos
De legisladores cegos
Seguindo em frente
Os invisíveis marcham
São números na manobra
No contorno beligerante
Dos sonhos de um louco
Das ânsias de um burguês
Não precisamos marchar
Nós que não temos nome
Não precisamos marchar
Não me engana
Parecendo uma estúpida
Criando imagens
De um espectro idiota
Podendo ser típica
Escondida na mediocridade
Procurando ser comum
Deixando simples impressões
O que você sente
O que você espera
Sempre surpreende
Algumas poucas vezes
Há quem fale por ti
E mesmo que queira
Imbecilizar o passado
Fatos existem que não se apagam
Espelhos não mentem
Consigo ver seus olhos
Seu discurso não me engana
E os olhos não mentem
Liberdade
Tudo que você sabe
Letras soltas
De quem não segura
Sonhos com a Califórnia
A estrada de noite
Informações
Ausentes de sentido
Letras soltas
Sonhos com o mar
Está na musica
Um lugar livre
De tudo
O que você pode
O que você sabe
Sonhos com a Califórnia
De quem não espera
Não se segura e pega
O rumo da estrada
Nas praias disformes
No barulho do mar
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Sete em uma noite
Você escreve qualquer coisa
Fala consigo mesmo
Na terceira pessoa
Experimenta as formas
Na primeira pessoa
Sete em uma noite
Quatro da madrugada
Você gosta de poemas
Pelo motivo simples
De ser analfabeto
Hora não engane a si próprio
Você sempre escreveu poemas
Porque gosta de anotar pensamentos
Mas não consegue em textos
Sua mente é uma bagunça
Sua letra é suja
É feia e não atrai
Por isso começou
Com as frases soltas
Desconexas
Sabe que não te entendem
Que problemas ninguém pode resolver
Conversa sozinho
Em textos travestidos de poesia
Não corrige depois
E deixa...
É complicado retomar conversas
Você no fundo sente demais
É um fresco
Precisa fingir
E fingindo vai vivendo
Ocultando o passado
Não volta nos textos
E assim é feliz
Uma felicidade barata
Egoísta e necessária
Um grande ajuntamento
De drogas sem valor
Utilizadas enquanto são feitas
Compulsivamente
Em noites difíceis.
Black cat
Em gatos pretos
Em sexta feira treze
Parece engraçado
O maldito gato comendo carne
É o mesmo
Daquela vez a tanto tempo
É o mesmo
Maldito gato comendo carne
Duas vezes já visto
Duas vezes
Historia parecida
Loucura
Loucura...
Quero acreditar em mitos
Tanta coincidência
Você sabia o veredicto
Você foi humano e acreditou
Como acredita agora no gato
Feliz estaria em matar um felino
Talvez seja de família
Como seu pai que assassinava gatos
Que loucura
Que loucura
Preciso matar um gato!
Besteira
Mando uma mensagem mal formulada
Precisava erguer a cabeça
É o que dizem os costumes
É o que diz a experiência
Mas eu errei
Feliz de ter errado
Porque foi de verdade
Porque fui como quem sai
Quem vai à luta desprevenido
Vai ao jogo
Na esperança da vitoria
Simplesmente por sentir
Por acreditar
Eu acreditei
Eu que não piso em falso
Tive esperança
Como um tolo
Senti por sentir
Segui um impulso
Estava tão vivo
Tão humano
Erraria de novo
Porque la no fundo eu sei
Que esse erro
Foi dos meus maiores acertos
Não..
Não sou um poeta
Não sou um técnico
Não tenho talentos
Não tenho facilidades
Não sou bonito
Não sou dogmático
Não sigo as regras
Não tenho dinheiro
Só tenho fé !
E por isso eu acerto
Por isso eu sigo
Por isso eu ganho
Por isso eu não desanimo
Por isso eu sou homem
Por isso tenho o amor
Por isso renovo minhas esperanças
Porque eu tenho muito
Enquanto tanta gente
Tem tão pouco!
Show do espectador
Não sei se o mundo me vê
Mas eu vejo o mundo
E basta por um instante
Posso escrever quando me vem historias
Todos gostam de filmes
Em cores que não se podem contar
Nas poltronas pessoas sonham
E dos sonhos nascem os romances
As musicas, o cinema e suas historias
Quando tudo parece desmontar
O som e a imagem
Quando nada parece real
O resto não importa
Às vezes só é preciso
Ser um espectador do show vivo
E ser vivo no show do espectador
Disparado
Um cavalo corre
Ele não vê cercas
Ele não vê nada
Disparado
Vai mais rápido
Mais rápido que pode
Como em tempos antigos
Como quando não tinha rédeas
Ele corre
Cortando o pasto
Um vulto negro
Parecendo sem direção
Ele sabe aonde vai
E quanto a isso...
Quanto a isso na há duvidas.
Hard
Não sei a frase correta
O inglês me é estranho
Mas é sonoro
Foge do costume
E a disposição do desconhecido
Cria com a melodia
Imagens fantásticas na mente
De imaginar historias e sentidos
Musica pela musica
O inglês obscuro
Faz de cada som
O que cada um quiser
E nesses dias difíceis
Em que nada nem ninguém
Poderia parar a dor que não tem explicação
De tentar fugir de algo que não se foge
O inglês me cai bem
Para não dizer nada
Para que eu possa ver algo
Que não sei muito bem o que é!
domingo, 1 de agosto de 2010
1 de agosto
De um grande mês
Primeiro de agosto
De um grande ano
Começou diferente dessa vez
Veio com uma mensagem
Veio como um aviso
As coisas são o que são
E os milagres nem sempre são claros
Mas hoje é primeiro de agosto
Sem nem me dar conta
Entrou por um acontecimento comum
Algo que me guiou
Um homem que esperava simpático na porta
Um senhor, um frei
Talvez esperasse alguém
Talvez soubesse que passaria por ali
Agosto começou
Veio de uma vez
O velho humilde
O homem simpático
Me fez chorar
Como um traidor
Me fez pensar
Me fez respirar
Talvez algo mude
Primeiro de agosto
De um grande dia
De um grande ano
De uma nova vida
De mais um aniversário!
Eu chorei
Pela covardia
Ganância e medo
Eu chorei
Tentei esconder minhas lagrimas
Mas vi que era essa vaidade o sinal da decadência
Por esperar sempre mais e mais
E não enxergar o óbvio, eu chorei!
Porque sei o que é justo e injusto
Porque nunca tive duvidas
Porque trai meu espírito
Eu chorei
Escutei as palavras...
Eu era o homem do celeiro
Eu era o irmão preocupado com a herança
E pecava mais que os outros
Mais que qualquer um ali
Pois a quem não conhece a justiça
Credita-se a falta de esteio como justificativa
Mas eu conheço
Eu sinto
E sabia que algo me incomodava
Há tempos me mostravam os sinais
Tinha medo da escolha
Entre sucesso e redenção
Entre paz e desigualdade
Quem era eu que queria me acorrentar
Quem era eu que queria me escravizar
Quis por tudo pertencer ao mundo dos homens
Quem era eu que enxergava tão pouco
Chorei como filho ingrato
Chorei como quem se arrepende
Chorei como quem se envergonha!
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Baixo
Atingi o fundo que não se pode enxergar
La de cima eu nunca pensei que fosse cair
Sou como os fracos agora
Que acreditam na vingança
Embaralho-me em problemas simples
E acredito nas aparências
Vejo tudo do chão
Sou o ralo do mundo
Virei do avesso
Me esqueci em algum lugar
E traio qualquer principio
Por algumas mudanças
Que não transcendem prazeres rápidos
Sou o lixo
O valor das coisas mudou pra mim
E o que é difícil conseguir
Sai voando dos bolsos
Em direção ao luxo efêmero
Caminho para o desespero
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Cela signifie...
Que merece mais que eu imagino
Nada se repete
Não me canso
Sempre me surpreendendo
vi que não se pode prever nada
O que virá é o melhor
Não é tão difícil
Existe outro sentido
De preocupações em segundo plano
De lógicas que ultrapassam dimensões
Há em tudo algum valor
Se alguém procura um lugar ou objeto
Tenho a sorte de ver o amor no que já achei
E eu sei...
Posso escrever um poema pra você
Talvez não te mostre
Porque você se importa
Importa-se demais alias
Com qualquer um na rua...
Sabe enxergar algo bom que nasce,
Qualquer praga que se prende no concreto
É sempre pra você a possibilidade de uma flor
Talvez não te mostre meus escritos
Porque o que quero te escrever
Não é humano
Não se mede em palavras ou em talento
Transcende em muito o alfabeto
E até a arte !
O que quero te dar
É o melhor poema
O que nunca foi escrito
E nem nunca será..
O que quero te dar
Não se exterioriza na forma
E será sempre a promessa de algo surreal
Sendo realizada a cada momento
Como na historia das mil e uma noites
Não se acaba nunca
O que tenho pra você
É para sempre e mais um dia
O poema dos poemas
O que não foi escrito
Não será comparado
E nem dedicado a qualquer ser
Ele é seu
Talvez ele seja eu
Mas acredito ser mais
É para sempre numa paisagem sem fim
Inovadora a cada metro
E eu sou apenas carne e osso
Um pouco de cérebro que não entende...
O que tenho pra te dar
É maior... não se pode medir
Não se pode inferir
Ou quem sabe, sonhar !
Mas é real
Mais que as arvores e as pedras
Mais que a morte e a vida
Porque eu te amo
E isso quer dizer
Em Frances ou português
Parafraseando um poeta
Que você nunca morrerá
Assim como os clássicos
É um poema eterno...
Podendo tudo acabar
Essas palavras vão continuar
São a chave para entender
O que não pode ser lido!
terça-feira, 6 de julho de 2010
Nunca toca o chão
As duas da manha
Colocando uma musica
Daqueles CDs que mais gosta
É certo amor por algo
Que se pode tocar
Querendo sentir
O peso da musica
Que foi difícil achar
Difícil comprar
Em poucas faixas preciosas
Na seleção do álbum
Que lhe foi imposta
É como tudo na vida
Que vem sempre junto
Com coisas que se gosta muito
Coisas que não se gosta
E aquelas que se tolera
Mas ele gosta de quase todas as faixas
Esse foi um bom pacote
Quem sabe viver e vai fundo
Ate arrepiar os pelos do braço
Quem escuta sua musica
As duas da manha
Porque ama
Conecta a alma com o som
Vai longe
Porque seus sonhos são nobres
E sua alma nunca toca o chão
Embora seu corpo sinta o pó do piso sujo
O espírito passa por cima
Mais leve que o ar
Um Ás!
Em mais de uma mão
Algo está errado
Eles nunca podem passar de cinco
Se meus sonhos não mostram um caminho
Não são sonhos
São ilusões
Acreditar em poucas coisas
Mas levando ate o fim àquilo em que creio
Se meu dinheiro me faz escravo
É porque não sou digno de recebê-lo
Se uma mulher me faz enlouquecer
Perder a razão
É porque há muito deveria tê-la esquecido
Não sei de quase nada
Mas são detalhes limítrofes
Do que nunca se pode fazer
A vida é um jogo
Quem perde vai pela euforia
Pela emoção
Esquece da realidade
Acredita na sorte
Quem ganha se lembra do final
Das cartas na mão
E vai pela razão
Na batalha das cartas
É preciso ter um As na mão
Granizo
Na janela de vidro
Que por pouco agüenta
O céu parece querer invadir a casa
Aqui dentro
Nada muda
O barro toma conta das estradas
Na televisão passa um filme repetido
A noite chega
Horizonte nublado
As estrelas não aparecem
Ninguém chega pela porteira
Longe demais
Enxergo seu rosto
Te Imagino em roupas de frio
Olhando o vento
Que deve soprar revoltoso
Levantando as ondas
Que se batem nervosas
E sujam a areia
Com algas da cor dos seus olhos
Aqui o rio passa cheio e turvo
Levando o que encontra nas margens desprotegidas
Uma caminhonete velha atolou
Colocamos as capas para empurrar
De noite tomamos pinga
Perto do fogão na cozinha
Não conhecem tequila
O cachorro é meu melhor amigo
Seu nome retrata os costumes
É o Amarelo
Mas ele é preto como uma noite vazia
Herdou seu nome
De outro cão que aqui vivia
É a tradição que segue ate os animais
Escrevo meus poemas chulos
Escondido em um quarto que divido
Falam da festa de maio
Me prometem apresentar alguém
Uma certa guria que vem da capital
Filha de não sei quem
Enquanto isso vejo a chuva na janela
Que parece não querer parar
Amanha será um grande dia
Mais frio que de costume
Fico imaginando o que acharia daqui
Com seu moletom rosa
Suas meias coloridas
Queria sair a noite na cidade
Ver as luzes e sentar na beira do lago
Nunca pensei que fosse sentir saudades
Essa é minha carta
Como sempre diz muito sobre nada
Amanha o dia começa tão cedo
E é bom ver o sol acordar
Dizem que a cada dia que começa
Uma historia antiga termina
E outra nasce nova
Trazendo a alegria
Dos que vem do desconhecido
Com a esperança em contos de modernidade
Vivemos sempre esperando
É a saudade que toma conta de tudo
Nunca contei minha historia
Perguntaram-me se você existe
Se deixei alguem
Eu sempre respondo
_ Não deixei ninguém
Não gosto de mentiras
17!
Não sabia onde os anjos pisavam
Sentia me culpado
Queria seguir meu caminho
Era uma criança
Com o peito de um gigante
Confiando em Deus e nos homens
Sabia que minha estrada era tranqüila
Não tive medo
Meus olhos brilhavam mais
Minha esperança não cabia em mim
Era muito sonho pra pouca gente
Em um mundo de muita gente pra pouco sonho
Mas eu segui
Desci em um porto desconhecido
Encarei as diferenças
Pensei tudo
Organizei a vida
Era já um homem
Embora tão inocente
Eu me achava o pior de todos
Era só uma criança
Acreditava ser tão culpado
Tão despreparado
Arranjei amigos
Aqueles que a sociedade mais renega
Recolheram-me como filho
Deram-me de comer
E me mostraram uma família
Caminhei pelo mar
Vi a lua acima do oceano
Em uma imagem
Que meus olhos não esquecem
Eu era uma criança
Tão distraído
Tão inocente
Pensava poder tudo
Quem construiu isso
Quem me disse essa mentira
Meu peito de gigante
Sempre acreditou poder mais
E por acreditar foi podendo
Eis me aqui
E agora só quero voltar
Já não me impressiono mais
Sei do que gosto
Do que quero
E vou atrás!
Família
Poda as aspirações
Destrói as expectativas
Desconhece as dificuldades
Empaca o caminho
Deixa estúpida a razão
Cega os olhos
Amortiza o ódio
Acomoda o guerreiro
Desacredita a revolta
E faz um cativo
Família...
Inimiga da revolução
Inimiga da liberdade
Parente da prisão
Do cárcere privado
Do amor egoísta
Quem quer os seus só pra si
Quem faz dos filhos modelos pré-moldados
Isso não é cristão
Não, não é não!
Poços rasos
Nem saber seus medos
Não quero te dar conselhos
Nem ouvir seus problemas
Quando te disse que não era assim
E você fingiu não acreditar
Quando te disse que não éramos amigos
E você preferiu dissimular
Não me jogue a culpa do que não fiz
Não me julgue
Se no seu julgamento não tem juiz
Vem me falando de saudade
De um amor que eu nunca construí
Criando coisas em sua mente
De um passado tão recente
Não tente me fazer
Carrasco de mim mesmo
Enxergando uma crueldade
Na piedade dos seus olhos... Verdes!
você se afoga em poços rasos
Não te quero aqui
Eu não escutei
Não quis ver
Quem chegou com isso aqui
Eu não sei de mais nada
Te peço pra ir embora
Você não entende
Eu não te quero aqui
Não vou repetir
Enfio os pés pelas mãos
Sou um palhaço de circo
Não pondere minhas culpas
Eu te detesto
Não pense que vou mudar
Te peço pra ir embora
Você não entende
Não é só agora
Nunca volto atrás
Minha razão não existe
E você sabe
Sigo o que sinto
E você me cheira mal
Olho onde não vejo
Enxergo uma emboscada
Te dou menos um minuto
Não me pergunte
O porque de você ou de mim
Eu não sei
Eu não pretendo
Nem vou responder
Apenas acho que tem de ser assim
Talvez você encontre
Um físico no caminho
Talvez ele te mostre
A formula da vida
Mas meus desenhos são rabiscados
E minha mente é doente
Eu não sei contar
Sou o contrario
Não te desejo
Não te suporto
E não sei explicar!
O infinito
Permiti por um momento partes da minha verdade
Confiei por segundos
Alguns dos meus segredos
Esperei que tudo fosse guardado
Onde ninguém mais encontrasse
Acharam certo dia
Que com migalhas
Poderiam destruir um sonho meu
Mas não há quem consiga
Sou egoísta
Não me apresento a ninguém
Nas minhas contas
Não se acha um padrão
Deixo pequenas partes
Indivisíveis em planos
De uma outra dimensão
Entendendo varias coisas agora
Que não se ligam
Cuido para que nunca saibam nada
Quero levar a minha alma
Sendo minha exclusiva brincadeira
De me esconder em veredictos irreais
Haverá os que acreditam
Esses estão longe
Muito longe de mim
Haverá os que terão duvida
Esses estão suficientemente perto
Para que eu jamais estenda a mão
E haverão por fim
Os que não farão perguntas
Sintonizados em algo que não tem resposta
Esses caminharão junto ombro a ombro
Porque quem vive com o espírito
A muito abandonou a quimera dos mortais
E eu sou o infinito
A cada pequena coisa
A cada pequeno gesto
Eu sou o infinito
Mediocre
De se tentar ser
O que nunca se foi
Infeliz instante
De se prestar ao comum
Aos desejos e anseios
De qualquer um
Quem trai seus princípios
E acredita na maioria
Quem não enxerga a alma
E se presta ao desespero
Quem não se encontra consigo
Quem duvida da sua certeza
Um só segundo do erro
E o mundo virado
Gira mais rápido
O pesar das conseqüências
Seguindo a boiada
Passando pela porteira
Sem identidade
Quem vai para o abatedouro ?
É preciso fé para continuar
É preciso acordar
É preciso força para ver obvio
E paciência pra voltar atrás
O resto é comum
Mediocre!
Perto
Falar de alguma coisa inútil
Não me preocupando em ser fraco
Queria ter a coragem de chorar
Não fingindo enfrentar tudo
Sem nem sair riscado
Eu dava beijos de boa noite
Dou agora apertos de mão
Escutava historias e contava o que sabia
Era o meu dia
Não tinha segredos
Tento ser uma lenda
Montada no esqueleto de uma farsa
Já acreditei mais
E tive heróis
Só acredito em mim
Minha distancia aumenta
Cada dia caminho pra mais longe
Até onde não me possam encontrar
Não enxergo coisas bestas
De um passado recente
Como se tivesse sido
Tudo sempre assim
Reformulo minha historia
Apoiado no presente
Não fosse alguém me contar
Nunca saberia que um dia
Fui tão doce
Onde vou parar ?
Não tenho aonde chegar
Quem se aproxima e tenta o amor
Quem chega com esperança e sai machucado
Sou eu que aprendi a caminhar
Milhas e milhas a cada manhã
Distanciando-me de tudo
Só Deus em quem confio
E os anjos
Se é que eles existem
Afinal eles precisam existir!
Um segundo
Pra falar..
Nada importa agora
Não há o que se diga
Que se mude
Ou se invente
O tempo todo
Passa em um instante
Nós sabemos
E você estava lá
Você sempre está
Tenho medo de te perguntar
Eu não preciso pronunciar
Porque você cobra palavras
E eu te digo
Só lhe resta um segundo
Pra dizer...
Eu tenho medo de você
Já disse
De tudo que não posso controlar
E não sei porquê
É diferente
Não quero te perder por ai
Mas não me enrolo
E só queria saber
Só lhe resta um em sessenta
Pra me responder..
Me dizer que quer ficar
Ver a noite se abater sobre o horizonte
Em horas que passam voando
É só um segundo
Só uma vez que vou perguntar!
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Se eu te disser!
Assim como os seus medos
E se há segredos não existe então o que se guardava
Tendo a certeza de que vamos ficar juntos
Como partes inseparáveis de um pequeno grao
Do que cobre a praia com uma fina areia
Que um dia foi rocha imponente
Se eu te der um presente inesquecível
Se te colocar nas asas de um condor
E dizer que vamos voar
Avistando la de cima nossos anseios
Passando acima
Do que pensávamos nem poder tocar
É quase alguma coisa
Perto do que quero te mostrar
Uns dias passaram em que se podia fazer o infazivel
Umas noites amanheceram em que se podia contar as estrelas
Uma a uma
Sem se cansar
Mas quem diz que o tempo não volta..
Ou não sonha ou muito se engana !
Eu sei que esse futuro supera em muito o presente
E que do passado se repete o que foi bom antigamente
Somos a realização do impossível
Um só átomo indivisível
E por onde quer que nós passemos
Construiremos outros elementos
Partes puras de castelos que se corrompem
Nós somos o amor fonte de tudo
Nós somos o desejo dos homens
E não há quem não coloque a cabeça no travesseiro
Querendo no fundo nos imitar
Que sigam nossos passos
E se vejam em espelhos invisíveis
sabendo onde vamos
Não há medo na estrada
Nem vontade de chegar
Maior que a de continuar
Talvez cantemos uma canção
Talvez esperemos a chuva passar
Se te empresto minha capa
Minha armadura e capacete
Porque minha proteção
Em um corpo ja não cabe
Minha alma precisa da sua
E sua alma precisa da carne
Chamam isso amor
Não sabemos o nome certo
Talvez seja exisitir ou viver
As coisas já não se separam
E quando eu digo te amo
Só uma coisa significa
Você nunca morrerá !
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Domingo sangra
Procurando ver outro mundo
Mas é a mesma cidade
No final rodamos em círculos
Nada que nos transporte daqui
Nenhum pássaro que canta
São pombos doentes
Reproduzindo em estruturas de concreto
É uma anomalia
Ferida aberta na terra
De um vazio de domingo
Não conhecemos ninguém
Não há nada aqui
Criamos um calendário
De felicidade nos dias úteis
Adaptamos nossas almas á loucura
Ao ferro e ao aço
Não há o que fica
Somos a ausência constante
Escondendo em um movimento frenético
Não há nada
Os domingos são a prova
Quem agüenta permanecer em casa
Domingos sangram
Domingos tem luz rebatida
Um sol mais fraco
Domingo não brilha
Não conhecemos ninguém
Na segunda nós salvamos
Pensando o que fazer no sábado
Eu não te tolero
Eu não me tolero
Não nos agüentamos
Um só momento de solidão
Desespero suficiente
Nós não podemos pensar
São tantos nãos
Pombos não cantam
Cagam no concreto
Pombos doentes e fedorentos
Trazem pragas
Fomos nós que criamos
Mas ate eles somem
Em um dia de domingo
A carcaça
Que talvez você não sem lembre
De uma época
Em que era o mais sensato de todos
O que aconteceu
Em que caminho se perdeu
Era o mais esperto
Norte das minhas decisões
Alguma tempestade silenciosa passou
Arrasou tudo
Deixou só os restos
A carcaça
Meu amigo
Talvez não considere
E não aceite meu modo de dizer
Já que ficamos formais
De uns anos pra cá
Mas no meu peito ainda pulsa uma saudade
E porque não amor
Substancia mais forte
Que perdoa erros
A verdade é a maior ajuda
O maior apoio
A melhor gratidão
Não sei em que poço você tem se afundado
Mas nunca é tarde
Eu já tentei te puxar
Você não vê
Você nega o obvio
Seu coração é nobre
Um nobre nunca perde o brasão
Não beba dessa água suja
Não procure o que não te pertence
Seu vôo tem sido tão baixo
Que já não te consideram um titã
Tem descido ao submundo
Tem trazido a peste
Meu amigo
Aqueles sonhos antigos ainda pulsam
Basta ter calma
Seja coerente
O mundo te estende às mãos
Queremos ver te regressar
Nós precisamos
Queremos abrir juntos
O uísque da vitoria
Estourar um champanhe
Embriagar de felicidade
Sabendo que somos
Os senhores de nós mesmos
A nossa propriedade
O nosso direito
O nosso medo e nossa coragem
Só Deus pode nos fazer parar
Com correntes arrebentadas
E corações arrebatados
Meu parceiro meu irmão
Eu não sou escravo
Eu não sou servo
Luto nas cruzadas
Corto cabeças
Mato dragões
E tenho historias pra contar
E você o que tem a me dizer ?
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Por uns instantes
Antes de começar tudo novamente
Antes de voltar a ser eu mesmo
Queria guardar por uns instantes
Impressões de um sonho
Eu que poderia ser tudo
Que me permiti o mundo
Acreditei no impossível
Acabei voltando a realidades tangíveis
É só o que se pode alcançar
É só no que se pode acreditar
Quem idealiza o improvável
E caminha nas estrelas
Quem discorre sobre a beleza
E enxerga flores no lixo
Não vejo nada
Minha cidade é justa
Meus medos são comuns
Eu sou medíocre
Meu voto é democrático
Eu não sonho
Não vou alem de nada
Leviano e superficial
Repeti textos do jornal
Mas hoje eu queria escrever uma musica
Queria sentir uma indignação latente
E um pouco de amor quem sabe
Que não seja egoísta
Só hoje...
Só por uns instantes!
Minha missão
Sempre rindo
Com amigos do lado
Mulheres lindas
Mulheres inteligentes
Amigos confiáveis
É o que eu tenho
É o que eu sempre tive
Uma família pequena
Uma família coesa
Pais que são amigos
Um irmão sócio
É o que eu tenho
É o sonho de muita gente
Talvez por isso
Não tenha me exteriorizado no luxo
Nas coisas
Nos desejos efêmeros
Que Deus me perdoe
Quando reclamo
Quando sou ingrato
Quando a ambição
Ultrapassa as barreiras do comum
Eu que sou humano
Erro também
Erro demais
Eu que tenho tanta sorte
Não deveria errar
Eu que nasci abençoado
Tenho dever de pensar menos em me fazer
Pois que já nasci feito
E ajudar quem nasceu no chão
Eu que vejo tudo
Do altar de meus sorrisos
Da confiança de meus escudeiros
Não posso chamar ninguém covarde
Eu que não sei o que é estar sozinho
Que fui encorajado desde sempre
Treinado pra vencer
Não conheci a traição
Não senti a miséria
Que outros se decidam por serem juízes
Meu julgamento compreende minha alma
Minha missão é estender as mãos
A quem me pedir ajuda
A quem solicitar o perdão
Eu que sempre fui o primeiro
Acredito em segundas chances!
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Lá do sertão
Sei que não tenho muito para contar
Sei que minhas historias são comuns
Não conheci outros lugares
Sou apenas um sertanejo
Passei meus anos aqui
E talvez o mundo lá fora
Possa impressionar um pouco
Essas coisas que são pra você tão comuns
Eu que nunca vi
Tão longe estou
Do que ultrapassa as ramagens daqui
Você é tão moderna
E tudo que eu tenho são meus costumes
Minhas atitudes ariscas
Afinal não é incomum
Animais têm medo do desconhecido
E eu sou um bicho
Não se engane
Aprendi a me guiar pelos instintos
Não se assuste
Eu não vou morder
Meu conhecimento é pouco
Minha educação é simples
Essa educação
Que a gente recebe de casa mesmo
De escola nem vou falar nada
A vida é dura por aqui
Para sobreviver é preciso ser bruto
Você conhece homens que choram
Que não tem vergonha de ser quem são
Homens que entendem de arte
E sabem o que é bom
Eu só sei do que a rotina me mostra
Minha sofisticação se restringe
A musicas que não consigo entender
Não ria de mim
Sou feliz assim
Engana-se quem pensa
Que ignorância não traz felicidade
Sou alegre em minha vidinha
Você apareceu
E me falou de coisas que não posso tocar
Minha imaginação voa longe
Tenho muito o que descobrir ainda
Acabei de sair da caverna
E não sei bem ao certo
Se vou querer voltar
Você me faz ter coragem
Até quando...
Ate quando vai querer me ensinar
Se sua paciência dura não sei
Mas eu.. eu tenho vontade
Vontade e medo!
Numeros
Dois ou mais são loucos
Um a cada quatro não sabe o que faz
Três em cada cinco
Bebem pra esquecer
Nove em cada sete
Não sabem o que são
Doze em cada onze
Não conseguem contar
Treze em cada quarenta e cinco
Decoram dígitos para a urna
Um em cada meio concorda
Meio em cada dois entendem a pergunta
Oito em cada alfabeto
Não sabem ler
Cem por cento
Em cada generalização
Transformaram suas aspirações
Em meros números
Dezessete facadas em cada peito
Não conseguiram
Enumerar um motivo
Dois ou mais sentimentossábado, 29 de maio de 2010
O conto
Esse é o conto
Da dama que saiu do baile
E rondou por séculos
Procurando o caminho de casa
Esse é o conto
Do cientista que fez uma descoberta
Perdeu sua caderneta
E vaga pelas noites
Perguntando por ela com seu jaleco branco
Esse é o conto
Do musico que tocou em uma festa
Enfeitiçou o salão
Fazendo que se ouça o som
Das cordas bem afinadas do seu instrumento
Nas madrugadas de abril
São seres atormentados
Habitando os centros das cidades
As casas velhas
Os teatros e os museus
Tentando nas noites
Refazer seus espetáculos
Rápido
Indo rápido demais
Sem saber o que te espera
Em uma verdade louca
Essa noite pode ser a ultima
Mas você vive como se tivesse
Mil anos nas costas
Afastando se de seus princípios
Às vezes parada no meio do caminho
Sem entender ao certo
O que te levou ate ali
Como uma criança
Em um corpo de adulto
Você se acha tão esperta
Mais tem medo
Porque de tanta pressa...
Há tanto o que fazer
Se as horas não são suficientes
Basta exigir menos
Basta viver mais
Se o que fica é o que queremos
São estrelas
Que não podemos contar
Somos os mais ricos do mundo
E temos o tempo de relógios
Que não podem voltar
Você sabe
E não preciso te dizer
Um pouco sobre verdade e mentira
De sonhos e ilusões
De segredos embrulhados
De bons e maus amigos
Confiança e astúcia
Então não se preocupe
Você é tão esperta
Só é preciso calma
E estará certa
Na via de mão única
Na orla de quem segue o que acredita
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Eis as pessoas
Conhecer alguém
É como ver de longe um quebra cabeça
No inicio as peças parecem simples de montar
É tudo muito óbvio
Mas quando se aproxima a mão
Elas começam a se fragmentar
E a cada nova peça montada
Outras se desmontam
Como pequenos segredos
De grandes dimensões
É quando se percebe
Que esta tudo por se descoberto
Então nesse momento
É preciso afastar os olhos
Lembrar da imagem no inicio
Estará então montado a sua frente
O que foi visto no começo
Deixando de lado
As partes ínfimas
A que sua mente desfragmentou
E quis criar sentido
Eis as pessoas
Só o que já estava posto
Mais do que está dado!
Eii, o que preciso te dizer
São tantas coisas
E é tão simples
Tão suave
E nada inovador
Mas mesmo assim não é fácil
Há sempre um pouco de medo
Então vou voltar ao inicio
É que ontem fui para casa
Lá vi o céu
As estrelas aparecem todas de noite
Indicando as distâncias
Aproximando as regiões
Como há mil anos
Sai descalço pela pastagem
Procurei as três Marias
Andei muito e não encontrei
Queria te provar que estavam ali
Foi a melhor coisa que fiz
Você não conseguia vê-las
Não vi também
Talvez não quisessem ser encontradas
Mas é o percurso que faz a descoberta
Nesse dia eu era a plenitude
Descobri os sentidos
Eu era o próprio vento
Podia sentir o corpo balançar leve no universo
Os feixes de luz na escuridão
O brilho do seu sorriso
Como há mil anos
O cruzeiro do sul
Fácil de achar
Mostrou-me o caminho
Algumas coisas são obvias e tão completas
Outras complicadas e tão distantes
É isso, é só isso!
Abstrato demais
Desculpe
Mas vim de um lugar
Em que homens não sabem falar certas coisas
Perco sempre o jeito de dizer
Sou o instinto puro
Fiz esse poema para que possa compreender
Rodando em círculos sem forma
Escutando uma musica
O cantor diz “ninguém disse que seria fácil”
E depois “vamos voltar ao inicio”
É o cientista que pede desculpas
Que não explica o universo
É grande e tão completo
Não há palavras
Mas vamos voltar ao inicio
Quem sabe eu consiga te explicar
Como um meteoro
Que por um segundo
Atravessa a posição estática dos astros
Conseguindo mostrar mais
Do que já esta dado
Meu vicio
Eu desperdiço meu tempo
São meus poemas
Eu me dedico tanto
São meus poemas
Minha diversão
Para que algum dia
Alguém diga deles que são tolos
Bobos e rasteiros
Mas é minha felicidade
Ligar palavras e construir sentidos
São meus poemas
A razão dos meus dias
O que não me faz pirar
São minhas palavras
Com quem converso
Com quem extravaso
Minha excentricidade
O tempo precioso
Jogado no ventilador
Das provas e do glamour
Que podem me trazer o luxo
Mas minha mania é um vicio
É uma terapia
Que eu consiga...
Conciliar o sentido
Dos meus dias rotineiros
Com poemas inéditos
Que falam sempre do mesmo
De um tempo
Posso falar de um tempo
Lado a lado
Quando bastávamos a nós mesmos
Posso falar de um tempo
De poucas pretensões
Nós podíamos mudar o mundo
Era só o que sabíamos
Que estávamos juntos e nada mais
Nossas noites não ficavam nubladas
Podia ver seus olhos brilharem
Ouvindo musicas inéditas
Era sempre o melhor som de nossas vidas
Sorrisos fáceis de sinceridade
Tínhamos no peito certa confiança
De que nada poderia nos abalar
Éramos dois em um só
E onde quer que me procurassem
Podiam te achar
Riamos juntos de amigos em comum
Você me criticava e desmentia
Eu Achava engraçado
Hoje nós não nos reconhecemos mais
Algo mudou
Deve ter sido o tempo que não parou
Não percebemos
Mas o que era eterno não se consolidou
quinta-feira, 27 de maio de 2010
É o que fica
Perdendo meu tempo
É o que fica
De uma vertigem incompleta
Esperei e acreditei
Que tudo se bastaria
Mas sempre é preciso mais
Mais é mais
De corpos e mentes cansadas
Que já não se agüentavam
Mas o tempo acabou
E a ampulheta não vira novamente
A areia se dispersou
Perdi meu passado
Não foram bons dias
As noites não chegavam
O sol cegava os olhos
Havia uma promessa
Mas nada se cumpriu
Talvez pudesse ser alguém
Mas a porta não se abria
Ela nunca abrirá
É o que sumiu no espaço
De um trabalho sem razão
E o que se construiu nos anos
Como os espasmos de uma ilusão
Textos inspirados
Posso construir textos inspirados
Montar palavras em uma frase
Falar de coisas que não sei
Projetar idéias impossíveis
Idealizar amores banais
Ironizar o que há de mais nobre
Enaltecer sentimentos pobres
Do que adianta
Se da minha boca não sai nada
Se o que penso se atrapalha no caminho
E tropeça em expressões desajeitadas
Anseio por ser comum
Por não ser mais que sentimentos contidos
Mas nada acontece como o planejado
E no final dá tudo sempre errado
Às vezes o fim não chegou
Espero estar muito longe de acabar
Há ainda muito que trilhar
Enquanto isso escondo minha face
Para que ninguém se assuste
Eu sou a falta de lógica
A inconstância
A coragem do que é palpável
E o medo do inatingível
Enfrento dragões
Mas nego ate o fim
Qualquer sentimento que emana de mim
Quanto podem dar te!
Quanto podem dar-te
O que podem fazer por você
Quais suas necessidades
Quais os seus medos
Quem poderá te proteger
Qual a melhor opção
A pessoa mais inteligente
A mais bonita
A mais poderosa
Qual o seu meio
O que mais importa
O que você não tem
O que você precisa
É um pacto
Uma troca
Não se engane
O amor se chama utilidade
Vaidade
Virilidade
Disponibilidade
Para suprir sentimentos banais
Não gostamos de ninguém
Temos uns ao outros
Só isso, é a posse!
O desejo saciado
Nada que fica
É a luta pela existência
Pela continuação de sua prole
Pela escravização das outras
E tudo se oculta
Sobre mantos modernos
Da proteção de direitos
Fundamentados na originária desigualdade
Tudo se desculpa
Na sombra da segurança
De que são os outros os nossos temores
A escoria do sentimento humano
Que não deixou de ser só carne
Que não deixou de se perfumar com sangue
Quanto sangue custa um carro
Uma casa, um castelo
Batalhas vencidas
Em uma história que não se fez por braços
Que não se fez por soldados, operários ou lavradores
Uma historia que se fez
Por vencedores e vencidos
Por dinheiro e propriedade
Grandes heróis
César, Carlos Magno, Ricardo coração de leão
Feras arrebatadoras
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(26)
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- Confiança
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- O que não se pode ver
- Por isso seguimos
- Em um dia
- Concorda com tudo
- Deslocando idéias..
- Vaidade
- Instintos..
-
►
setembro
(26)